Banco Mundial e ONU adotam programas sociais do Brasil contra pobreza
Brasília, 5 mar (EFE).- Os programas sociais que tiraram cerca de 40 milhões de brasileiros da pobreza em pouco mais de uma década serão, a partir desta terça-feira, um "modelo" para o Banco Mundial (BM) e para as Nações Unidas, que vão recomendá-los como uma "referência" para os países em desenvolvimento.
Segundo um acordo assinado hoje em Brasília pelo BM, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e o governo, esses projetos serão parte fundamental da "Iniciativa de Conhecimento e Inovação para a Redução da Pobreza", que será oferecida a outros países que ainda lutam contra a miséria.
"Assim como fez com seus programas de combate à aids, que foram uma revolução e serviram de inspiração para o resto do mundo, o Brasil agora dá lições de solidariedade com seus programas sociais e com a inclusão de milhões de pessoas", declarou o presidente do BM, Jim Yong Kim.
O Brasil, na opinião do presidente do BM, "descobriu o 'Santo Graal' da inclusão social", com planos que integram distribuição de renda, geração de empregos e melhorias na saúde, na educação e nas infraestruturas.
Segundo Kim, este país é a prova de que o crescimento econômico "é importante", mas é maior quando vem acompanhado de um "viés social" que considerou "crucial" para impedir a "instabilidade" e fazer com que o melhor desempenho econômico beneficie toda uma população, particularmente, os mais pobres.
As bases dos programas sociais se concentram no plano "Brasil sem Miséria", anunciado pela presidente Dilma Rousseff em 2011 e que aglutinou e ampliou diferentes projetos de apoio aos mais pobres implantados desde o ano 2000.
Através desses planos, que começaram no governo Fernando Henrique Cardoso, foram aprofundados durante os dois mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva e ampliados com Dilma, o Brasil conseguiu tirar da pobreza cerca de 40 milhões de pessoas, segundo dados oficiais.
Estes planos abrangem diversas medidas de apoio financeiro para pessoas de baixa renda tanto nos grandes centros urbanos como na zona rural. Alguns estão inclinados a melhorar o acesso à educação e à saúde e há também iniciativas direcionadas para a construção de moradias dignas, dotadas dos serviços básicos necessários.
Segundo o acordo assinado hoje, a experiência brasileira será compilada em um banco de dados que o BM e o Pnud vão proporcionar ao mundo como um "modelo a se seguir" e que terá assessoria técnica do governo brasileiro.
Em entrevista coletiva após a assinatura do acordo, o presidente do BM minimizou a importância da desaceleração da economia do Brasil no ano passado, cujo crescimento foi de apenas 0,9%.
"Entendemos a decepção que representa para muitos, mas isso teve mais a ver com aspectos externos do que internos e acreditamos que haverá uma recuperação para este ano", disse Kim, que coincidiu com alguns analistas que preveem um crescimento de 3,5% para a economia brasileira em 2013.
"Acreditamos em uma recuperação e que os investimentos atuais (sobretudo em infraestrutura) assentarão as bases para uma retomada do crescimento", declarou.
O presidente do BM, que iniciou sua visita ao Brasil nesta segunda-feira na Bahia, se reuniu depois com o ministro da Fazenda Guido Mantega para discutir a possibilidade de cooperação na criação de um novo índice vinculado aos títulos públicos emitidos pelo país.
Kim tinha um encontro previsto com a presidente Dilma, mas segundo disseram à Agência Efe fontes oficiais, foi cancelado por "problemas nas agendas" dos dois.
Sua última atividade oficial em Brasília será pela noite, quando assistirá a uma cerimônia no Congresso, e depois viajará para o Rio de Janeiro, onde conhecerá o centro de gestão e controle de desastres e se reunirá com as autoridades locais. EFE
Banco Mundial Brasil assina memorando para criação de fundos de investimento
O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, e o presidente do Banco Mundial, Jim Young Kim, assinaram esta terça-feira um memorando de entendimento para a criação de um fundo de investimento associado a títulos públicos.
O acordo prevê o desenvolvimento de uma ferramenta financeira conhecida como Fundos de Índice ou ETF (Exchange Traded Funds, na sigla em inglês).
Os ETF são fundos de investimentos baseados em índices de mercado, cotados em Bolsa de Valores, como as acções.
Durante a assinatura do memorando, o ministro da Fazenda brasileiro salientou que a iniciativa ajudará a desenvolver o mercado de capitais do Brasil, "fundamental" para financiar o crescimento da economia.
10-04-2013, 09:28 PM
The Money Man
OMC Comércio mundial vai ter um crescimento fraco em 3,3% este ano
O comércio mundial “vai manter-se fraco” em 2013, aumentando 3,3%, devido às dificuldades das economias europeias, previu hoje em Genebra a Organização Mundial do Comércio (OMC) no relatório anual de 2012 e perspectivas para 2013.
A OMC prevê um aumento do comércio em 2013 de 3,3%, nitidamente inferior à média de 5,3% registada nos últimos 20 anos. Para 2014, a previsão da OMC é de 5%, enquanto no ano passado, o comércio mundial aumentou 2%.
O número de 3,3% previsto para 2013 também é nitidamente inferior às anteriores previsões da OMC para este ano: depois de ter estimado, há um ano, um aumento de 5,6%, a OMC reviu em Setembro em baixa para 4,5% o crescimento do comércio mundial este ano.
Segundo a OMC, “espera-se que este ano seja parecido com o de 2012, com um lento aumento do comércio e da produção, inferior às taxas médias a longo prazo”.
O director-geral da OMC, Pascal Lamy, considerou que “as tentativas das economias desenvolvidas para encontrar um equilíbrio entre o crescimento a curto prazo e as restrições orçamentais cada vez mais duras deram fracos resultados até agora”. http://www.noticiasaominuto.com/econ...o#.UWX_ihxwobw
13-04-2013, 07:03 PM
The Money Man
Bancos Maiores economias da UE defendem partilha de informação bancária
As seis maiores economias da União Europeia estão a unir esforços para angariar os milhões de euros em impostos que todos os anos não são cobrados, criando um sistema de partilha de informação bancária comum.
Os ministros das Finanças da Alemanha, de França, do Reino Unido, de Itália, de Espanha e da Polónia, reunidos em Dublin a propósito do Eurogrupo, debateram o assunto, numa altura em que o combate à evasão fiscal está no centro da agenda europeia.
O ministro das Finanças francês, Pierre Moscovici, disse aos jornalistas que o objectivo era criar "um efeito bola de neve" que pudesse afastar obstáculos ao levantamento do sigilo bancário.
A Áustria é um dos países da União Europeia (UE) que está mais na mira da iniciativa, por ser visto como o último paraíso fiscal da UE, depois do Luxemburgo, outro país que bloqueou a legislação nesta área há vários anos, mas que se mostrou preparado para levantar algumas barreiras ao sigilo bancário a partir de 2015.
Inspirando-se numa lei norte-americana de 2010 que exige um reporte automático da informação das contas bancárias às autoridades, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha acordaram trabalhar num mecanismo multilateral de troca de informação que esperam que sirva como exemplo para um sistema mais amplo. http://www.noticiasaominuto.com/econ...a#.UWnVQrVwobw
09-07-2013, 12:25 PM
The Money Man
Banco Mundial rebaixa previsão de crescimento global a 2,2% para 2013
Washington, 12 jun (EFE).- O Banco Mundial (BM) rebaixou ligeiramente nesta quarta-feira as previsões de crescimento global para 2013, a 2,2%, dois décimos a menos que em janeiro, para depois subir progressivamente a 3% em 2014 e 3,3% em 2015.
Como freio a este crescimento, está a atual contração da zona do euro, cujas previsões para 2013 pioraram de -0,1% a -0,6%, devido "às altas taxas de desemprego e uma confiança ainda fraca das empresas", embora estime que a economia europeia volte a crescer em 2014 a um tímido 0,9%.
Em seu relatório semestral de Perspectivas Econômicas Globais divulgado hoje, o BM ressaltou que a economia mundial "parece transitar agora por um período de crescimento mais estável, mas mais lento".
As economias emergentes, por sua parte, continuarão à cabeça da expansão global, com previsões de crescimento de 5,1% para 2013, e 5,6% e 5,7% para os próximos dois anos, taxas notáveis, mas abaixo dos anos prévios à crise financeira.
"Brasil, Índia, Rússia, África do Sul e Turquia viram sua expansão freada por gargalos do lado da oferta", explicou o relatório, que pede reformas estruturais nestes países.
Tanto a China como a Índia, principais motores de crescimento, veem reduzidas suas previsões até 7,7% e 5,7%, respectivamente, em 2013.
"O arrefecimento da economia está resultando inusualmnete longo", afirmou Kaushik Basum, vice-presidente e primeiro economista do BM, em entrevista coletiva.
Por sua parte, a América Latina verá fortalecer-se "marginalmente" seu crescimento até 3,3% este ano, depois do 3% em 2012, devido à diminuição dos preços dos produtos básicos e da enfraquecida atividade mundial. EFE
09-07-2013, 12:30 PM
The Money Man
Banco Mundial considera Santander Brasil banco mais sustentável das Américas
São Paulo, 14 jun (EFE).- A Corporação Financeira Internacional (IFC), uma agência do Banco Mundial, e o jornal britânico "Financial Times" elegeram a filial brasileira do Banco Santander como a instituição financeira mais sustentável das Américas.
De acordo com o banco, o reconhecimento reflete suas ações em educação, inclusão social e financeira e negócios socioambientais.
"Mais que um prêmio, é um indicativo de que estamos no caminho correto", declarou Marcos Madureira, diretor-executivo de Comunicação Corporativa, Relações Institucionais e Sustentabilidade do Santander Brasil.
Uma de suas iniciativas recentes foi a compra de créditos de carbono para compensar as emissões de gás dos veículos financiados pelo banco a partir de junho.
Também se destaca o programa Santander Universidades, que no Brasil tem convênio com 435 universidades e é o maior projeto corporativo de apoio a instituições universitárias no país.
Além da distinção concedida à filial brasileira do banco, o Grupo Santander também foi considerado em seu conjunto como a instituição financeira mais sustentável do mundo na oitava edição do Prêmio Finança Sustentável. EFE
09-07-2013, 02:11 PM
The Money Man
Presidente do Banco Mundial elogia habilidade no futebol de Evo Morales
La Paz, 6 jul (EFE).- O presidente do Banco Mundial (BM), Jim Yong Kim, elogiou neste sábado o presidente da Bolívia, Evo Morales, a quem se referiu como o "melhor jogador de futebol entre todos os chefes de Estado do mundo".
Em um ato com Morales na região central de Cochabamba, Kim contou aos presentes que o governante boliviano convidou-o a jogar futebol em outro evento realizado de manhã com indígenas da etnia Chipaya, no departamento andino de Oruro.
"Tive a oportunidade de jogar um pouquinho com o presidente e eu posso dizer que não há nenhuma dúvida que o presidente Evo Morales é o melhor jogador de futebol entre todos os chefes de Estado do mundo. Muito impressionante o senhor presidente", declarou Kim, arrancando aplausos do público.
É a primeira visita oficial à Bolívia do presidente do BM, que nos dias anteriores também esteve no Peru e no Chile.
Morales, grande fã de futebol, costuma jogar partidas para inaugurar quadras na Bolívia e, em algumas ocasiões, também durante suas visitas oficiais a outros países ou a cúpulas internacionais, com sua equipe de seguranças e funcionários. EFE
01-08-2013, 07:10 AM
The Money Man
Ex-presidente do Banco Mundial contratado por
empresa estatal de Singapura
A investidora estatal singapuriana Temasek Holdings anunciou hoje a contratação do ex-presidente do Banco Mundial Robert Zoellick como administrador, quando a empresa planeia abrir uma representação nos Estados Unidos.
Zoellick, de 60 anos, foi presidente do Banco Mundial entre julho de 2007 e junho de 2012, depois de ter sido representante de Comércio e vice-secretário de Estado do governo dos Estados Unidos durante a presidência de George W. Bush. O presidente da Temasek, Lim Boon Heng, considerou a contratação de Zoellick como «oportuna» perante os planos do grupo de abrir a sua primeira representação nos Estados Unidos. Dinheiro Digital / Lusa
Indonésia vai ser a anfitriã em 2018 da reunião anual
entre o FMI e Banco Mundial
A Indonésia abrigará em 2018 a reunião anual entre o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (BM), anunciaram esta quarta-feira ambas as instituições em comunicado conjunto.
«Eu gostaria de agradecer ao governo da Indonésia e à sua gente porque serão os anfitriões da reunião anual para 2018 (...) Esta será uma grande oportunidade para mostrar as impressionantes conquistas económicas e sociais da Indonésia, assim como a cultura, a beleza e a vitalidade do país», apontou Christine Lagarde, directora do FMI.
A reunião, que a cada três anos é realizada fora da sede central de Washington, este ano ocorrerá em Lima entre 9 e 11 de Outubro.
Banco Mundial deixa aviso sobre eventual subida
das taxas de juro pela Fed
O economista-chefe do Banco Mundial considera que os mercados emergentes como a China ou o Brasil poderão enfrentar «pânico e turbulência» se a Reserva Federal norte-americana (Fed) aumentar as taxas de juro este mês.
Em entrevista publicada na edição de hoje do Financial Times, Kaushik Basu defendeu que a Fed devia aguardar por uma retoma mais clara da economia mundial e argumentou que o aumento da incerteza na China e o seu impacto na economia global significa que a decisão de aumentar as taxas de juro na reunião de quarta e quinta-feira da próxima semana, pela primeira vez desde 2006, teria um impacto negativo.
O aviso do economista-chefe do Banco Mundial surge no mesmo sentido do apelo feito pelo Fundo Monetário Internacional, que recente também afirmou que países como o Brasil, Indonésia, China ou África do Sul seriam prejudicados se a Fed retirasse os estímulos que tem mantido nos últimos anos à economia.
Isto significa que se Janet Yellen decidir mesmo aumentar as taxas de juro já este mês, como tem vindo a sinalizar que o poderá fazer até final do ano, irá contra o conselho das duas instituições criadas em Bretton Woods para garantir a estabilidade económica mundial.
Para o Brasil, esta possibilidade é especialmente negativa porque surge num momento de recessão económica, aumento do desemprego e da inflação, fragilidade política do Governo brasileiro e aumento das taxas de juro, a que se junta uma desvalorização do real em cerca de um terço do seu valor este ano, analisa o FT.
Uma decisão dessas pode representar "um choque" e uma nova crise nos mercados emergentes, defendeu Basu ao FT, especialmente porque surge num contexto de aumento das preocupações sobre a economia chinesa e porque poderá ter como efeito uma saída dos investidores desses países, que ficariam a braços com uma desvalorização da sua própria moeda.
"Não penso que o 'lift-off' da Fed [a retirada dos estímulos], apesar de bem explicado, vá criar uma grande crise, mas vai criar uma turbulência imediatamente", disse Basu, acrescentando que "é o efeito conjugado das últimas duas semanas de más notícias com a desvalorização chinesa e no meio de tudo isto vai causar algum pânico e convulsões".
A economia mundial, concluiu, "está com um aspeto tão problemático que se os Estados Unidos tomam uma decisão rápida no meio disto tudo penso que os efeitos vão atingir os países de forma severa".
As previsões do Banco Mundial que apontavam para um crescimento de 2,8% da economia mundial estão ameaçadas pelo abrandamento nas economias emergentes, como a China ou o Brasil, bem como pelo crescimento anémico nas economias industrializadas, vincou o economista-chefe da instituição.
Dinheiro Digital com Lusa