Banco Mundial alerta que alta dos juros nos EUA pode
ser turbulenta para emergentes
WASHINGTON (Reuters) - Um aumento das expectativas do mercado para a taxa de juros dos Estados Unidos no momento em que o Federal Reserve, banco central do país, começa a normalizar a política pode reduzir a entrada de capital em mercados emergentes em até 45 por cento, disseram economistas do Banco Mundial em um artigo publicado nesta terça-feira.
O Fed deixou a porta aberta para um modesto aumento dos juros na quinta-feira, embora economistas e investidores estejam divididos sobre se as autoridades irão agir agora ou mais tarde no ano do ano.
O artigo do Banco Mundial disse que, embora a maioria espere um suave ciclo de aperto pelo Fed, há o risco de um impacto substancial nos fluxos de capital se os investidores começarem a esperar altas mais agressivas e elevarem os rendimentos dos títulos de longo prazo.
Um aumento de 1 ponto percentual nos rendimentos dos títulos dos EUA, da zona do euro, do Reino Unido e do Japão pode reduzir a entrada de capital em países emergentes e outras economias em 45 por cento dentro de um ano, representando até 2,2 pontos percentuais da produção de suas economias combinadas.
"Emergentes e outras economias podem esperar pelo melhor durante o próximo ciclo de aperto, mas dados os riscos substanciais envolvidos, eles fariam bem em apertar seus cintos de segurança em caso de a viagem ficar turbulenta", disse Carlos Arteta, um dos autores do artigo.
Lagarde: Acordo de comércio livre Transpacífico
é «muito positivo»
A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, saudou hoje a assinatura do acordo de comércio livre Transpacífico, considerando-o «um acontecimento muito positivo».
«O acordo selado hoje pelos países envolvidos na negociação do Acordo de Associação Transpacífico é um acontecimento muito positivo», reagiu Lagarde, num comunicado divulgado em espanhol, em Lima, onde decorrem as assembleias gerais do FMI e do Banco Mundial.
«O acordo não é apenas importante pela sua amplitude, uma vez que os países signatários representam cerca de 40% do PIB mundial, mas também porque vem mover a fronteira do comércio e do investimento dos bens e serviços para novos domínios onde os lucros podem ser muito significativos», estimou.
Após cinco anos de negociações, chegou-se, na segunda-feira, a um acordo para criar a maior zona livre de comércio do mundo.
Os países integrantes são o Japão, Estados Unidos, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietname.
Dinheiro Digital com Lusa
Pobreza extrema: erradicação está a tornar-se mais
difícil, adverte presidente do BM
A pobreza extrema afecta cerca de 700 milhões de pessoas no mundo, pouco menos de 10% da população mundial, mas a luta pela sua erradicação (até 2030) está tornar-se mais difícil, segundo advertência do presidente do Banco Mundial (BM).
Jim Yong Kim, presidente do BM, alertou que, apesar dos progressos realizados em matéria de redução da pobreza, a erradicação desta condição será «muito difícil» até 2030, conforme meta definida na agenda do Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas.
O fraco crescimento mundial, a iminente subida das taxas de juro e a continuada saida de capitais dos países em desenvolvimento são os obstáculos apontados por Yong Kim para a erradicação da pobreza extrema.
De acordo com projeções atualizadas no «Global Monitoring Report 2015/2016», divulgado em LIma (Peru) por ocasião da conferência anual conjunta do BM e do FMI, o número de pessoas em situação de pobreza extrema deverá situar-se em 702,1 milhões de pessoas no final de 2015, uma taxa de 9,6% da população mundial e que compara com 12,8% em 2012.
A região do mundo mais afectada pela pobreza continua a ser a África subsariana, com 347,1 milhões de pessoas nessa condição, seguindo-se o sul do continente asiático com 231,3 milhões de pessoas extremamente pobres.
A condição de pobreza extrema abrange as pessoas que sobrevivem com menos de um 1,9 dólares por dia (segundo o valor de referência revisto pelo BM em função da paridade do poder de compra em 2011) .
O preço médio do barril de petróleo deve situar-se em 52 dólares em 2015, estima o Banco Mundial (BM) revendo em baixa uma projeção de 57 dólares/barril divulgada em julho passado.
Num relatório trimestral sobre matérias-primas publicado nesta terça-feira, a instituição mundial justifica a revisão da estimativa com a desaceleração da economia mundial, o nível elevado de stocks e o acréscimo da oferta global com o regresso do Irão ao mercado, depois do levantamento das sanções internacionais contra Teerão.
No documento do BM aponta-se uma queda de 17% no índice de preços das principais matérias-primas, no terceiro trimestre, não só a refletir o declínio da cotação do crude, mas também as de outros recursos.
O documento prevê ainda que os preços da energia, em geral, sejam este ano 43% inferiores aos de 2014, enquanto o valor de outras matérias-primas (excluíndo os energéticos) deçam 14%.
Portugal é o 23.º país onde é mais fácil fazer negócios,
segundo o Banco Mundial
Portugal subiu no 'ranking' do Banco Mundial (BM) «Doing Business 2016» e ocupa o 23.º lugar entre as 189 economias mundiais avaliadas pela facilidade para fazer negócios, de acordo com o relatório hoje divulgado.
Portugal detém a melhor posição a nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), seguido, ainda que a larga distância, pelo Brasil (116.º), Cabo Verde (126.º), Moçambique (133.º), São Tomé e Príncipe (166.º), Timor-Leste (173.º), Guiné-Bissau (178.º).
Guiné-Equatorial (180.º) e Angola (181.º) ocupam as piores posições.
Dinheiro Digital / Lusa
Os Estados Unidos anunciaram hoje o seu apoio ao atual presidente do Banco Mundial, o norte-americano Jim Yong Kim, para um segundo mandato à frente da instituição.
«Tenho o orgulho de anunciar que hoje os Estados Unidos nomearam o presidente do Banco Mundial Jim Kim para um segundo mandato», indicou em comunicado o secretário do Tesouro, Jacob Lew.
Um acordo tácito tem permitido que norte-americanos e europeus partilhem a liderança do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, cabendo a primeira a candidatos dos Estados Unidos e a segunda a europeus.
Dinheiro Digital / Lusa
Diretora do Banco Mundial defende globalização e alerta contra protecionismo
PEQUIM (Reuters) - A diretora-gerente recém-nomeada do Banco Mundial, Kristalina Georgieva, fez uma vigorosa defesa da globalização durante sua primeira visita oficial à China, dizendo que ela ajudou países mais ricos e mais pobres e que a integração econômica dificulta que qualquer nação se afaste.
Kristalina, búlgara que assumiu o cargo no banco de desenvolvimento multilateral no início deste ano, também elogiou a China por seu compromisso com as reformas econômicas e os mercados abertos.
"Os mercados abertos, o comércio e a divisão de trabalho têm funcionado extremamente bem para os países mais pobres", disse ela à Reuters em entrevista na segunda-feira.
Mas os países mais ricos também se beneficiaram do aumento da classe média, que está exigindo mais exportações de economias avançadas, disse Kristalina, ex-vice-presidente da Comissão Europeia.
Na Alemanha, no fim de semana, ministros das Finanças e autoridades de banco centrais das nações do G20 retiraram uma promessa anterior em seu comunicado para manter o comércio global livre e aberto, ratificando uma administração cada vez mais protecionista dos Estados Unidos.
Kristalina pediu uma "conversa inteligente e calma" para compartilhar os benefícios da globalização de forma mais ampla.
Alertando sobre as políticas protecionistas, ela disse que todos os países serão prejudicados se décadas de integração e interdependência forem desfeitas.
Em vez de erguer barreiras comerciais, as economias devem encorajar a competição, o que estimula a inovação e aumenta a produtividade, disse ela.
América Latina precisa adaptar infraestrutura para mudança climática, diz Banco Mundial
TEPIC, México (Thomson Reuters Foundation) - Geleiras em derretimento, tempestades intensas e outros choques climáticos devem aumentar a pressão sobre a infraestrutura da América Latina, que precisa ser mais forte para passar neste teste, disse o Banco Mundial.
Uma infraestrutura melhor também pode ajudar a reduzir a desigualdade, tirar pessoas da pobreza e incentivar o desenvolvimento, afirmou o banco em um novo relatório.
A dependência de hidrelétricas torna os suprimentos de energia limpa da região vulneráveis, e a seca pode ameaçar cidades já carentes de fontes de água, acrescentou.
"Está ficando cada vez mais visível que é necessário tornar a infraestrutura mais resistente", disse a coautora do relatório, Marianne Fay, economista-chefe da divisão de desenvolvimento sustentável do Banco Mundial.
"Precisamos descobrir para que futuro vocês têm que se preparar", explicou ela aos jornalistas. "Também sugerimos que se usem abordagens que não causem arrependimentos – que façam sentido aconteça o que acontecer."
No ano passado a América Latina e o Caribe gastaram 2,8 por cento do produto interno bruto (PIB) em infraestrutura – em outras regiões a taxa oscilou entre 4 e 8 por cento, informou o relatório.
O desafio agora é como tornar este investimento mais eficiente e mais bem direcionado na região, que muitas vezes tem pouco ou nenhum serviço fora das grandes cidades, segundo o banco.
Para limitar as interrupções, os sistemas de transporte, hídrico e de esgoto precisam ser reforçados para suportar a pressão crescente da mudança climática, de acordo com o relatório.
A demanda de eletricidade provavelmente irá aumentar devido às ondas de calor, e padrões climáticos extremos irão exigir medidas de prevenção de inundações, acrescentou.
Um misto de infraestrutura projetada, serviços de ecossistema e mapeamento de riscos e vulnerabilidades pode ajudar a combater os problemas, disse.
Fay enfatizou o saneamento deficiente e a grande dependência de combustíveis sólidos para cozinhar como grandes desafios de saúde pública da América Latina, região de renda média onde os países enfrentam restrições orçamentárias severas.
A cobertura de fornecimento de água é relativamente alta, mas sua qualidade é inadequada e menos de 30 por cento da água residual é tratada. O acesso geral à eletricidade é alto, mas 22 milhões de pessoas não a desfrutam.
30-05-2017, 02:02 PM
jmsantos
Operadores de futuros apostam em cerca de 80% de chances de aumento da taxa de juros na reunião do Fed entre 13 e 14 de junho, de acordo com o Monitor da Taxa da Reserva Federal.
Entretanto, agentes de mercado não estão convencidos de que o Fed conseguirá elevar os juros mais duas vezes este ano, com apostas de um segundo aumento até dezembro atualmente no patamar de 35% de chances.
A média das projeções de dirigentes do Fed aponta para mais dois aumentos até o fim do ano.
Contudo, uma série recente de dados econômicos norte-americanos decepcionantes junto com sinais de agravamento da crise política na Casa Branca levaram investidores a levantarem dúvidas sobre a habilidade do Fed elevar as taxas de juros conforme gostariam antes do final do ano.
Banco Mundial lança relatório sobre eficiência do gasto público no Brasil
O Banco Mundial lança hoje (21) em Brasília o relatório Um ajuste justo: análise da eficiência e equidade do gasto público no Brasil. Será das 9h30 às 12h no auditório do Ministério da Fazenda.
Participam da apresentação do documento e dos debates que ocorrerão em seguida os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira.
O economista-chefe do Banco Mundial para o Brasil e autor do estudo, Antônio Nucifora, fará a apresentação do relatório. A sessão será seguida de entrevista coletiva.