Executivos da Air France escapam a linchamento; Governo condena violência
O governo francês considerou como «inaceitáveis» as agressões físicas contra dirigentes da Air France, nesta segunda-feira, à margem de uma reunião do comité de empresa onde foi anunciado um plano de reestruturação envolvendo a eliminação de 2900 postos de trabalho.
Imagens com episódios de violência física contra dirigentes e executivos da empresa, que ficaram com as roupas rasgadas e tiveram de ser evacuados pelos seguranças da empresa, com o auxílio da polícia, para evitarem serem linchados, estão a agitar as redes sociais e a opinião pública francesas.
Na sequência da agitação resultante da invasão das instalações onde ia decorrer a reunião do comité de empresa, dois diretores terão sido agredidos por trabalhadores e manifestantes em fúria acabando por ser salvos pela segurança da empresa e forças policiais, sendo ainda obrigados a transporem uma vedação com mais de dois metros, já com o vestuário rasgado, para se colocarem em segurança.
Além de um responsável do departamento de voos de longo curso, o diretor de recursos humanos, Xavier Broseta, foi outra das vítimas da violência. A reunião, que deveria ter começado cerca das 09:30 (hora local), foi suspensa, para ser retomada na parte da tarde.
Alain Vidalies, secretário de Estado dos Transportes, considerou os atos de violência como sendo «inaceitáveis» e merecedores de «sanções».
China assina acordo para compra de 100 Airbus A320
A China assinou hoje um contrato para comprar 100 Airbus A320, disse um porta-voz do fabricante europeu à agência AFP.
A encomenda vale 9,7 mil milhões de dólares (8,1 mil milhões de euros), de acordo com a tabela de preços.
O acordo, assinado numa altura em que a chanceler alemã, Angela Merkel, se encontra de visita à China, também inclui a confirmação da opção por 30 aeronaves do tipo A330 previamente anunciada, indicou o mesmo responsável à agência noticiosa francesa.
A empresa -- que conta com uma linha de montagem no porto de Tianjin, no norte da China -- disputa com a norte-americana Boeing o domínio do mercado chinês.
Quando o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, visitou a sede da Airbus na cidade francesa de Toulouse em janeiro, um acordo para 75 aviões A330 foi anunciado, no valor de pelo menos 17 mil milhões de dólares (15,5 mil milhões de euros), segundo a tabela de preços.
Já aquando da visita aos Estados Unidos, no mês passado, do Presidente chinês, Xi Jinping, a Boeing, com sede em Seatle, anunciou uma compra recorde de 300 aeronaves avaliadas em cerca de 38 mil milhões de dólares (34,7 mil milhões de euros).
A China deverá adicionar 6.330 novos aviões, no valor de 950 mil milhões de dólares (868 mil milhões de euros), à sua frota comercial até 2034, indicou, em agosto, o fabricante aeronáutico norte-americano no seu relatório anual sobre as perspetivas no mercado da China.
Dinheiro Digital com Lusa
A nova administração da transportadora aérea angolana TAAG, que passou a ser gerida pelos árabes da Emirates, admite que a companhia vive a «maior crise financeira» de sempre com a progressiva queda de receitas.
A posição consta de um documento distribuído numa reunião de diretores da transportadora pública, e entretanto divulgado publicamente, em que se reconhece que "os prejuízos acumulados durante muitos anos" eram até agora cobertos "por subsídios do Governo".
"Dada a atual situação económica do país, o Governo não está apto a suportar o apoio suficiente para cobrir as nossas necessidades de tesouraria. Com a queda das receitas de passageiros e carga, o desafio torna-se maior cada mês que passa", reconhece a administração, no mesmo documento, numa alusão à crise financeira em Angola, decorrente da quebra das receitas fiscais com a exportação de petróleo.
Ao reconhecer que a TAAG "enfrenta a maior crise financeira na sua longa e notável história", a administração, liderada desde setembro pelo inglês Peter Murray Hill, refere mesmo que "um dos primeiros sacrifícios" da empresa passa por todos aceitarem que "este mês e provavelmente o próximo", apenas será possível "pagar o salário base".
"No devido tempo, quando a nossa posição de tesouraria o permitir, pagaremos os montantes pendentes", lê-se ainda, sem concretizar, quando será liquidado o pagamento do subsídio de Natal aos trabalhadores.
No documento, a administração transmite uma mensagem com várias ideias, nomeadamente que será necessário "trabalhar arduamente" e "fazer sacrifícios" para manter os postos de trabalho.
"Quando percorremos diversas áreas da companhia, encontramos muitos excessos, equipamentos em duplicado, armazéns com enormes quantidades de tudo", refere a administração, prometendo ao mesmo tempo que as mudanças em preparação representam o "início de uma nova cultura na TAAG".
"Não haverá retorno aos velhos tempos de performance indiferente, enganar a companhia, apropriação indevida dos fundos da companhia e equipamentos, etc", lê-se.
O Governo angolano e a Emirates Airlines assinaram este ano um contrato de gestão, prevendo a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" na TAAG, a melhoraria "substancial da qualidade do serviço prestado" e o saneamento financeiro da companhia angolana, que em 2014 registou prejuízos de 99 milhões de dólares (cerca de 90 milhões de euros).
Em contrapartida, no âmbito do Contrato de Gestão da transportadora pública angolana celebrado com a Emirates para o período entre 2015 e 2019, prevê-se dentro de cinco anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.
Além de Peter Murray Hill, a Emirates indicou os administrados executivos Vipula Gunatilleca (área financeira e administrativa), Patrick Rotsaert (área comercial) e Donald Hunter (área das operações) da TAAG.
O ministro dos Transportes, Augusto Tomás, traçou em setembro o objetivo de a TAAG ultrapassar os 3,3 milhões de passageiros transportados anualmente a partir de 2019, com o reforço das ligações internacionais, nomeadamente para a Europa, com a gestão da Emirates.
A formação de quadros angolanos no Dubai, na academia da Emirates, e a introdução de uma "gestão profissional de nível internacional" são objetivos deste contrato, que assenta na reestruturação financeira da TAAG, com a meta da faturação anual a passar de 700 milhões de dólares (628 milhões de euros) em 2014 para 2,3 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros) dentro de cinco anos.
O novo conselho de administração é composto ainda por quatro elementos não-executivos, nomeados pelo Estado angolano.
Dinheiro Digital com Lusa
Um avião que seguia de Madrid para São Paulo, operado pela brasileira TAM, foi forçado a aterrar na capital espanhola devido a uma ameaça de bomba, informou a companhia aérea.
O avião partiu às 20:37 de segunda-feira e regressou a Madrid ao receber a informação sobre a ameaça de bomba, quando sobrevoava Marrocos, de acordo com um mapa publicado no portal de notícias G1.
A TAM «foi notificada pelas autoridades espanholas de uma ameaça de bomba no voo JJ8065. O avião regressou ao aeroporto da partida, aterrando em segurança», escreveu a transportadora no Twitter.
O avião aterrou em Barajas (Madrid) por volta da meia-noite local (23:00 em Lisboa) e os passageiros foram retirados do aparelho sem incidentes, segundo fontes da polícia do aeroporto espanhol.
Dinheiro Digital com Lusa
Antonov que operam em África vão ter manutenção
no aeroporto de Beja
A manutenção dos aviões comerciais da Antonov, que operam em África, deverá ser feita numa unidade industrial que a empresa de aeronáutica portuguesa AeroNeo vai construir no aeroporto de Beja, no Alentejo, foi hoje anunciado.
A manutenção está prevista num memorando de entendimento para uma cooperação mútua, que foi assinado, em Kiev, capital da Ucrânia, entre a Aeroneo, a sua associada Jetlease e a empresa estatal ucraniana de construção de aeronaves e de serviços aeronáuticos Antonov.
Segundo a empresa portuguesa, num comunicado enviado hoje à agência Lusa, o acordo «prevê e enquadra a cooperação» entre a AeroNeo, a JetLease e a Antonov para «a oferta conjunta de serviços aeronáuticos».
Dinheiro Digital / Lusa
China vai abrir 200 novas rotas aéreas internacionais em 2016
A China vai abrir 200 novas rotas aéreas internacionais em 2016, numa altura em que o Governo chinês procura reforçar a ligação aos países que integram a iniciativa chinesa «Um Cinturão e Uma Rota».
O termo designa um gigante plano de infraestruturas que pretende reativar a antiga Rota da Seda entre a China e a Europa através da Ásia Central, a costa leste de África e o sudeste asiático.
«Um dos motivos principais é o desejo de reforçar a ligação aérea aos países que fazem parte da iniciativa »Um Cinturão e Uma Rota«, disse Li jiaxiang, diretor da Autoridade de Aviação Civil da China, citado pelo jornal oficial China Daily.
Dinheiro Digital / Lusa
22-08-2016, 03:45 PM
Paulo Santos
EUA e México iniciam novo acordo no transporte aéreo para aumentar concorrência
CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Um acordo de transporte aéreo entre o México e os Estados Unidos, que visa aumentar a concorrência no transporte de passageiros e de cargas, entrou em vigor no domingo, disse o Ministério das Comunicações e Transportes do México.
O acordo, que substitui um tratado de 1960, pode abrir novas rotas de passageiros para companhias aéreas realizarem entre os dois países e permite um número ilimitado de voos.
Além disso, o acordo abre o mercado de frete aéreo para mais competição.
Embora alguns analistas tenham recebido bem o novo entendimento, dizendo que ele pode reduzir tarifas, por aumentar o tráfego, trabalhadores das aéreas mexicanas têm reclamado que as empresas de seu país ficariam em desvantagem.
Sindicato de pilotos da Lufthansa renova apelo para uma
paralisação na 4ª feira
O sindiocato alemão que representa os pilotos da Lufthansa renovou nesta segunda-feira o apelo a uma greve, que já tinha convocado há uma semana para ter ligar na próxima quarta-feira.
De acordo com um comunicado do Vereinigung Cockpit (VC), citado pelas agências internacionais, o apelo à paralisação de 24 horas resulta da falta de um acordo com a direcção da transportadora área germânica.
O sindicato vem reclamando contra a ausência de atualização salarial há cinco anos e consequente perda de poder de compra dos pilotos, face à inflação. A organização reivindica uma atualização retroactiva de 3,66% nos salários dos pilotos.
A Monarch Airlines entrou em falência e suspendeu todos os voos hoje. Este é o maior falhanço de sempre de uma transportadora aérea Britânica.
As acções dos seus rivais Easyjet e Rynair dispararam com menor competição no sector do low-cost. Esta já é a terceira linha aérea a falir depois da Alitalia e Air Berlin.
O CEO da Airbus, Tom Enders, pediu apoio aos 130.000 trabalhadores da empresa e avisou sobre "tempos turbulentos e confusos" no meio de investigações sobre fraude e corrupção em França de no Reino Unido que podem dar origem a pesadas multas para a empresa.
As acções da Airbus, que tinham atingido um máximo recorde de €82,25 na semana passada, têm o pior desempenho no índice francês CAC 40 hoje.
As acções da Airbus sobem 25,85% até agora em 2017, apesar das acções da sua rival Boeing estarem a subir 66,09%.