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Política
Discurso de Janaína Paschoal surpreende e irrita aliados de Bolsonaro
Cotada nos últimos dias para concorrer como vice na candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República nas eleições 2018, a advogada Janaína Paschoal (PSL) foi a segunda pessoa mais aplaudida ao chegar à convenção nacional do Partido Social Liberal (PSL). Contudo, seu discurso desagradou a aliados de deputado e ao próprio Bolsonaro, que não escondeu a irritação quando ela falou que "as pessoas não precisavam seguir ele". A advogada disse que ainda não se decidiu se aceita o convite feito pelo deputado.
A indecisão de Paschoal, a terceira opção do parlamentar fluminense para compor a chapa presidencial, reflete o isolamento político e a dificuldade de Bolsonaro agregar apoio do mundo político à sua campanha. Janaína disse que "não é possível decidir (sobre ser vice) em dois dias. "Estamos dialogando", afirmou.
Janaína discursou aos partidários de Bolsonaro pedindo moderação e tolerância. Ela criticou a defesa de um pensamento único e defendeu que é necessário pensar na governabilidade. "Não se ganha a eleição com pensamento único. E não se governa uma nação com pensamento único", disse Janaína. "A minha fidelidade não é ao deputado Jair Bolsonaro. A minha fidelidade é ao meu País", completou.
Segundo ela, é preciso pensar na campanha, mas também na governabilidade caso saiam vitoriosos do pleito. "Enquanto procuramos pessoas que estejam dentro da totalidade do nosso pensamento, eles estão se unindo", alertou ela.
A advogada também tocou sobre assuntos como drogas e aborto, sobre o qual ela disse que se trata de uma discussão sobre direito. Ela também recomendou aos presentes na convenção que não era necessário sair "falando para as pessoas acreditarem em Deus" A fala irritou alguns pastores evangélicos presentes ao ato.
Recebido sob gritos de "Mito!" e "Eu vim de graça!", Jair Bolsonaro se emocionou com a recepção calorosa de seus partidários e chorou quando foi executado o hino brasileiro. Também serão oficializadas na ocasião as candidaturas de Flávio Bolsonaro ao Senado e demais escolhidos pelo partido para concorrer aos cargos de deputado estadual e federal pelo Rio de Janeiro.
O senador Magno Malta (PR-ES), que também já teve o nome cotado para figurar como vice na chapa de Bolsonaro, discursou em apoio ao presidenciável durante a convenção do PSL. Malta preferiu se candidatar novamente ao Senado do que concorrer na chapa com o PSL.
"O que o Brasil quer e o que eu quero é um homem de mãos limpas, e você tem mãos limpas. E um homem cristão, você é cristão. O Brasil quer um homem que tem sangue no olho para enfrentar vagabundo", disse Malta a Jair Bolsonaro.
Acusada por alguns de pertencer a partidos de esquerda, a advogada defende um governo de tolerância, e, pois em primeiro lugar se governa para o país. Bolsonaro por sua vez, é criticado por ser um fantoche a serviço de corruptos, ainda que não tenha surgido nenhum fato que colocasse em dúvida sua imagem como político no setor público, apesar de suas declarações polêmicas. Radicalismos a parte, o que o Brasil precisa é de um candidato que tenha como meta o crescimento do país, e não o retrocesso.
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Presidente do México apela a lado "anti-establishment" de Trump e busca reformulação
https://i-invdn-com.akamaized.net/tr...PEE6M0YN_L.jpgO presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pedindo uma conclusão rápida das negociações sobre o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e dando a entender que os dois líderes podem trabalhar bem devido ao seu estilo anti-establishment, disseram autoridades mexicanas no domingo.
A carta foi entregue durante uma reunião recente com autoridades norte-americanas de alto escalão no México, e detalhes foram revelados assim que Trump a recebeu, disse López Obrador, político de esquerda que venceu a eleição presidencial mexicana de 1º de julho com ampla vantagem.
Marcelo Ebrard, indicado do presidente eleito a ministro de Relações Exteriores, leu uma cópia da carta em uma coletiva de imprensa com López Obrador segundo a qual o objetivo do novo governo será "iniciar um novo capítulo no relacionamento entre o México e os Estados Unidos, baseado no respeito mútuo".
Trump tem se referido ao México com palavras duras no tocante ao comércio e à imigração desde que tomou posse.
Apesar de suas visões políticas contrastantes, López Obrador se mostrou otimista em relação ao seu relacionamento de trabalho com Trump.
"Fico encorajado pelo fato de que nós dois sabemos fazer o que dizemos, e nós dois enfrentamos a adversidade com sucesso", escreveu López Obrador. "Conseguimos colocar nossos eleitores e cidadãos no centro e deslocar o establishment."
López Obrador, que toma posse em 1º de dezembro, também pediu que os dois países redobrem seus esforços para encerrar as conversas para modernizar o Nafta de 25 anos entre EUA, México e Canadá.
"Prolongar a incerteza pode frear o investimento no médio e longo prazo, o que certamente dificultaria o crescimento econômico", escreveu López Obrador na carta.
As tratativas para reformar o Nafta começaram quase um ano atrás, depois que Trump pediu que o acordo seja reformulado para servir melhor aos interesses dos EUA.
As negociações, que na prática travaram por causa das ressalvas mexicanas e canadenses para acomodar as exigências norte-americanas de grandes mudanças, serão retomadas em Washington na quinta-feira.
Será que esta nova abordagem fará Trump amolecer e cooeprar para uma reformulação do Nafta?
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Alckmin reafirma que não há possibilidade de volta do imposto sindical
https://i-invdn-com.akamaized.net/ne...PEE63168_L.jpgO pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, reafirmou nesta terça-feira que "não há hipótese" de retorno do imposto sindical caso ele seja eleito na eleição de outubro.
Em evento na Câmara Americana de Comércio (Amcham) em São Paulo, Alckmin se disse favorável à reforma trabalhista, quando indagado sobre a medida, e negou a possibilidade de volta do tributo.
"Não há nenhuma hipótese de voltar imposto sindical. Nenhuma hipótese", disse o tucano, sendo aplaudido pela plateia de empresários.
A volta do imposto sindical seria uma das condições para que Alckmin obtivesse o apoio do chamado blocão --grupo formado por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade--, que na semana passada fechou um acordo para apoiar o tucano nas eleições.
Na sexta-feira, um tuíte no perfil do tucano descartou essa possibilidade. "Ao contrário do que está circulando nas redes, não vamos revogar nenhum dos principais pontos da reforma trabalhista. Não há plano de trazer de volta a contribuição sindical."
Diante da reação do deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, do Solidariedade, Alckmin admitiu depois a busca para uma alternativa para o financiamento dos sindicatos, segundo relato do próprio deputado.
Alckmin também comemorou o acerto com o grupo de partidos do blocão, que lhe dará o maior tempo de TV na propaganda eleitoral, e rebateu adversários que chegaram a negociar com o blocão e o criticaram pelo acerto.
"É como o rapaz mal-educado que paquerou a moça, quis namorar a moça, levou o fora e saiu falando mal da moça", comparou.
O apoio do blocão a Alckmin, fechado na semana passada, deverá ser anunciado oficialmente na próxima quinta-feira.
Como muitos candidatos a presidência Alckim não definiu seu vice ainda, o empresário Josué Gomes disse que não será candidato a vice na chapa do ex-governador de São Paulo.
Com o apoio do chamado blocão – Alckmim consegue mais apoio, mas ainda não está forte o suficiente nas pesquisas.
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Temer destaca papel do Brics na quarta revolução industrial
http://br.advfn.com/jornal/files/201..._o-585x390.jpgEm discurso na abertura da 10ª Cúpula do Brics, o presidente Michel Temer declarou hoje (26) que o maior objetivo do bloco deve ser compartilhar desenvolvimento. Para Temer, o grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul tem papel de destaque no novo cenário imposto pela chamada quarta revolução industrial.
Em sua fala, Temer destacou o tema da quarta revolução industrial como relevante para a agenda comum dos países do bloco. O presidente ressaltou que o Brics tem peso nos fluxos globais de comércio e de capitais e “é um espaço privilegiado” para análise nesse novo cenário.
“Todos conhecemos a lógica que permeia essa nova revolução. A informação, o conhecimento e a dimensão digital passaram a constituir, definitivamente, o cerne da atividade econômica”, disse Temer em Joanesburgo nesta quinta-feira (26).
O presidente também sinalizou que o protecionismo não condiz com o cenário de desenvolvimento de novas tecnologias. ‘Hoje, a regra geral é esta: só somos competitivos quando somos abertos. Abertos a insumos mais sofisticados, a tecnologias mais avançadas, a ideias mais arejadas. Abertos, enfim, a mais investimentos e a mais comércio”
O presidente enfatizou ainda o setor produtivo está sendo reformulado e as transformações alteram as relações econômicas internacionais e a rotina dos profissionais. Temer destacou que neste processo de mudanças é fundamental investir em educação e na qualificação técnica e acadêmica dos recursos humanos.
“Profissionais, empreendedores, pesquisadores, estudantes, formuladores de políticas públicas – todos temos que estar preparados para um mundo mais veloz e mais flexível. Um mundo no qual o ativo maior de um país é a capacidade de seus cidadãos de assimilar conhecimentos e articulá-los de forma pertinente, ágil e criativa. Com a quarta revolução industrial, é essa capacidade que traz vantagens competitivas em ciência, tecnologia, inovação. É essa capacidade que traz crescimento sustentado e empregos de qualidade.”, declarou Temer.
O presidente também elencou a necessidade de maior integração entre os blocos econômicos e citou como exemplo as negociações entre o Brasil e países da Ásia, da América do Norte, o Mercosul, a Aliança do Pacífico e União Europeia.
“Nunca estivemos tão perto de concluir o acordo Mercosul-União Europeia. Buscamos maior abertura e, com ela, a constante modernização de nossa economia”, disse.
Temer apontou que a disseminação da tecnologia digital é uma das respostas aos desafios da quarta revolução industrial e destacou que no Brasil as micro e pequenas empresa tem peso de quase 30% do Produto Interno Bruto (PIb) brasileiro, e que o ambiente para as startups “floresce no Brasil”. “Apenas este ano, vimos surgir três empresas desse tipo que já valem mais de 1 bilhão de dólares”, reiterou.
O presidente participa da 10ª Cúpula dos Brics desde ontem, em Joanesburgo, na África do Sul. O presidente teve reuniões bilaterais com outros chefes de estado do bloco, como a China. Amanhã (27.07.2018) está previsto encontro de Temer com líderes de países do continente africano.
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Bernie Sanders e outros 28 congressistas americanos criticam perseguição a Lula
https://www.redebrasilatual.com.br/p.../image_previewUm grupo de 29 congressistas norte-americanos, incluindo o senador Bernie Sanders, pré-candidato do partido Democrata nas eleições presidenciais de 2016, assinam carta enviada ao governo brasileiro nesta quinta-feira (26) na qual denunciam a "intensificação do ataque à democracia e aos direitos humanos no Brasil". Eles questionam a condenação e prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva baseada em "acusações não comprovadas" e cobram explicações sobre a morte da vereadora Marielle Franco.
"Acredito que é importante, como membro do Congresso, me manter engajado em temas da democracia e dos direitos humanos nas Américas", afirmou o deputado democrata Mark Pocan, do estado de Wisconsin, autor do documento.
Na carta, os parlamentares norte-americanos afirmam que "a luta contra a corrupção não deve ser usada para justificar a perseguição de opositores políticos ou negar-lhes o direito de participar livremente das eleições", e também apontam que Lula é o "principal candidato presidencial" nas eleições de outubro deste ano.
Sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março no Rio de Janeiro, os congressistas cobram uma investigação internacional independente sobre o caso, pois, segundo eles, "evidências críveis sugerem que membros das forças de segurança do Estado podem estar implicados no crime".
Os políticos classificam ainda o governo Temer como de "extrema-direita", e criticam os cortes de gastos sociais e a dita "reforma" trabalhista, que revogou direitos conquistados.
Parece que políticos de outros países insistem em interferir em outras nações, cremos que deveriam investigar os fatos adequadamente, antes de interferirem na política de outros países. Será que eles estão cientes da situação na Venezuela, que por sí só é grave, e, necessita de atenção mundial?
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Putin diz que convidou Trump a Moscou e está disposto a visitar Washington
https://s2.glbimg.com/t1z5AC4bCWNi-a...ue-reuters.jpgO presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira que convidou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Moscou, e que ambos os líderes estão prontos para realizar novas reuniões, mas que as condições precisam ser as corretas para que uma nova cúpula aconteça.
Putin e Trump se reuniram em Helsinque na semana passada, e o presidente norte-americano enfrentou uma avalanche de críticas em seu país pela forma como tratou o encontro.
Falando a repórteres durante cúpula do grupo Brics na África do Sul, Putin disse que telefonemas entre Moscou e Washington são insuficientes, e que ambos os lados precisam se encontrar para discutir questões como o programa nuclear do Irã, conflitos no Oriente Médio e tratados de controle de armas.
"Com relação às nossas reuniões, eu entendo muito bem o que o presidente Trump disse. Ele tem o desejo de ter mais reuniões, realizar novas reuniões. Estou pronto para isso. Precisamos que as condições apropriadas existam, sejam criadas, inclusive em nossos países", disse Putin em uma coletiva de imprensa.
"Estamos prontos para essas reuniões. Estamos prontos para convidar o presidente Trump a Moscou. A propósito, ele já tem esse convite", acrescentou.
"Estou pronto para ir a Washington. Repito mais uma vez, se as condições certas para o trabalho forem criadas."
Putin disse que, enquanto isso, é possível que ele e Trump se encontrem à margem da cúpulas do Grupo dos 20, ou durante outros eventos internacionais.
Em referência à reação dentro dos Estados Unidos após o desempenho de Trump na cúpula de Helsinque, Putin disse: "Apesar das dificuldades, neste caso particular as dificuldades ligadas à situação política interna nos Estados Unidos, a vida continua e nossos contatos continuam."
Na semana passada, Trump disse que esperava receber Putin nos EUA ainda neste ano. No entanto, o convite foi adiado para 2019 por conta da investigação especial conduzida pelo promotor Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 e a suposta conexão de pessoas ligadas a Trump com a Rússia. O presidente americano acredita que o encontro nos EUA deve acontecer depois que a investigação termine, segundo disse seu assessor.
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Indefinição sobre vices pressiona partidos na reta final da costura de alianças
https://i-invdn-com.akamaized.net/tr...PEE6P233_L.jpg
Presidenciáveis e seus partidos esticam a corda e vão utilizar os últimos dias permitidos pela lei eleitoral para fechar alianças e definir os candidatos a vice, prorrogando o clima de incertezas que permeia o quadro eleitoral.
Pré-candidato que conseguiu costurar o maior arco de alianças para a disputa pelo Palácio do Planalto, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta quinta-feira que não tem pressa para a definição do vice e que tem até a convenção do partido, em 4 de agosto, para isso.
Mas o chamado blocão --formado por PP, DEM, PR, PRB e SD-- já estava reunido para discutir o assunto nesta tarde quando houve o anúncio público de que o empresário Josué Gomes tinha recusado o convite para ser o companheiro de chapa do tucano.
Sem consenso para indicar um outro nome, os líderes do grupo decidiram designar o presidente do DEM e prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, para negociar com Alckmin a vaga.
Além dos cinco partidos do blocão, Alckmin também já tem acertado o apoio de PTB, PSD, PPS e PV. Segundo ACM Neto, as conversas irão incluir todos esses partidos.
Os demais presidenciáveis ainda não conseguiram selar alianças, o que tem restringido os nomes disponíveis na hora da escolha do candidato a vice.
A pré-candidata pela Rede, Marina Silva, no entanto, tem dito que o partido tem boa "prata da casa" e já citou o professor Ricardo Paes de Barros, um dos idealizadores do Bolsa Família, e do presidente do Flamengo, Bandeira de Mello, como opções para a vaga de companheiro de chapa.
Mas a falta de alianças pode deixar a ex-senadora na difícil missão de enfrentar a disputa eleitoral com pouquíssimo espaço na TV e no rádio. Por isso mesmo, diz uma fonte próxima da pré-candidata, boa parte da campanha terá as redes sociais como foco.
Formalizado candidato na convenção do PDT na semana passada, Ciro Gomes aposta quase todas suas fichas numa aliança com o PSB para não terminar isolado na disputa.
O PDT espera com apreensão uma decisão do PSB, mas os socialistas, que dariam uma resposta após uma reunião do diretório no dia 30, aumentaram o suspense ao cancelar o encontro e deixar a decisão para a convenção do partido em 5 de agosto, último dia permitido pela legislação.
Ciro já havia dito que seu perfil predileto para vice seria um empresário do sudeste do país e, se fechar o acordo com o PSB, a vaga deve ficar com o ex-prefeito de Belo Horizonte Márcio Lacerda.
O PDT também tenta convencer o PCdoB a abrir mão da candidatura de Manuela D’Ávila e se associar a Ciro. Na falta do PSB, a vaga de vice poderia ser oferecida à deputada estadual gaúcha.
O presidente do PDT, Carlos Lupi, explica que as negociações com o PCdoB são "delicadas" porque o partido tem candidata e seu partido não quer interferir no processo interno de decisão. Além disso, o PCdoB também é assediado pelo PT, que deseja manter o aliado de várias eleições presidenciais.
E a indefinição da situação do PT tem atrapalhado nas negociações do partido.
A liderança petista tem dito que vai registrar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas como ele foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá deve ter seu nome barrado pela Justiça eleitoral devido à Lei da Ficha Limpa.
Diante desse cenário, possíveis aliados, como PSB e PCdoB, pedem que o PT anuncie qual será o plano B do partido no caso do provável impedimento de Lula. Sem isso, as alianças não avançam. Isso inclui o PR, do empresário Josué Gomes, que além de ser cobiçado pelo blocão para vice de Alckmin também era desejado pelo ex-presidente para ser seu companheiro de chapa.
Com dessas dificuldades, o PT deve escolher entre seus filiados alguém para acompanhar Lula na chapa à Presidência --um nome que possa eventualmente substituí-lo se e quando a candidatura do ex-presidente for impugnada, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
"O PCdoB não desata, a conversa também não andou", explica a fonte. "O nome vai vir do próprio PT, mas é o Lula que vai decidir", disse, acrescentando que não há conversas internas ainda concretas sobre um nome porque o partido espera uma decisão de Lula.
Os ISOLADOS
O já oficializado candidato do PSL, deputado Jair Bolsonaro, também pode se ver sem alianças na disputa de outubro e sofreu reveses nas tentativas de definição de um vice.
De início, quando lançou sua prá-candidatura à Presidência, cortejava o senador Magno Malta (PR-ES), mas o parlamentar disse que pretende concorrer à reeleição para o Senado e seu partido, integrante do blocão, fechou com Alckmin.
Bolsonaro partiu então à procura de um novo nome, e o candidato chegou perto de anunciar o general da reserva do Exército Augusto Heleno, do PRP, como seu companheiro de chapa. Mas a cúpula do PRP considerou melhor investir em sua bancada federal e não embarcar na empreitada.
Outro nome cogitado foi o da advogada Janaína Paschoal que ficou nacionalmente conhecida por ter sido uma das autoras do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
O "plano C" teria sido abandonado após discurso da advogada em tom moderado na convenção do partido levarem pessoas próximas a Bolsonaro a aconselharem a escolha de outro quadro.
Também isolado e sem conseguir atrair aliados tradicionais, que preferem distância do rejeitado governo do presidente Michel Temer, o MDB pode acabar tendo que compor uma chapa puro-sangue. O partido tem insistido em conversar com partidos maiores, como o PTB e o PRB, que já prometeram apoio a Alckmin, mas sem muita esperança de sucesso.
"Eles têm insistido em conversar, mas nós não vamos romper o acordo", disse uma fonte de um dos partidos.
Sobram ao MDB negociações concretas com partidos menores, como o PMN, o PHS e o Pros, relatou uma fonte. Desses, apenas o Pros teria tamanho e opções para um candidato a vice, no caso, o ex-deputado Maurício Rands, que ocupa hoje uma secretaria na Organização dos Estados Americanos (OEA).
"Ele é ex-PT, nordestino e não tem nenhum escândalo no currículo. Mas é tudo muito incipiente ainda", disse a fonte.
É bem provável, no entanto, que o partido acabe escolhendo um vice de suas próprias hostes e que possa complementar o candidato Henrique Meirelles --um nome do Nordeste, por exemplo.
"Mas nem isso surgiu ainda", confessa a fonte.
Para nos eleitores, tudo ainda parece o mais do mesmo, sem uma mudança profunda do velho para o novo no horizonte. Ou devemos dizer que alguns candidatos a senadores, que descrevem como o novo e que representam uma mudança, trazem velhos lobos da política por trás de si. Nos resta esperar pelas opções.
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Em entrevista ao programa Roda Viva, Bolsonaro ignora escravidão e golpe
O Brasil não tem dívida histórica com a escravidão. Essa foi uma das opiniões polêmicas manifestadas pelo candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), durante o programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura, quando questionado se seria favorável à manutenção da ação afirmativa de cotas raciais nas universidades. Segundo Bolsonaro, os portugueses não pisavam na África e “eram os próprios negros que entregavam os escravos”. Ele afirmou: “Que dívida é essa, meu Deus do céu. Um negro não é melhor do que eu, nem eu sou melhor do que ele. Por que cotas?”, indagou, assinalando que terminar com a política de cotas dependeria do Congresso Nacional, mas que ele proporia a diminuição dos percentuais.
Não foram poucos os “equívocos” e as distorções de fatos históricos citados por Bolsonaro para voltar a defender pessoas como o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi do II Exército (1970-1974), um dos órgãos que operou na repressão política durante a ditadura militar (1964-1985). Em 2008, Ustra se tornou o primeiro militar condenado pela prática de tortura e, embora reformado, continuou politicamente ativo nos clubes militares, em defesa da ditadura. “De acordo com a nossa Constituição, ninguém poderá ser declarado culpado sem sentença transitado em julgado, o que não aconteceu com Ustra”, disse Bolsonaro. Segundo ele, o mundo vivia a guerra fria e as pessoas “pendiam” para um lado ou para outro. “Esses que se diziam torturados o faziam para conseguir indenizações, votos, piedade, poder. Só se ouve um lado da história, outro não. Se tivéssemos perdido, hoje o Brasil seria uma Cuba”, afirmou.
Indagado se abriria, caso se eleito, os arquivos da ditadura em posse das Forças Armadas, Bolsonaro disparou: “Não tem mais arquivo nenhum da ditadura. A Lei da Anistia sepultou. Essa é uma ferida que tem de ser cicatrizada. É daqui pra frente”, disse, desconversando sobre a necessidade de se conhecer a história. “Não vou abrir nada, os papéis já sumiram”, afirmou. “Os papéis têm prazo de validade nas Forças Armadas”, acrescentou. Em seguida, ele criticou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “Onde Dilma esteve na semana passada? Representando o Foro de São Paulo em Cuba. Acha que ela lutou pela democracia? O primeiro marido dela sequestrou avião e foi pra Cuba.”
Em sua leitura muito particular da história, o candidato disse que em 1964 não houve golpe de estado com a participação militar, civil, empresarial e do capital multinacional. “Golpe é quando mete o pé na porta e tira o cidadão lá”, afirmou, dizendo que João Goulart teria deixado o governo, quando, na verdade, Jango estava no Rio Grande do Sul em busca de apoio de aliados, já que estava na iminência de ser detido pelos articuladores do golpe. Aliás, esse foi o argumento utilizado pelo senador Auro de Moura Andrade para, em 2 de abril de 1964, destitui-lo do cargo, abrindo caminho para a instalação do regime militar e a posse do marechal Castelo Branco na Presidência.
Entre as declarações polêmicas, o candidato confirmou, ao responder pergunta elaborada pelo jurista José Gregori, ter declarado na tribuna da Câmara dos Deputados que um dos maiores erros daquela que ele chama de “Revolução de 64” foi não ter “mandado fuzilar Fernando Henrique Cardoso”. Segundo Bolsonaro, a imunidade parlamentar lhe dá garantia de dizer o que bem entender. Ele negou ter sugerido também o fuzilamento de Gregori, alegando que ele não seria uma pessoa importante, portanto, não “mereceria” a sua atenção.
Polêmicas a parte, para alguns o que aconteceu não foi uma entrevista. Foi um aglomerado de militantes fazendo ataques pessoais e mesclando com notícias falsas a respeito do candidato. Não foi perguntado absolutamente nada a respeito dos planos de Bolsonaro para governar o país, que é o assunto que realmente interessa os leitores e audiência da suposta entrevista. O que nos leva a questionar, será que todas aas questões abordadas aos candiatos, serão sobre sua vida pessoal e sobre o que pensa, ou sobre seu futuro governo e suas propostas para governar o país?
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Governo envia ao Congresso projeto sobre tributação de fundo exclusivo
https://i-invdn-com.akamaized.net/ne...PED7M1X9_L.jpgO governo enviou ao Congresso Nacional projeto de lei com alteração na cobrança de Imposto de Renda incidente sobre rendimentos de aplicações em fundos de investimento. No Diário Oficial de hoje (31), há uma mensagem de encaminhamento do projeto de lei pelo presidente Michel Temer.
No ano passado, o governo tentou alterar a tributação sobre fundos financeiros fechados, chamados de fundos exclusivos, com uma medida provisória, que perdeu a validade. Esses fundos, destinados a grandes clientes, são fechados e não têm livre adesão.
A tributação sobre os rendimentos será paga duas vezes ao ano, em vez de somente no momento do fechamento ou resgates das cotas, como ocorre com outros fundos de investimento.
“A presente proposta tem por objetivos reduzir as distorções existentes entre as aplicações em fundos de investimento e aumentar a arrecadação federal por meio da tributação dos rendimentos acumulados pelas carteiras de fundos de investimento constituídos sob a forma de condomínio fechado, os quais se caracterizam pelo pequeno número de cotistas e forte planejamento tributário”, disse o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, nas explicações sobre motivo da elaboração do projeto de lei.
Segundo ele, a expectativa é aumento da arrecadação de Imposto de Renda em 2019, no valor total de R$ 10,720 bilhões. Para ter validade no próximo ano, o projeto precisa ser aprovado ainda em 2018.
Variação cambial
O projeto também estabelece mudança na tributação da variação cambial da parcela do valor do investimento realizado por instituições financeiras em sociedade controlada no exterior.
“O objetivo da proposta é diminuir as distorções resultantes da assimetria de tratamento tributável entre as variações cambiais das participações de investimentos no exterior e sua proteção cambial no Brasil a partir de 2020, num prazo total de quatro anos”, afirmou Rachid, no documento.
Uma instituição financeira com investimento em controlada no exterior faz hedge (proteção) dessa posição no Brasil para neutralizar os efeitos da variação cambial no seu patrimônio.
Além do hedge, é necessária uma proteção excedente ao valor do investimento. Segundo a Receita, a proposta visa tributar de maneira conjunta os investimentos no exterior e as operações de cobertura (hedge), assegurando neutralidade para o conjunto da operação.
O efeito na arrecadação com essa medida será nulo. “No caso da variação cambial da parcela do valor do investimento controlada no exterior (art. 10) não haverá efeito na arrecadação, pois essa variação cambial é isenta de tributação com base no art. 77 da Lei nº 12.973, de 2014, passando, a partir de 2020, a ser tributada na mesma proporção em que se reduz a necessidade da proteção excedente ao hedge, tendendo a zero os efeitos no lucro tributável”, afirmou Rachid.
fonte: Reuters
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Presidente do STF diz ser "absolutamente inaceitável" descumprir ordens da Justiça
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou na manhã desta quarta-feira, em pronunciamento da volta dos trabalhos da corte, ser "absolutamente inaceitável" um eventual descumprimento de ordens da Justiça.
“Gostaria de afirmar que, neste tempo de grandes preocupações para nós, brasileiros, de grandes dificuldades, mas também de possibilidades, eu desejo que nós todos, como cidadãos, como juízes, sejamos cada vez mais como temos sido e nos encaminhado, responsáveis nas nossas competências com o Brasil, prudentes nas nossas decisões e, principalmente, comprometidos entre nós com um país no qual o Estado de Direito prevaleça, uma vez que é absolutamente inaceitável qualquer forma de descumprimento ou de desavença com o que a Justiça venha a determinar”, disse.
Durante o recesso, o STF foi alvo de protestos. Primeiro, jogaram uma tinta vermelha em uma de suas entradas.
Além disso, um grupo protocolou no Supremo um manifesto informando que iria iniciar uma greve de forme em defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --preso desde abril cumprindo condenação e que lidera as pesquisas de intenção de voto ao Palácio do Planalto-- e afirmando que o fim do protesto depende da decisão dos ministros do STF.
Há uma pressão de petistas para que haja uma decisão judicial que permita ao ex-presidente participar da disputa presidencial, mesmo provavelmente sendo enquadrado como ficha suja em razão da condenação em segunda instância no processo do tríplex do Guarujá.
Cármen passa o comando do Supremo em setembro para o ministro Dias Toffoli. Ela deve seguir para a 2ª Turma, colegiado responsável por julgar pedidos referentes à operação Lava Jato no STF.
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Ciro Gomes e Marina Silva tentam romper isolamento
https://cdn-istoe-ssl.akamaized.net/...97b67d8aa9.jpgÀs vésperas do prazo final para a realização das convenções partidárias, as candidaturas de Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) ainda tentam evitar o isolamento na disputa presidencial, mas as negociações com PV e PSB, respectivamente, esbarram na tendência de neutralidade das siglas. Sem aliança com outros partidos, Ciro e Marina podem ser obrigados a optar por chapas puras.
Na terça 31 de julho, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, se reuniu em Brasília com dirigentes de PT, PCdoB e PDT. O encontro foi interpretado como um indicativo de que o partido, na convenção marcada para domingo, deverá optar pela independência no primeiro turno. Além disso, a tendência é de que a Executiva vete que os candidatos nos Estados apoiem determinados nomes, como Jair Bolsonaro (PSL).
“As três hipóteses são apoiar Ciro Gomes, apoiar o PT ou não apoiar nenhum dos dois e indicar o rumo, com um documento político. Não pode apoiar Bolsonaro, por exemplo. Quem fizer isso deve ficar como dissidente, não como orientação partidária”, afirmou Siqueira depois da reunião. O presidente do PSB disse também que a ideia é construir um consenso até a convenção. De acordo com Siqueira, o ex-prefeito de Curitiba Luciano Ducci já se colocou à disposição para ser vice em qualquer uma das chapas.
Para líderes do partido, o PSB deve manter o foco na eleição de governadores. Com isso, a hipótese da independência ganha força, já que candidatos do PSB têm alianças estaduais com praticamente todos os lados envolvidos na disputa nacional. “O partido vai fazer um grande esforço para sair unido e não ter sequelas. Com essa divisão que existe no País não podemos agradar a um lado e desagradar a outro”, disse o prefeito de Campinas, Jonas Donizete.
Na semana passada, o PDT de Ciro anunciou apoio à reeleição do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), mas ele tem defendido a independência do PSB. São Paulo e Pernambuco, onde o governador Paulo Câmara (PSB) defende o apoio ao PT, são os Estados com o maior número de delegados na convenção nacional. Ciro conta com a simpatia dos diretórios de Minas Gerais, do Distrito Federal e do Ceará.
PV
A possibilidade de chapa pura não está descartada na Rede, mas não seria o ideal, segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). “É nosso plano E. O ideal é ter uma chapa com outro partido.” São citados como possíveis nomes para compor uma chapa pura a ex-senadora Heloísa Helena, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, e Paes de Barros, um dos pais do Bolsa Família. O plano original, porém, é lançar Heloísa Helena e Bandeira de Mello para a Câmara.
Marina aposta suas fichas no PV e quer anunciar o vice na convenção nacional, no sábado. Os verdes devem dar sua resposta até lá. Apesar de uma ala defender o apoio à pré-candidata da Rede, um grupo ainda resiste à aliança em função dos acordos nos Estados. Há coligações regionais em que o PV está fechado com PSDB ou com o PDT, que têm presidenciáveis.
O nome mais provável para compor a possível chapa seria Eduardo Jorge, candidato a presidente pelo PV em 2014. O PV foi o único partido para o qual a Rede ofereceu o cargo. Isso ocorreu no sábado passado, na convenção nacional do PV, em Brasília. Os verdes já haviam decidido não apoiar nenhum presidenciável, mas, com a proposta, delegaram a palavra final à da executiva nacional.
“Até por gentileza estamos abertos a conversar”, disse o presidente do PV, José Luiz Penna, que relatou afastamento do presidenciável tucano, Geraldo Alckmin. “Estamos mais próximos de não ter candidato, mas vamos ouvir as regionais”, afirmou o dirigente.
Penna e o porta-voz da Rede, Pedro Ivo, se encontraram na quinta-feira passada. Foi o primeiro encontro desde que Marina deixou a sigla pela qual disputou a eleição de 2010.
Fonte: Folha de São Paulo
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Ana Amélia aceita convite para ser candidata a vice de Alckmin, mas terá de resolver
https://s2.glbimg.com/DZxUw0Itmlb7pU...em_materia.jpgA senadora Ana Amélia (PP-RS) aceitou ser a candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República.
O anúncio oficial, porém, só será feito após a situação regional do PP no Rio Grande do Sul ser resolvida. Isso porque a seção gaúcha do partido havia decidido apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL).
Ao blog, Ana Amélia confirmou que precisa resolver a questão regional do PP. Segundo ela, não será uma decisão "fácil" deixar a candidatura ao Senado porque ela lidera as pesquisas.
"Mas a vida é feita de escolhas", afirmou a senadora.
A solução pensada para o Rio Grande do Sul prevê a retirada da candidatura de Luiz Carlos Heinze (PP) ao governo estadual e apoiar o candidato tucano a governador, Eduardo Leite.
Ana Amélia se reuniu no final da tarde desta quinta com a bancada gaúcha do PP para discutir o que fazer. Após a reunião, ela disse ter recebido o convite de Alckmin pessoalmente, nesta quarta (1º).
Em entrevista à imprensa após reunião com a bancada gaúcha do PP em seu gabinete no Senado, Ana Amélia reiterou que a sua decisão de aceitar a vice dependerá do acerto com os tucanos no estado. A senadora afirmou, porém, que os entendimentos entre os dois partidos estão “bem encaminhados”
“Minha decisão depende desses acertos. Se os acertos não forem cumpridos positivamente, satisfatoriamente, eu tenho que ver como vai ficar, se tivemos dificuldade de um entendimento do PSDB e do PP lá no Rio Grande do Sul”, disse a senadora.
Segundo Ana Amélia, haverá uma definição sobre essas questões regionais "possivelmente" nesta sexta. "E aí o governador poderá bater o martelo", disse.
Articulação
Desde que o empresário Josué Gomes (PR) rejeitou o convite para ser candidato a vice de Alckmin, o tucano passou a trabalhar o nome da senadora com mais intensidade.
Havia, contudo, resistência por parte da cúpula do PP ao nome de Ana Amélia por considerá-la independente. O entrave, porém, foi contornado nos últimos dias.
Ana Amélia está com boa aceitação nas pesquisas, será que ela consegue alavancar a candidatura de Alckimin?
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Quem são os donos dos rios do Brasil? Transporte e energia disputam uso da água.
"Rio Tietê, conto com você uma vida inteira". Os versos do hino da cidade de Pederneiras, no interior paulista, mostram o status quase sagrado de uma hidrovia que ajuda a impulsionar a economia brasileira.
Seja gerando eletricidade ou transportando produtos agrícolas, o rio é fundamental. Mas a crescente escassez de água provocou uma disputa de quem tem mais direito de explorar as águas dos rios, e especialistas dizem que, num cenário cada vez mais agudo de escassez, o governo precisa solucionar esse impasse.
A escassez de água é "o novo cenário de normalidade, não uma emergência", disse Munir Soares, especialista em energia do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), à Thomson Reuters Foundation.
Um dos principais corredores de transporte do país para o escoamento da produção de soja, milho, fertilizantes e outros produtos agrícolas, a hidrovia Tietê-Paraná ficou fechada por 20 meses entre 2014 e 2016 devido à seca e ao desvio de água para gerar energia, com uma perda estimada de 1 bilhão de reais para empresas de navegação e de 1.600 empregos.
Diante de novas ameaças de fechamento da hidrovia devido à escassez de chuvas, especialistas cobram do governo e órgãos reguladores mais clareza sobre quem pode explorar o rio, e quando.
A agricultura e o agronegócio responderam por cerca de um quarto do Produto Interno Bruto brasileiro em 2017, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). O Brasil é o terceiro maior produtor de eletricidade das Américas, segundo a Administração de Informação de Energia (AIE), do governo dos Estados Unidos.
No entanto, apesar da existência de uma política nacional que regulamenta o uso dos recursos hídricos, há uma "zona cinzenta" que desencadeia conflito entre empresas de transporte e energia, segundo Soares.
Em períodos de escassez hídrica, a lei não define claramente quem deve ter acesso prioritário ao rio, que é rico em corredeiras e pontuado por quedas acentuadas, acrescentou o especialista.
Em tempos de chuvas inconstantes, quando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) determina o despacho de mais energia hidrelétrica, o que demanda mais água para a geração, isso pode impedir a navegação na hidrovia do Tietê, explicou Soares.
Para Soares, se nesta conjuntura a água do rio vai ser usada para gerar eletricidade, os órgãos reguladores precisam deixar isso claro, de modo que as empresas de navegação não sejam surpreendidas e tenham tempo para buscar outras alternativas para evitar prejuízos.
"Se as empresas de transporte não honrarem seus contratos, elas terão problemas."
Segundo Adalberto Tokarski, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), algumas empresas de transporte entraram com ações na Justiça por causa do prejuízo causado pelo fechamento da Tietê-Paraná em 2014-2016.
"A lei é muito clara, mas ela não é respeitada por causa do poder de interferência do setor elétrico. A lei não dá supremacia ao setor elétrico. Ela garante os usos múltiplos da água, tem que ter um equilíbrio", disse.
DISPUTA PELO RIO
A disputa pelo uso da hidrovia Tietê-Paraná ocorre desde 2001, quando o país enfrentou uma grave crise de falta de energia elétrica devido à escassez de chuvas, e a hidrovia quase foi fechada.
Em 2014, o Brasil sediava a Copa do Mundo e a água que poderia ter ajudado a manter os níveis da Tietê-Paraná foi usada para gerar eletricidade devido ao aumento da demanda e ao atraso da entrada em operação de grandes usinas.
Em São Paulo, o abastecimento de água potável chegou a níveis críticos.
Níveis mais baixos dos rios forçam as empresas a reduzir a quantidade de produtos transportados na hidrovia, podendo até mesmo impedir que as barcaças usem o corredor por completo, segundo Raimundo Holanda, presidente da Federação Nacional das Empresas de Navegação Aquaviária (Fenavega).
Em 2017, a hidrovia transportou um recorde de 8,91 milhões de toneladas de carga, um salto de quase 50 por cento ante 6,3 milhões em 2013, informou o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo por email.
Mas isso estará em xeque se a água do rio for desviada novamente para abastecer as barragens --em um país que depende da energia hidráulica para gerar cerca de dois terços da energia elétrica produzida, disse Tokarski.
A decisão de fechar ou não a hidrovia está nas mãos da Agência Nacional de Águas (ANA).
Diante do risco de fechamento da hidrovia no final do ano passado, a ANA criou uma "sala de crise" que reúne o ONS, a Antaq e representantes do setor de transporte para avaliar as condições de navegação da hidrovia e os níveis de água das barragens.
Em comunicado, a ANA informou que “busca atender aos diversos usos da água sem privilégio ou prejuízo a um setor usuário”, mas admitiu que “nem sempre é possível atender às demandas de todos os setores usuários e pode haver conflitos entre os usos”.
O ONS informou, por meio de nota, que sempre procura fazer a melhor gestão dos recursos hídricos, em articulação com a ANA, de forma a tornar compatível a geração de energia com o atendimento aos usos múltiplos da água. No caso da hidrovia Tietê-Paraná, as condições hidrológicas ainda estão sendo avaliadas, pois estamos no meio do período seco, segundo o ONS.
EMPREGOS EM RISCO
Localizada a pouco mais de 300 quilômetros da capital paulista, onde o Tietê é símbolo da poluição dos rios, Pederneiras é um ponto estratégico da hidrovia, no qual a carga é transferida para os trens, que a levam até o Porto de Santos para ser exportada, disse Holanda.
"O rio Tietê não é apenas um rio", disse Vicente Minguili, prefeito da cidade conhecida como "a capital da hidrovia".
"A hidrovia é muito importante para gerar empregos e atrair investimentos."
Alan de Moura Lima é um dos 1.600 trabalhadores que perderam o emprego quando a Tietê-Paraná fechou há quatro anos.
"Foi difícil. Passei boa parte da minha vida profissional nessa hidrovia", disse Lima à Thomson Reuters Foundation sobre os trilhos da ferrovia em uma ponte sobre o rio Tietê.
Lima trabalhou na área de logística de duas empresas ligadas à hidrovia por quatro anos, mas depois de ficar desempregado durante um ano, montou uma empresa de revenda de peças com a família e não pensa em voltar para a hidrovia.
"Todo ano há uma ameaça de fechar a hidrovia. Eu não quis voltar por causa dessa incerteza."
CONFLITOS NA AMAZÔNIA
Conflitos sobre o direito de propriedade dos rios também ocorrem na Amazônia, onde grandes usinas hidrelétricas foram construídas nos últimos anos, provocando queixas de empresas de navegação sobre o efeito das barragens nos níveis das águas dos rios.
Em Porto Velho (RO), empresas de navegação disputam o Rio Madeira com a companhia de energia responsável pela Usina Hidrelétrica de Santo Antônio --uma das maiores do Brasil.
Leudo Buriti, presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (SOPH), reclama de mudanças bruscas nos níveis da água dos rios, o que interfere na navegação --o que ele diz que não acontecia antes da construção da barragem.
Em um comunicado por email, a Santo Antônio Energia disse que a usina não interfere nos níveis do rio porque o fluxo que a barragem recebe do rio é imediatamente descarregado.
"As alterações que ocorrem na vazão do rio Madeira ao longo de todos os anos são decorrentes do degelo dos Andes e dos períodos de chuvas intensas na cabeceira do rio", disse a empresa.
Segundo Buriti, outra queixa é a retenção de troncos de árvores que descem pelo rio Madeira pela usina e a liberação desses troncos de uma só vez, atingindo portos e barcos, causando prejuízo e acidentes.
Fonte: Reuters
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General Mourão (PRTB) será o vice de Bolsonaro na disputa presidencial
https://s2.glbimg.com/7kMAWcWgkAya8X...o-conteudo.jpgEscolhido ao apagar das luzes, no último dia para definição das chapas, o general de reserva do Exército Antonio Hamilton Martins Mourão (PRTB) não é nem de longe o vice dos sonhos do candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Mourão acabou sendo uma solução caseira que, ao fim, acena apenas para um nicho do eleitorado que já está em boa parte conquistado pelo capitão do Exército.
Na avaliação da própria campanha de Bolsonaro, o ideal seria um vice com nome mais agregador, que ajudasse o cabeça de chapa a conquistar terreno em outras fatias do eleitorado.
Bolsonaro tentou acenar, por exemplo, para os cristãos evangélicos, buscando o senador Magno Malta (PR), e para as mulheres, área onde o ex-capitão tem dificuldade de crescer, com a advogada Janaína Paschoal (PSL). Não conseguiu.
A avaliação interna, contudo, sempre foi de que não seria ruim uma chapa “puro sangue” militar, mas, nesse caso, o nome mais desejado era o do general Augusto Heleno, cuja voz seria mais aceita na sociedade. O general Heleno também queria, mas o partido ao qual ele se filiou, o minúsculo PRP, não concordou.
Mesmo que Heleno tenha, como Mourão, defendido o regime militar (1964-1985), ele é um general considerado mais agregador e com trânsito na sociedade civil, até pelos postos mais expressivos que ocupou, da missão de paz no Haiti ao Comando Militar da Amazônia.
Hamilton Mourão aconteceu na vida política brasileira apenas defendendo o regime militar. Em palestra no ano passado, afirmou que era preciso retirar da vida pública alguns elementos envolvidos em todos os ilícitos ou o Exército iria impor isso.
Antes, em 2015, ainda no governo Dilma Rousseff, defendeu uma intervenção militar como remédio para a grave crise econômica e política da gestão petista.
Nas duas ocasiões, recebeu “punições” leves, como a perda do posto ou a agilização de sua aposentadoria que, no fundo, já estava próxima.
Internamente, no Exército, inclusive, fala-se que os gestos de Mourão eram apenas uma sinalização do general para o Clube Militar do Rio de Janeiro, espécie de órgão representativo especialmente de quem está na reserva das Forças Armadas, que ele passou a presidir neste ano.
Mourão não representa sequer o pensamento geral das Forças Armadas. Há uma nova geração de militares que não concorda com todas as opinões mais radiciais dele e de seu companheiro de chapa, como a defesa do torturador da ditadura Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Líder das pesquisas no cenário sem o ex-presidente Lula, Bolsonaro acabou isolado por seu discurso e com um vice distante do seu sonho. E agora enfrentará o momento oficial da campanha com uma chapa sem representatividade além do círculo militar.
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Eleições 2018, e incertezas do mercado financeiro
http://blog.focalise.com.br/wp-conte...ui-810x541.jpgAs eleições presidenciais do Brasil em 2018, ainda parecem ser a mais incerta, a volatilidade fica cada vez maior com este vai e vem da corrida eleitoral. O mercado financeiro, é o mais impactado por isto, visto que os investidores não se sentem seguros para investir, e seguram os investimentos.
Quando o Lula foi eleito no ano de 2002, o mercado oscilou muito, pois não eras um candidato favorito dos mercados, a taxa de cambio caiu, a bolsa apresentou tendência de queda. Mas no final de seu primeiro mandato ele já tinha um popularidade melhor em 57%, segundo pesquisas. Mas não sabíamos o que estava por vir. Com a reeleição de 2006, o mercado reagiu de forma mais otimista. Quando encerrou o mandato em 2010, estava com uma popularidade muito alta, e com uma avaliação mais positiva do mercado, em 80% segundo o Ibope, mesmo com os escândalos do mensalão. O Pib havia crescido 7.5%. Nessas condições conseguiu eleger sua pupila Dilma Rousseff, houve uma certa incerteza no mercado, que voltou a crescer mas de forma moderada. Mas como toda sujeira jogada para debaixo do tapete um dia aparece o governo de Dilma foi marcado por polêmicas, o ambiente já não era tão positivo, neste ano o PIB cresceu menos , a recessão durou entre o segundo trimestre de 2014 ao quarto de 2015, o mercado começou a oscilar e as evidências da falta de habilidade de Dilma ficou evidente. Mesmo com sua reeleição, o mercado não se recuperou, e a recessão, e aumento de desemprego era evidente. Mas com seu impeachment esperávamos que o cenário fosse melhorar em pelo menos 70%, mas nem tudo é flores. Várias mudanças no cenário externo, greve de caminhoneiros, além de problemas fiscais, contribuíram para a instabilidade do mercado. As projeções para o PIB desse ano, que já estiveram próximas de 3,0% no começo do ano, caíram pela metade 1.55%, segundo boletim do Focus.
As eleições presidenciais de 2018 serão uma das mais incertas da história. Faltando poucos meses para o país definir quem será o próximo Presidente da República, não sabemos ao certo quem serão todos os candidatos e, muito menos, quem vencerá o pleito e válido dizer se não irão legislar em causa própria com têm feito. A eleição está muito aberta ainda. Assim como em 2002, há muita incerteza, principalmente sobre qual política econômica será implementada a partir do ano que vem. Esse ano, o real já se desvalorizou bastante, o risco subiu e a bolsa caiu. Além das mudanças no cenário internacional, a incerteza eleitoral e os problemas fiscais impactaram negativamente essas variáveis. A agenda de reformas que o Brasil precisa fazer é enorme, para continuar as que já foram feitas pelo governo Temer. Uma das mais importantes, que não foi realizada, a da previdência, será um dos principais temas para o próximo governo, dado o grave problema fiscal do país, mas a questão é, será que ela vai ser feira, será que haverá fatos mais claros para que todos possam entender sua importância e necessidade?. Então, vamos acompanhar o desenrolar do cenário político-eleitoral e econômico para observarmos como irão evoluir essas variáveis ao longo dos próximos meses.
Vamos torcer para termos escolhas melhores, para que a economia pelo menos, não prolongue a mais longa recessão em que o país se encontra.
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Aguardaremos o desenrolar deste cenário e idealizar que o próximo presida tenha mãos de ferro para gerenciar o Brasil.
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Gostaria de ter a repetição de um governo socialista, mas é perceptivel que os socialista estão com suas imagens manchadas no Brasil.
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Qualquer sistema socialusta estará fadado ao fracasso por alguns motivos:
-o socialismo resulta em menos investimentos, menos poupança e um padrão de vida menor. Quando o socialismo é inicialmente imposto, a propriedade precisa ser redistribuída. Os meios de produção são confiscados dos atuais usuários e produtores, e entregues à comunidade de "zeladores".
-o socialismo resulta em escassez, ineficiências e desperdícios assombrosos. Essa foi a grande constatação de Ludwig von Mises, que ainda em 1920 já havia descoberto que o cálculo econômico racional é impossível sob o socialismo. Ele mostrou que, em um sistema coletivista, os bens de capital serão, na melhor das hipóteses, utilizados na produção de bens de segunda categoria; na pior, na produção de coisas que não satisfazem absolutamente nenhuma necessidade.
Entre outros motivos, em uma sociedade corrompida pela corrupção onde maioria (talvez não todos) legislam em causa própria para se manter no poder por qestões monetárias, infelizmente não será bem sucedido, pois a desigualdade só aumentará.
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Haddad diz que objetivo é derrotar candidaturas Alckmin,Meirelles e minimiza Bolsona
https://i-invdn-com.akamaized.net/tr...PEE7600K_L.jpgO vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o objetivo principal do chamado campo progressista é derrotar as candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB), que representam a continuidade do governo Temer, e minimizou o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), por falta de clareza do seu projeto.
Ao comentar a formação das alianças do primeiro turno, que não conseguiu unir as candidaturas de Lula e de Ciro Gomes (PDT), o ex-prefeito de São Paulo ressaltou que esse grupo estará junto num eventual segundo turno.
"Tenho certeza de que, embora nós não tenhamos conseguido compor uma única chapa que representasse o campo progressista contra as candidaturas sobretudo do Meirelles e do Alckmin, que representam a continuidade do governo Temer, nós vamos estar juntos no segundo turno e no governo, porque nós temos o objetivo comum de derrotar esse projeto que está desconstruindo o país", disse Haddad a jornalistas em Curitiba, após visitar Lula na prisão.
Para o ex-prefeito de São Paulo, o governo Temer "tem que dar lugar a um projeto legítimo, saído das urnas, que dialogue com os anseios populares e nacionais".
Questionado por não ter mencionado o presidenciável do PSL entre as candidaturas a serem derrotadas pelo seu campo, Haddad disse que não consegue "visualizar o projeto Bolsonaro".
"Porque ele (Bolsonaro) remete sempre a um economista, que até virou meme de internet, virou "posto Ipiranga", qualquer pergunta difícil ele remete para o Paulo Guedes", disse o candidato a vice petista, referindo-se ao coordenador econômico de Bolsonaro.
Perguntado sobre as altas intenções de voto de Bolsonaro nas pesquisas --ele lidera os cenários sem Lula--, Haddad avaliou que o capitão da reserva do Exército "dialoga mais com um sentimento do que propriamente com um sonho, do que com um desejo de transformação social".
"Vamos ter que lidar com esse sentimento de forma respeitosa, são cidadãos que estão angustiados em busca de uma solução que eles não conseguem compreender muito bem, vamos dialogar com esse público também", acrescentou.
Preso em Curitiba desde abril, cumprindo pena por condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, Lula, que lidera as pesquisas de intenções de voto, deve ter sua candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa.
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Bolsonaro lidera em SP, mas Alckmin empata na margem de erro
https://i-invdn-com.akamaized.net/ne...PEE4K1B2_L.jpgOs pré-candidatos do PSL, Jair Bolsonaro, e o tucano Geraldo Alckmin estão empatados dentro da margem de erro entre as intenções de votos dos paulistas, segundo pesquisa encomendada pela CNT.
Bolsonaro lidera numericamente a disputa com 18,9%, enquanto o ex-governador do estado marca 15% de intenção de votos em um cenário com Fernando Haddad na cabeça de chapa do PT.
Na sequência aparecem Marina SIlva com 8,4%, Haddad com 8,3%, Ciro com 6%. Os demais candidatos não atingiram 2%. Brancos e nulos somam 22% e os indecisos 12,5%.
A pesquisa realizada pela MDA foi um dos alvos da boataria que espalhou pelo mercado na parte da tarde do pregão de ontem. Com rumores sobre o enfraquecimento de Alckmin e a subida da ‘chapa’ Lula/Haddad/Manuela pesaram sobre o Ibovespa, que afundou mil pontos na reta final da sessão e chegou a perder os 80 mil pontos no intraday.
Com a participação ainda que improvável do ex-presidente Lula no pleito, o petista possui 21,8% de intenção de votos e lidera a disputa. Bolsonaro teria 18,4%, seguido por Alckmin com 14%. Marina cairia para 6,7% e Ciro para 5%. Brancos e nulos seriam 17% e indecisos 98%
O levantamento foi realizado durante a indefinição sobre os candidatos e vice nas principais chapas e a incerteza entre quem seria apontado como herdeiro dos votos de Lula.
A pesquisa foi realizada em São Paulo entre 2 e 5 de agosto e ouviu 2.002 eleitores em 75 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
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Acabar com as fake news nas redes sociais é possível ?
https://d2mncrarm6nvo7.cloudfront.ne...ws-700x325.jpgA dois meses das eleições, o Facebook e o Twitter iniciaram uma campanha contra as famosas fake news. As duas redes sociais excluíram centenas de perfis, alegando que eles seriam responsáveis pela propagação de notícias falsas. Em entrevista a MONEY REPORT, Tiago Souza, professor do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e especialista em mídias sociais digitais, diz que, em ano eleitoral, a atuação das redes sociais é importante para melhorar o debate. Mas ressalta: zerar as fake news é praticamente impossível.
Qual a importância da atuação das redes sociais contra as fake news?
Como estamos em ano eleitoral, é mais clara a tendência para o aumento da propagação de fake news. Além disso, a maioria das pessoas acredita naquilo que veem sem sequer buscar a fonte. Nós precisamos de ferramentas para tentar diminuir a entrega desse tipo de notícia para que nenhum candidato seja eleito por uma mentira.
Qual será a importância do WhatsApp no debate eleitoral?
Com certeza o WhatsApp será importantíssimo nessas eleições por ser uma rede que oferece mais privacidade, em que o compartilhamento de informação é muito rápido, o que facilita a disseminação de notícias. A greve dos caminhoneiros, por exemplo, foi criada e mantida via WhatsApp. As mídias sociais, de um modo geral, são fortes indutores da opinião pública.
O ministro Luiz Fux (STF e TSE) afirmou que as eleições podem ser anuladas caso o resultado seja influenciado por fake news. Você acha que isso pode mesmo acontecer?
Não acredito que isso seja possível, é um evento de magnitude nacional. O Brasil tem quase 150 milhões de eleitores e seria muito complicado refazer o processo. Assim como eu acho impossível não termos fake news no meio digital em que vivemos. É humanamente impossível acabar com o problema.
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Candidatos à Presidência terão primeiro debate na TV nesta quinta-feira
https://static.poder360.com.br/2018/...8-868x590.jpegOs principais candidatos à Presidência da República se encontram pela primeira vez na noite de hoje para debater propostas e ideias para o país. Confirmaram presença no debate da Rede Bandeirantes os candidatos Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (Psol), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT). O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – nome confirmado pelo PT como candidato mesmo estando preso – ainda briga na Justiça para participar do encontro.
Nessa quarta-feira, os advogados da campanha petistas entraram com um recurso contra a decisão da juíza Bianca Arenhart, do Tribunal Regional Federal da 4º Região (TRF-4), que negou o pedido para que o ex-presidente Lula participe do debate. No mandado de segurança, a equipe do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão disse que a execução provisória da pena “não pode ter o condão de cassar ou suspender os direitos políticos, ou mesmo sua liberdade de expressão e de comunicação”, do petista, que foi aclamado candidato do partido na convenção nacional, em 4 de agosto.
O petista foi condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no caso do triplex do Guarujá e está preso desde abril, em Curitiba. Na segunda-feira, ao negar o pedido da defesa de Lula, a juíza Bianca alegou questões processuais e disse entender que o PT não tem legitimidade para fazer o pedido em nome do ex-presidente.
O novo recurso foi encaminhado ao presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores. No pedido, os advogados insistem em que Lula participe do debate, nem que seja através de vídeos gravados de dentro da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
Enquanto Lula tenta entrar no primeiro debate por medida judicial, o candidato a vice-presidente na chapa petista, Fernando Haddad, afirmou ontem que pretende fazer um debate paralelo ao que será transmitido na noite de hoje. Ao lado da deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB), Haddad quer comentar e responder aos temas do debate por meio das redes sociais e com uso de um telão.
Ausências O candidato do Partido Novo, João Amoedo, também disse ontem que sua equipe avalia entrar na Justiça para que ele possa participar dos debates eleitorais na televisão. “Estamos avaliando. A gente gostaria de já participar deste debate nesta quinta (hoje). Entendemos que temos uma proposta diferente e o primeiro colocado nas pesquisas hoje são os 60% da população que não sabe em quem votar”, disse o candidato.
A lei determina que apenas os candidatos de partidos ou coligações que tenham no mínimo cinco representantes no Congresso podem participar de debates na TV. Criado em 2016, o Novo não tem nenhum parlamentar no Congresso. Além de Amoedo, não participam do debate da Band os candidatos José Maria Eymael (DC), Vera Lúcia (PSTU) e João Goulart Filho (PPL).
Regras
Para o debate desta noite, ficou definido, após sorteio, que no primeiro bloco o candidato do Psol, Guilherme Boulos, vai abrir o debate escolhendo para quem fará a primeira pergunta, e o candidato do MDB, Henrique Meirelles, fará a última pergunta. No segundo e quarto blocos do debate, os candidatos responderão às perguntas de jornalistas. No terceiro bloco eles voltam a trocar perguntas e no último bloco fazem as considerações finais.
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Acontece o primeiro debate presidencial na TV
https://abrilexame.files.wordpress.c...resize=680,453A emissora de TV brasileira – Bandeirantes, transmitiu o primeiro debates das eleições 2018 com os oito candidatos à presidência da República, em São Paulo.
Participaram Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Ciro Gomes (PDT).
Os candidatos responderam questões sobre o déficit fiscal do país, corrupção, aborto e programas sociais, entre outros temas.
“O debate foi previsível e deu o tom que pautará toda a campanha. Fora o aspecto folclórico, o debate programático ficou entre Alckmin e Ciro: de um lado a defesa das reformas e do outro o desenvolvimentismo de traço populista”, avalia o cientista político Fernando Schüler.
No primeiro bloco, houve embate entre Guilherme Boulos e Bolsonaro. O candidato do PSOL atacou o parlamentar e o chamou de racista, machista e homofóbico. Em seguida, a candidata Marina Silva (Rede) atacou a aliança do candidato Geraldo Alckmin (PSDB) com os partidos do chamado Centrão. O tucano criticou a vida partidária da ex-ministra e disse que há ótimas pessoas “em todos os partidos”.
Quando o assunto foi a reforma trabalhista, aprovada no ano passado, a divergência foi entre os candidatos Ciro Gomes e Geraldo Alckmin. Ciro questionou o ex-governador se ele iria manter a reforma que, na avaliação do ex-ministro, introduziu insegurança jurídica no país. O tucano defendeu a reforma e a classificou como um avanço.
Durante as discussões, Cabo Daciolo pediu a inclusão do seu nome nas pesquisas de intenção de voto e defendeu a mudança no formato de votação do País. Para o candidato do Podemos, há fraude nas urnas eletrônicas.
É importante ressaltar que esse foi o primeiro debate, desde a redemocratização, sem a presença de um representante do Partido dos Trabalhadores (PT). Os únicos petistas presentes na plateia foram o tesoureiro do PT, Emídio Souza, e o advogado Marco Aurélio Carvalho.
O que podemos dizer, o debate teve um formato já ultrapassado, não acrescentou nada e reforçou a pobreza programática dos candidatos a presidência, o que foi constatado forma as mesmas promessas, o mesmo formato ultrapassado, de que se ganharem farão tudo e muito mais, mas sabemos que a história é outra. Esperamos que os próximos debates, tenha mais questionamentos sobre planos de governos, e não esta “Ópera Buffa” que presenciamos.
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Cinco candidaturas a presidente foram registradas até hoje no TSE
Cinco partidos registraram até hoje candidaturas à Presidência da República. Segundo dados disponíveis no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o último a pedir registro foi o candidato do PDT, Ciro Gomes, cuja chapa é composta pela senadora Kátia Abreu (PDT-TO) como vice. O PDT disputará a eleição com apoio do Avante.
Esta será a terceira eleição presidencial que Ciro Gomes disputará. O candidato declarou R$ 1,7 milhão em bens, incluindo casa, apartamentos, carros e depósitos em conta corrente e poupança. Já a candidata a vice-presidente declarou um patrimônio de R$ 2,6 milhões.
Também já registraram candidatura: Cabo Daciolo (Patri), Geraldo Alckmin (PSDB, coligado com PTB, PP, PR, DEM, SD, PPS, PRB e PSD), Guilherme Boulos (PSOL e PCB) e Vera Lúcia (PSTU).
Os partidos têm até as 19h desta quarta-feira para protocolar os candidatos e as coligações da corrida presidencial no TSE. Pelo calendário eleitoral, até 17 de setembro, o TSE tem de julgar os pedidos de registro.
O partido dos trabalhadores (PT), não trabalha com a hipótese de o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assumiro lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e irá às últimas consequências com a postulação de Lula, que estará na campanha eleitoral "de um jeito ou de outro", disse nesta segunda-feira a presidente do partido, senadora Gleisi Hoffmann. Segundo ela, Haddad será registrado como vice na chapa de Lula e atuará como porta-voz do ex-presidente em viagens pelo Brasil, enquanto Lula estiver preso em Curitiba cumprindo pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP).
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O candidato popular talvez não consiga formalizar sua candidatura.
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Lembrando que no próximo dia 17 os candidatos debaterão seus planos de governo na Rede TV.
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João Amôedo declara maior patrimônio entre presidenciáveis
https://images.immedia.com.br/31/312...c=201808141040O candidato do partido Novo possui mais de R$ 400 milhões em bens e é, até o momento, o mais rico entre os postulantes à Presidência da República. O prazo final para o registro de candidaturas termina nesta quarta-feira (15/08), e a campanha eleitoral começa oficialmente no dia a seguir. Até esta terça-feira, seis dos 13 candidatos à presidência, e seus respectivos vices, já haviam se registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
No momento do registro, os postulantes precisam entregar uma lista de declaração de bens. Somado, o patrimônio de cinco deles representa apenas 0,6% do declarado por João Amôedo, o candidato mais rico da corrida presidencial. Três possuem mais de R$ 1 milhão em bens.
Amôedo, que concorre pelo Novo, declarou R$ 425 milhões em patrimônio. Pouco mais da metade do valor, R$ 217 milhões, está investido em renda fixa. Formado em Engenharia, ele é um dos fundadores do partido pelo qual concorre, registrado apenas em 2015 pelo TSE, apesar da data de fundação ser 2011. Natural do Rio de Janeiro, ele fez carreira em bancos, atuando no alto escalão do Itaú e do Unibanco. Seu vice, Christian Lohbauer, também declarou patrimônio milionário, de pouco mais de R$ 4,1 milhões.
Entre os vices, a lista mais volumosa de bens pertence à senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP), da chapa de Geraldo Alckmin (PSDB): R$ 5,1 milhões. Logo após Lohbauer, desponta a também senadora Kátia Abreu (PDT), que faz dobradinha com o colega de partido Ciro Gomes. Ela declarou R$ 2,6 milhões.
A análise da ficha de registro dos candidatos permite ainda perceber o crescimento patrimonial que obtiveram nos últimos anos. O de Alckimin cresceu 29%. Nas eleições de 2014, quando concorreu ao governo de São Paulo, ele havia declarado R$ 1,06 milhão. Em 2018, o valor é de R$ 1,3 milhão. Já no caso de Ana Amélia, o patrimônio aumentou em mais de 100%. Nas eleições ao governo estadual, quando foi derrotada nas urnas no Rio Grande do Sul, a senadora havia declarado bens no valor de R$ 2,5 milhões.
O patrimônio de Ciro pulou de R$ 426 mil em 2006, última vez em que ele disputou um cargo eletivo, para R$ 1,6 milhão. Já a vice da chapa pedetista tem uma maior discrepância nas declarações de bens entre os candidatos. No registro feito na última sexta-feira, 10 de agosto, Kátia Abreu declarou possuir R$ 2,6 milhões, entre imóveis, um terreno e participações societárias. Nas eleições suplementares do Tocantins, realizadas em junho e na qual ela concorreu à governadora, sua lista de bens somava R$ 3,8 milhões. Em 2014, quando postulou ao cargo de senadora pelo mesmo estado, informou R$ 4,1 milhões para a Justiça Eleitoral.
Entre os presidenciáveis registrados até o momento, apenas Cabo Daciolo (Patriota) declarou não possuir bens. Guilherme Boulos (PSol) informou apenas um veículo no valor de R$ 15,4 mil como patrimônio. Já Vera Lúcia Salgado (PSTU) possui um terreno de R$ 20 mil.
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É o mais rico ou o que realmente declarou todas as posses?
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Bolsonaro lidera intenções de voto com 23,9% em cenário sem Lula, aponta pesquisa
https://i-invdn-com.akamaized.net/tr...PEE7E14D_L.jpgO candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, lidera as intenções de voto para as eleições de outubro com 23,9 por cento de preferência do eleitorado no cenário sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os concorrentes, de acordo com levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira.
Na pesquisa sem Lula e em que o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad aparece como nome do PT, Marina Silva (Rede) é a segunda colocada com 13,2 por cento de apoio, em empate técnico com Ciro Gomes (PDT), que registra 10,2 por cento de apoio.
Geraldo Alckmin (PSDB) vem a seguir com 8,5 por cento, à frente de Alvaro Dias (Podemos), com 4,9 por cento, e de Haddad, que registra 3,8 por cento. Nesse cenário, 6,8 por cento dos entrevistados disseram não saber em quem votar, e 23,1 por cento disseram que não votariam em nenhum dos candidatos.
Em levantamento de julho do mesmo instituto, Bolsonaro tinha 23,6 por cento de apoio; Marina aparecia com 14,4 por cento; Ciro com 10,7 por cento; Alckmin com 7,8 por cento; Dias com 5,0 por cento e Haddad com 2,8 por cento.
Segundo o Paraná Pesquisas, os levantamentos de julho e agosto não podem ser comparados diretamente, pois a pesquisa anterior incluía pré-candidatos cujas candidaturas não se confirmaram e que não constam da pesquisa deste mês.
Quando Lula é incluído entre os concorrentes, o ex-presidente lidera as intenções de voto com 30,8 por cento de apoio no levantamento de agosto, contra 22,0 por cento de Bolsonaro, que ocupa a segunda posição nesse cenário.
Lula, no entanto, está preso em Curitiba desde o início de abril cumprindo pena de 12 anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá (SP), e deve ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa, que barra a candidatura de condenados por órgãos colegiados da Justiça.
Nesse outro cenário do levantamento, Marina ocupa a terceira posição com 8,1 por cento de apoio, ante 6,6 por cento de Alckmin, 5,9 por cento de Ciro e 4,0 por cento de Alvaro Dias. Disseram não saber em quem votar 4,6 por cento dos entrevistados, e 14,3 por cento disseram que não votariam em nenhum dos candidatos.
No mês passado, Lula tinha 29,0 por cento e Bolsonaro aparecia com 21,8 por cento, contra 9,2 por cento de Marina; 6,2 por cento de Alckmin; 6,0 por cento de Ciro e 4,2 por cento de Dias.
A pesquisa desta quarta-feira também apontou que o general Hamilton Mourão, companheiro de chapa de Bolsonaro, é o candidato a vice-presidente que os entrevistados mais gostam ou simpatizam, com 13,6 por cento de preferência. Haddad, atual companheiro de chapa de Lula, vem em seguida com 12,3 por cento, à frente de Ana Amélia (vice de Alckmin), com 6,8 por cento, e de Kátia Abreu (vice de Ciro), com 2,7 por cento.
Questionados se o eventual apoio de Lula a Haddad caso o ex-presidente não seja candidato aumenta, diminui ou não muda a vontade de votar no ex-prefeito para presidente, mais da metade dos entrevistados (50,7 por cento) disseram que não muda, enquanto 25,2 por cento disseram que diminui a vontade e 19 por cento disseram que aumenta.
Para 64,1 por cento dos entrevistados, a candidatura de Lula será impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acrescentou o Paraná Pesquisas, enquanto 30,4 por cento acreditam que o ex-presidente conseguirá ser candidato.
O levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira entrevistou 2.002 eleitores entre os dias 9 e 13 de agosto em 168 municípios dos 26 Estados e no Distrito Federal. A margem de erro estimada do levantamento é de aproximadamente 2,0 pontos percentuais, de acordo com o instituto.
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As eleições dos desencantos e dos medos. Pois até no momento de confirmar o candidato escolhido estarei perguntando-me se realmente é o mais preparado.
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Mercado pode trocar Alckmin por Bolsonaro, avalia Roubini
A consultoria do economista Nouriel Roubini avalia que a dificuldade enfrentada pelo candidato Geraldo Alckmin (PSDB), visto como o preferido do mercado, para subir nas pesquisas, pode fazer com que os investidores passem a apoiar o líder nas pesquisas Jair Bolsonaro (PSL), revela um relatório publicado nesta quarta-feira (15) e obtido pelo Money Times.
A última pesquisa produzida pelo Paraná Pesquisas mostrou uma evolução de Bolsonaro (23,9%), Alckmin (8,5%) e Fernando Haddad (3,8%), enquanto Marina Silva (13,2%), Ciro Gomes (10,2%) e Álvaro Dias (4,9%) perderam espaço ou ficaram estáveis. O tucano, porém, continua em quarto.
O economista sênior para América Latina Pedro Tuesta, que assina a análise, afirma que o resultado sugere que Alckmin tem uma montanha para escalar apenas sete semanas antes das eleições. “Nós estávamos cautelosos em relação ao otimismo do mercado quando a coalizão do Centrão apoiou Alckmin publicamente, e continuamos céticos em relação a suas chances”, pontua.
Além disso, a análise lembra que Lula poderá transferir o seu peso eleitoral para Haddad, superando o tucano e o alçando para um segundo turno. O PT foi adiante e registrou Lula hoje no TSE, que agora deverá julgar a validade da sua candidatura.
Ele chama a atenção ainda para o fato de que a percepção de que Alckmin está ligado ao atual governo (do qual a coalizão Centrão também é vista como parte) complica suas chances na corrida presidencial. Ou seja, será difícil para Alckmin superar a desconfiança do eleitorado em relação à atual administração e sua corrupção.
“Os mercados devem se preparar para ter uma série de notícias negativas e podemos ver uma mudança para apoiar Jair Bolsonaro, apesar das muitas dúvidas sobre seus pontos de vista de direita”, conclui Tuesta.
Fonte:Reuters
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No momento não temos boas escolhas, só nos resta analisar o melhor do pior.
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Realmente Fernando Maya. Acho que até na hora de apertar confirmar estarei em dúvida.
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Presidenciáveis arrecadam R$ 1,3 milhão com 'vaquinhas virtuais', mostra levantamento
Com doações de empresas proibidas em campanhas eleitorias, a temporada de arrecadação online começou. Três candidatos concentram 90% do R$ 1,3 milhão arrecadado pelos presidenciáveis por meio da modalidade "crowdfunding" nos três meses da pré-campanha, que se encerrou nesta quarta-feira (15). A campanha eleitoral tem início oficialmente nesta quinta (16).
O "crowdfunding" é o nome que se dá ao financiamento coletivo captado por meio da internet, também chamado de "vaquinha virtual". As contribuições são de pessoas físicas, por meio de sites de empresas autorizadas pela Justiça Eleitoral.
O valor arrecadado até agora é pequeno se comparado com o teto de gastos estabelecido por resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cada campanha de candidato a presidente da República (R$ 70 milhões).
Veja abaixo a lista dos valores apurados tendo como fonte as plataformas de crowdfunding homologadas pelo TSE:
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Além dessa arrecardação online a expectativa de diminuição no "lixo" eleitoral como panfletos, bandeiras e etc, com uma campanha virtual mais assídua.
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EBC estreia série de entrevistas com os candidatos à Presidência
https://i-invdn-com.akamaized.net/ne...PEE2700S_L.jpgA Empresa Brasil de Comunicação (EBC) começa nesta sexta-feira (17) a série de entrevistas com os candidatos à Presidência da República. O objetivo é debater as propostas de governo dos candidatos. As entrevistas irão ao ar até o dia 12 de setembro, de segunda a sexta-feira, a partir das 17h30, sempre ao vivo.
As entrevistas serão transmitidas ao vivo pela TV Brasil, Rádio Nacional, Agência Brasil e pela Rede de Emissoras Públicas de todo o país. O conteúdo ficará disponível nos canais da EBC para retransmissão.
A articulação da série foi feita pela Diretoria de Jornalismo da EBC com as assessorias dos partidos que lançaram pré-candidatos a presidente. Assessores das legendas participaram de uma reunião, no último dia 9 de julho, para acertar as regras das entrevistas e a ordem de participação dos candidatos.
Ficou decidido que a sabatina será sempre na sede da EBC, em Brasília, com a participação de profissionais da Agência Brasil, TV Brasil e Rádio Nacional. O programa terá como âncora a jornalista Roseann Kennedy e será dividido em três blocos de 15 minutos cada um.
A assessoria do candidato Henrique Meirelles (MDB) fez contato com a Diretoria de Jornalismo da EBC para informar sobre um problema de agenda no dia 16 de agosto, data que havia sido sorteada para a entrevista.
A sabatina foi remarcada para 24 de agosto, data inicialmente prevista para o pré-candidato do Solidariedade, Aldo Rebelo. O partido, no entanto, acabou decidindo não lançar candidato.
A mudança garante o objetivo da série de entrevistas, que é levar à população as propostas e ideias de todos os candidatos, ao vivo, enriquecendo o debate dos grandes temas nacionais.
O candidato Cabo Daciolo (Patri) foi convidado, mas declinou o convite.
Apesar de terem enviado representantes à reunião na EBC, os candidatos Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) ainda não confirmaram a presença.
Confira o calendário das entrevistas:
17/08: João Amoêdo (Novo)
23/08: Marina Silva (Rede)
24/08: Henrique Meirelles (MDB)
28/08: Guilherme Boulos (PSOL)
29/08: Candidato do PT
3/09: Jair Bolsonaro (PSL)
4/09: João Vicente Goulart (PPL)
5/09: Alvaro Dias (Pode)
6/09: Geraldo Alckmin (PSDB)
10/09: José Maria Eymael (DC)
11/09: Ciro Gomes (PDT)
12/09: Vera Lúcia (PSTU)
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Pesquisa CNT/MDA: Lula lidera com 37,3%; Bolsonaro tem 18,8%
Na manhã desta segunda-feira a MDA Pesquisa, em parceria com a CNT, divulgou a primeira pesquisa de intenção de votos à presidência, com o cenário nacional, após a definição dos candidatos pelos partidos. O levantamento tem margem de erro de 2,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.
O instituto não realizou simulação de pesquisa sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula registra 37,3% das intenções de voto, contra 32,4% do levantamento de maio. O segundo lugar fica para Jair Bolsonaro (PSL), que avançou de 16,7% para 18,8%, variação dentro da margem de erro. Marina Silva (Rede) aparece em terceiro minto de 7,6% para 5,6%, seguida de Geraldo Alckmin (PSDB) que variou de 4,0% para 4,9%.
No mesmo cenário, Ciro tem 4,1%, contra 5,4% de maio, Álvaro Dias com 2,7%, ante 2,5%.
Os demais candidatos ou não pontuaram ou não registram 1% das intenções de voto.
Simulação de segundo turno
Lula vence em todos os cenários
Líder nas pesquisas, Lula venceria todas as possíveis disputas de segundo turno. Contra o pedetista Ciro Gomes, teria 49,4% das intenções, conta 18,5% do ex-governador do Ceará. Na disputa contra Alckmin, o petista venceria com 49,5% das intenções (contra 44,9% na pesquisa de maio), com o tucano registrando 20,4% (19,6% em maio).
Contra Bolsonaro, Lula atingiria os 50,1%, com o candidato do PSL chegando aos 26,4%. No levantamento de maio, o petista tinha 45,7%, contra 25,9% do deputado federal do Rio de Janeiro.
Contra Marina, Lula teria 49,8%, contra 18,8% da ex-ministra e ex-senadora. Marina recuou em relação aos dados de maio, quando tinha 21,0%, enquanto o petista tinha 44,4%.
Bolsonaro só perde para Lula; lidera numericamente contra demais
Na pesquisa entre Jair Bolsonaro (PSL) e Ciro Gomes (PDT), o deputado pelo Rio de Janeiro leva pequena vantagem, 29,4% contra 28,2%, o que representa empate técnico. Contra Marina Silva, Bolsonaro tem 29,3%, contra 29,1 da candidata da Rede. O quadro é mais tranquilo, mas também com empate técnico na no limite da margem contra Alckmin (29,4% contra 26,4%).
Alckmin perde em todos os cenários
Atrás de Lula e de Bolsonaro nas simulações de segundo turno, o ex-governador de São Paulo perderia também para Marina Silva (26,9% contra 23,9%) e contra Ciro Gomes (25,3% a 22,0%).
Rejeição
Bolsonaro segue sendo o candidato mais rejeitado, com 53,7% dos entrevistado dizendo que não votaria no deputado de forma alguma. Ele é seguido de Marina Silva e Geraldo Alckmin. Na ponta oposta, Álvaro Dias tem a menor rejeição, seguido de Lula.
- Jair Bolsonaro (PSL) 53,7%
- Marina Silva (Rede) 52,7%
- Geraldo Alckmin (PSDB) 52,5%
- Henrique Meireles (MDB) 46,8%
- Ciro Gomes (PDT) 44,1%
- Lula (PT) 41,9%
- Álvaro Dias (Podemos) 27,9%
Descrição metodológica: 2.002 entrevistas estratificadas de forma proporcional ao tamanho, por cinco regiões e 25 unidades da federação, com sorteio aleatório de 137 municípios com probabilidade de seleção proporcional ao tamanho (PPT) considerando cotas em função do porte do município.
Margem de erro: 2,2 pontos percentuais com 95% de confiança.
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TSE intima todos os candidatos a detalharem declaração de bens
https://tribunadejundiai.com.br/noti...-detalhada.jpgO Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intimou na noite de ontem (20) todos os candidatos às eleições deste ano, inclusive os 13 candidatos à Presidência da República, a detalharem a declaração de bens, após a Corte recuar de uma simplificação no sistema de declarações para as eleições deste ano.
Na eleição de 2014, ao declarar um bem imóvel, por exemplo, o candidato precisava detalhar além do valor, o tamanho e o endereço, mas neste ano tais informações não estavam sendo exigidas.
No ano passado, o TSE resolveu simplificar o sistema de prestação de informações, com o intuito de torná-lo mais leve e célere, e extraiu os campos de detalhamento na declaração de bens. Com a repercussão negativa da medida, o ministro Luiz Fux, presidente da Corte até a semana passada, decidiu recuar e reincluir os campos no sistema.
Segundo o TSE, a medida tem por objetivo conferir “o maior grau de transparência possível ao processo eleitoral”.
A partir do momento em que foram intimados, todos os candidatos, a todos os cargos, passaram a poder fazer o detalhamento. Ao todo, 27.811 políticos tiveram pedidos de registro de candidatura protocolados no TSE.
Somados somente os candidatos à Presidência da República, o patrimônio declarado neste ano foi de mais de R$ 834 milhões. Os dois mais ricos concentram boa parte dessa quantia: João Amoêdo (Novo), com R$ 425 milhões; e Henrique Meirelles (MDB), com R$ 377,5 milhões.
Neste ano, os candidatos têm permissão, se quiserem, a bancar a integralidade dos gastos de campanha, observados os limites de R$ 70 milhões para o primeiro turno e de R$ 35 milhões para o segundo turno.
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Muito bom os dados da pesquisa eleitoral.
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Afetado por processos de ex-aliados, Trump enfrenta riscos legais e eleitorais
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofreu dois contratempos na terça-feira, quando dois ex-auxiliares enfrentaram a ameaça de ir à prisão e um deles disse que Trump o instruiu a cometer um crime, o que pode prejudicar as perspectivas eleitorais do seu Partido Republicano e ampliar uma investigação criminal que vem ofuscando sua Presidência.
Com minutos de intervalo em tribunais diferentes, Paul Manafort, ex-gerente de campanha de Trump, foi condenado por acusações de fraude bancária e tributária, enquanto o ex-advogado pessoal do presidente, Michael Cohen, se declarou culpado de uma série de acusações.
Cohen ainda disse em seu depoimento que Trump o orientou a cometer um crime planejando pagamentos antes da eleição presidencial de 2016 para silenciar duas mulheres que disseram ter tido um caso com o então candidato.
As adversidades voltaram a direcionar os holofotes ao inquérito do procurador especial Robert Mueller, que investiga se a Rússia interferiu na votação de 2016, se houve um conluio da campanha de Trump com Moscou e se Trump obstruiu a justiça ao demitir o então diretor do FBI James Comey, que estava formalmente encarregado da investigação.
Trump negou um conluio, classificando o inquérito de Mueller de "caça às bruxas".
Dos dois desdobramentos mais recentes, a admissão de culpa de Cohen é o mais problemático, disseram pessoas do entorno de Trump.
"Um dia ruim para o time da casa", disse uma fonte próxima do presidente, que pediu para não ser identificada.
A fonte acrescentou que as complicações legais podem reduzir o comparecimento do eleitorado e aumentar o risco de os republicanos perderem sua maioria de 23 cadeiras na Câmara dos Deputados nas eleições parlamentares de novembro. "Isso prejudica nossas perspectivas de (eleições de) meio de mandato".
Uma vitória democrata em novembro limitaria a capacidade de Trump para ditar a pauta legislativa e aumentaria o perigo de pedidos de impeachment.
O advogado de Cohen, Lanny Davis, disse na noite de terça-feira que seu cliente está "mais do que feliz" de contar à equipe legal de Mueller tudo que sabe sobre Trump.
Os democratas capitalizaram os casos Cohen e Manafort, dizendo que estes reforçam seu argumento de que a Casa Branca de Trump está curvada sob o peso de escândalos.