Brasil e México negociam ampliar acordo comercial
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SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil e o México estão discutindo formas de ampliar um acordo comercial ao incluir novos produtos e aperfeiçoar as tarifas preferenciais no comércio bilateral, conforme as duas principais economias da América Latina tentam estreitar laços.
Diplomatas e funcionários dos dois países tiveram reuniões na Cidade do México de 29 a 31 de agosto, informou o Ministério das Relações Exteriores do Brasil nesta sexta-feira. Várias questões comerciais, incluindo segurança alimentar, burocracia excessiva, propriedade intelectual e mecanismos de solução de controvérsia foram parte das discussões, disse o ministério.
"Brasil e o México estão negociando aumento significativo do acordo de tarifas preferenciais, com a inclusão de novos produtos que vão da agricultura a manufatura", disse o Ministério em comunicado.
As negociações entre o Brasil e o México terminaram um dia antes de as autoridades mexicanas iniciarem uma reunião com negociadores dos Estados Unidos e do Canadá para reavaliar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). O presidente dos EUA, Donald Trump, tem ameaçado reiteradamente retirar o apoio ao comércio regional.
O Ministério disse que o comércio entre os dois países somou 7,34 bilhões de dólares no ano passado, com as exportações do Brasil representando 3,81 bilhões de dólares do total.
As exportações brasileiras para o México subiram 19 por cento de janeiro a julho ante mesmo período de 2016, disse o Ministério.
Acordo de livre comércio com a UE esperado neste mês, diz Ministro
O ministro das Relações Exteriores argentino, Jorge Faurie, está otimista sobre a possibilidade de assinar um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Européia (UE) antes do final do mês. "Não sei se será assinado amanhã, depois de amanhã ou 21 de dezembro", afirmou. "Estamos aguardando um acordo sobre as diretrizes para este ótimo acordo.
Claro, depois, teremos que trabalhar nos detalhes", afirmou Faurie no âmbito da 11ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) em Buenos Aires.
De acordo com fontes, alguns dos assuntos que atrasam o acordo são os problemas de propriedade intelectual, entre outras questões. "Ambos os blocos estão fazendo um grande esforço para ter um acordo político", disse o ministro argentino do Agronegócio, Luis Miguel Etchevehere, citado pelo jornal La Nació.
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Merval cai 1,26% acompanhando os mercados estrangeiros
https://i-invdn-com.akamaized.net/ne...1430990721.jpgA Merval, principal índice da Bolsa de Valores de Buenos Aires, caiu 1,26%, fechando em 31.236,12 pontos, acompanhando os mercados acionários dos Estados Unidos em meio a um volume de negócios mais baixo. A queda dos preços do petróleo no exterior também derrubou a Merval.
A queda em Wall Street surpreendeu os analistas. "Foi muito preocupante o que os mercados do Norte registraram porque tudo parecia indicar que estávamos prestes a testemunhar uma nova recuperação das ações", disse Eduardo Fernández, analista da Rava Bursa.
Holcim (-3,73%) e Boldt (-4,34%) caíram acentuadamente. Enquanto isso, os preços do petróleo caíram em meio a preocupações com a crescente produção dos EUA. As ações da Petrobras (-3,46%), Petrolera Pampa (-2,56%) e YPF (-2,2%) fecharam em baixa, enquanto a Transportadora de Gás do Sul (+ 2,18%) e o Grupo Galicia (+ 1,07%). ) registrou as melhores performances.
O dólar americano negociado localmente caiu 0,10%, cotado a 20,16 pesos argentinos, após a saída do Banco Central da Argentina (BCRA), mantendo o mercado de câmbio local equilibrado. Segundo Gustavo Quintana, analista da PR Corredores, "as vendas do BCRA ancoraram a taxa de câmbio e acomodaram os valores um pouco abaixo do nível de fechamento de ontem".
Declarações de Paulo Guedes sobre Mercosul surpreendem membros do bloco
https://s2.glbimg.com/vu9R6Jeo1cSPnR...i049851036.jpgAs declarações do futuro ministro da área econômica do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, geraram surpresa e desconcerto nos membros do Mercosul.
Durante uma entrevista no domingo, no Rio de Janeiro, Guedes disse que a Argentina e o Mercosul "não são prioridade" para a futura gestão do Brasil.Segundo ele, a prioridade será comercializar com todo o mundo, como publicou a imprensa argentina.
O economista afirmou ainda que o Mercosul é "muito restritivo, que o Brasil ficou prisioneiro de alianças ideológicas e isso é ruim para a economia". Ele também disse que o bloco, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, só negociava com quem tinha "inclinações bolivarianas", mas que isto não ocorreria mais a partir da presidência de Bolsonaro.
Quando a correspondente do jornal argentino Clarín, Eleonora Gosman, perguntou se o Mercosul seria então "desmontado", Guedes respondeu: "Sua pergunta está mal feita. A pergunta é se vamos comercializar somente com a Argentina? Não. Somente com Venezuela, Bolívia e Argentina? Não. Vamos negociar com o mundo".
"O Mercosul não é prioridade. Não, não é prioridade. Tá certo? É isso que você quer ouvir? Queria ouvir isso? Você tá vendo que tem um estilo que combina com o do presidente, né? Porque a gente fala a verdade, a gente não tá preocupado em te agradar", acrescentou.
As afirmações tiveram forte impacto principalmente na Argentina, segundo maior país do Mercosul depois do Brasil, de acordo analistas e diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil.
O diretor do mestrado de relações comerciais internacionais da Universidade Tres de Febrero (UNTREF), Félix Peña, disse que o assunto é "tão sério" que preferia opinar somente se o futuro presidente ou o futuro ministro das Relações Exteriores do Brasil falarem sobre o tema.
"Que um dos países do bloco diga que não dará prioridade ao Mercosul é algo tão sério que deve ser dito pelo máximo escalão do país e das Relações Exteriores", disse Peña.
Ele afirmou ainda que o Brasil está formalmente e legalmente comprometido com o Mercosul, pelos acordos assinados.
O ex-embaixador da Argentina no Brasil Juan Pablo Lohlé disse que as palavras de Guedes geraram "preocupação e surpresa". Mas que as declarações do futuro ministro de Bolsonaro serviram, na sua visão, "de alerta" para a Argentina.
O país presidido por Mauricio Macri, afirmou o ex-embaixador no Brasil, não deveria continuar dependente do mercado brasileiro como é atualmente. O Brasil é um dos principais destinos das exportações da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.
Lohlé acha que a argentina não tem plano B, e precisa Para ele, a Argentina precisa resolver seus problemas domésticos, como a inflação, para tentar decolar e não continuar vivendo em função também do comportamento da economia brasileira.
Ele também acha que não é simples o Brasil sair do Mercosul, pelos compromissos que assinou desde a fundação do bloco, em 19991. Ele interpreta que a intenção de Guedes poderia ser "flexibilizar" o esquema tarifário em vigor hoje no bloco.
As declarações de que a Argentina e o Mercosul não são prioridade estiveram entre as principais noticias da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.
"O Mercosul não será prioridade para governo Bolsonaro", publicou o La Nación, de Buenos Aires.
Ele também acha que não é simples o Brasil sair do Mercosul, pelos compromissos que assinou desde a fundação do bloco, em 19991. Ele interpreta que a intenção de Guedes poderia ser "flexibilizar" o esquema tarifário em vigor hoje no bloco.
As declarações de que a Argentina e o Mercosul não são prioridade estiveram entre as principais noticias da Argentina, do Uruguai e do Paraguai.
"Será que Bolsonaro ratificará o que disse Guedes?" A questão é que o bloco precisa ser flexibilidade para permitir acordos comerciais bilaterais.
Brasil e Chile assinam acordo comercial para impulsionar investimentos
Brasil e Chile assinaram nesta quarta-feira um acordo de livre comércio voltado para dar um maior impulso aos investimentos e à troca de produtos entre os dois países, além de servir como aproximação entre os blocos Mercosul e Aliança do Pacífico.
https://i-invdn-com.akamaized.net/ne...1412753934.jpg O presidente Michel Temer viajou a Santiago para firmar ao lado do presidente chileno, Sebastián Piñera, o documento que inclui 17 pontos não tarifados, como comércio de serviços, eletrônicos e medidas sanitárias y fitossanitárias, entre outros.
Os dois governantes afirmaram que o acordo reforçará a integração regional, uma vez que o Chile é um dos membros da Aliança do Pacífico --bloco formado também por México, Colômbia e Peru-- e o Brasil lidera junto com a Argentina o Mercosul.
Entre janeiro e setembro deste ano, o intercâmbio comercial entre Brasil e Chile foi de 7,2 bilhões de dólares, uma alta anual de 13 por cento.
O Brasil é o maior sócio comercial do Chile na América Latina e o maior destino do investimento direto chileno no exterior, com um saldo acumulado de 35,2 bilhões de dólares (1990-2017), o que equivale a 29,5 por cento do total dos investimentos diretos chilenos no mundo.
O acordo de livre comércio será um complemento ao Acordo de Complementação Econômica 35, que regula o comércio entre o Chile e os países do Mercosul em temas tarifários e que atualmente tem tarifa zero para toda a lista de produtos.
Essa é a primeira vez que o Brasil assume, em um acordo bilateral, compromissos em termos de comércio eletrônico, boas práticas regulatórias, transparência e anticorrupção, entre outros. O acordo trará muitas vantagens, como por exemplo, redução de taxas, redução da burocracia para liberação de produtos, e na área da telefonia, um brasileiro poderá fazer uma ligação do Chile e pagar as mesmas taxas que pagam no seu país. Estamos rumo ao progresso, e esperamos por muito mais, afinal, passamos muito tempo na era de não crescimento "dark age".
Países do Mercosul convergem com Bolsonaro sobre reforma do bloco
Os presidentes dos países do Mercosul concordaram nesta terça-feira (18), durante uma cúpula em Montevidéu, em reformar o estagnado bloco regional, depois da ameaça do Brasil de se retirar caso não haja mudanças.
O presidente argentino, Mauricio Macri, disse a seus colegas do Uruguai, Tabaré Vázquez; do Brasil, Michel Temer; e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, que o grupo fundado em 1991 deve “deixar para trás qualquer improdutivo debate existencial”.
A cúpula foi celebrada dias depois da ameaça do futuro governo do Jair Bolsonaro de abandonar o bloco caso não haja mudanças que levem a resultados positivos para o setor produtivo brasileiro.
O presidente anfitrião, Tabaré Vázquez, disse que o Mercosul deve buscar o “aperfeiçoamento do comércio intrazona”, reiterando o que já foi antecipado pelos chanceleres do grupo na segunda-feira.
Após o encontro, os ministros das Relações Exteriores dos quatro sócios concordaram que a postura brasileira abre uma “oportunidade” para “discutir uma melhoria e um aperfeiçoamento” do bloco, que funciona como união aduaneira, mas que tem perdido dinâmica em suas decisões sobre comércio. Em 20 anos, o bloco não conseguiu concluir o Tratado de Livre-Comércio com a União Europeia.
Além disso, o acordo impede que os sócios possam negociar tratados comerciais individualmente caso não contem com a anuência dos demais integrantes do bloco, o que tem levado a pedidos de flexibilização desse nos últimos tempos na tentativa das economias do bloco impulsionarem suas exportações.
O paraguaio Mario Abdo Benítez pediu uma “revisão e atualização dos órgãos” do Mercosul.
Temer se despediu do Mercosul após seu curto mandato e foi aplaudido. Vázquez afirmou que “não seria oportuno ignorar as circunstâncias” nas quais Temer chegou à presidência, mas destacou seu “compromisso com o Mercosul” e pediu “de coração” um aplauso para o colega brasileiro.
– A crise da Venezuela –
O Uruguai passou a presidência rotativa do bloco para a Argentina, e o presidente Macri deixou claro que a Venezuela estará na agenda de sua gestão à frente do grupo regional, que suspendeu Caracas em 2017.
Macri pediu soluções para a crise humanitária na Venezuela e pediu a “restituição da democracia” no país.
Está em curso na América Latina uma “crise humanitária que requer esforços imediatos” para “resguardar os direitos de milhões de venezuelanos”, vítimas de uma “dura repressão de seu próprio governo”, disse o presidente argentino.
Ele denunciou este governo de Maduro como “uma ditadura que implementou um processo eleitoral fraudulento” e pediu a atuação de seus companheiros do Mercosul.
É necessário “trabalhar incansavelmente para a libertação dos presos políticos, o respeito aos direitos humanos, e a restituição da democracia na Venezuela”, disse Macri.
O Mercosul suspendeu a Venezuela, que havia entrado como membro pleno no Mercosul em 2012 depois que o Paraguai foi suspenso do grupo.
O ingresso de Caracas foi polêmico e decidido em uma reunião entre a então presidente Dilma Rousseff, a argentina Cristina Kirchner, e o uruguaio José Mujica, sem representação do Paraguai, membro fundador do Mercosul mas que estava suspenso do bloco.
O Uruguai, contrário às sanções à Venezuela em todos os fóruns multilaterais, defendeu a permanência de Caracas no bloco, mas acabou cedendo à pressão de Brasil, Argentina e Paraguai para deixar Caracas fora do grupo.