Maduro anuncia aumento de 300% no salário mínimo na Venezuela
Após uma inflação exorbitante, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira um aumento de 300% no salário mínimo, que passou de 4,5 mil para 18 mil bolívares, além de garantir que seu governo continuará a assumir o pagamento das relações de funcionários de empresas privadas para evitar que esta alta alimente a inflação.
Maduro fez os anúncios durante seu discurso anual à nação, que aconteceu em frente à Assembleia Nacional Constituinte (ANC), formada apenas por congressistas governistas e não reconhecida por diversos países.
Com este aumento, o salário mínimo subiu US$ 5,22 para US$ 20,9, segundo a taxa oficial de câmbio, o que mantém os quase 4 milhões de trabalhadores que o recebem em situação de pobreza extrema pela classificação das Nações Unidas. Considerando a inflação em que a Venezuela se encontra este aumento não irá contribuir em nada para melhorar a situação do povo venezuelano.
Peso Real como moeda única, sonho possível?
Em visita à Argentina, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) defendeu a criação de uma moeda única para o Brasil e o país comandado por Mauricio Macri: o Peso Real.
A ideia foi discutida por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que já sonha com isso há muito tempo, em um encontro com empresários argentinos em Buenos Aires, na quinta-feira (06.06). O tema já teria sido tratado também o ministro da Economia de Macri, Nicolás Dujovne, e, anteriormente por outros partidos políticos no poder.
Na década de 1990, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) discutiu a proposta com Carlos Menem. As primeiras discussões sobre o tema após o fim das ditaduras militares nos dois países começaram ainda nos governos de José Sarney (1985-1990) e Raúl Alfonsin (1983-1989).
Embora Guedes tenha sido muito cuidadoso dizendo que é apenas uma ideia, e esperamos que seja. Mas, será que a criação de uma moeda única Peso-Real seria um passo para a modernidade? Ou para uma futura crise como acontece na Europa, ainda mais se adeptos de Kirchner estiverem no poder, pode dar ruim, se não for bem pensado.
Creio que há diferenças grandes entre as economias do Brasil e Argentina, além disso, segundo analistas o Peso Real é inviável no médio prazo, principalmente causa destas diferenças os dois países.
Especialistas como a economista e professora do Insper Juliana Inhasz, na Zona do Euro, por exemplo, os países envolvidos passaram por um longo processo de ajuste de suas economias antes de a moeda comum começar a circular. Sem um ajuste prévio deste tipo, a inflação argentina "contaminaria" a economia brasileira.
Aliás, há muito tempo está em crise. Em todo caso, isso é algo que poderá até ser pensado, mas em um futuro muito distante, por volta de 20 anos. O Banco Central divulgou nota na sexta-feira (07.06) dizendo que a instituição "não tem projetos ou estudos em andamento para uma união monetária com a Argentina. A equipe de Guedes, também divulgou uma nota dizendo ser somente uma ideia, nada concreto, nenhum estudo foi feito sobre o assunto.
Mas já que somos tão criativos, como seria viver sob o sistema do Peso Real?
Uma viagem para esquiar em Bariloche ficaria mais acessível? O Brasil passaria a ter surtos inflacionários como a Argentina? O Banco Central brasileiro mandaria na política econômica da economia vizinha? Quem emitiria as cédulas?Quais seriam os riscos e possíveis malefícios envolvidos numa união deste tipo?
Com uma moeda tão desvalorizada como o peso argentino, muita discussão, e um estudo deveria ser feito sobre o assunto, pois euro começou a circular fisicamente (com cédulas e moedas) em 2002, mas sua origem remonta a 1957, quando foi assinado o Tratado de Roma. Além, disso, o ambiente macroeconômico dos dois países precisa ser preparado, não é algo que se possa fazer de supetão, como as declarações de Bolsonaro.
Acordo Mercosul-UE irá elevar PIB
O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia poderá trazer ganhos de R$ 500 bilhões em dez anos para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) brasileiro. Tal estimativa foi divulgada nesta segunda-feira (1º) pelo secretário de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Lucas Ferraz.
Segundo o secretário, o acordo também poderá gerar novos investimentos de R$ 453 bilhões no Brasil nos primeiros dez anos de vigência. A corrente de comércio – soma de exportações e importações – será ampliada em R$ 1 trilhão no mesmo período.
Válido lembrar que o acordo Mercosul-UE levará cerca de 2 anos para entrar em vigor.
França não assinará acordo UE-Mercosul
Segundo a Ministra do meio Ambiente da França , Elizabeth Borne, o país não irá assinar um tratado comercial com um país que não respeita a floresta amazônica, que não respeita o tratado de Paris. Ela afirma que a França não assinará um acordo com o Mercosul nessas condições.
Esta não é a primeira vez que esta questão sobre a Amazônia é usada para fins políticos. E, falando em propósitos políticos, será que não é mais uma manobra política de Macron para desviar seus conflitos internos?