Fogo contra fogo - China vs EUA
Parece que o fogo contra fogo na guerra comercial China x Estados Unidos está sendo colocado em pratica. A China disse no sábado que se opõe fortemente à decisão de Washington de cobrar tarifas adicionais sobre o valor de US$ 550 bilhões em produtos chineses e alertou os EUA sobre as consequências se não encerrar suas "ações erradas".
Os comentários foram feitos depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma taxa adicional de 5% sobre as importações chinesas, no valor de US$ 550 bilhões, na última escalada da guerra comercial das duas maiores economias do mundo.
A guerra comercial que já dura um ano tem agitado os mercados financeiros com mercados de títulos indicando que as chances de uma recessão estão aumentando. Trump também contribui nas polêmicas, tuitando na esexta-feira que o Fed não está ajudando com políticas de juros mais fáceis e perguntando "quem é o maior inimigo" - o presidente da China, Xi Jinping, ou o presidente do Fed, Jerome Powell.
Isto está longe do fim.
Como as queimadas na Amazônia podem afetar a economia brasileira
A crise internacional desencadeada pelas queimadas na Amazônia pode afetar o comércio exterior brasileiro e, também, dificultar a conclusão de acordos comerciais do Brasil com outros países, alertam especialistas.
Com a economia globalizada, muitos consumidores e empresas exigem certificações da cadeia de fornecedores na hora de ir às compras. E, assim, as declarações de líderes europeus podem pressionar por barreiras aos produtos brasileiros.
Por exemplo, a soja, o principal produto da exportação brasileira. Este ano, até julho, 75% das vendas de soja brasileira foram para a China. O segundo maior comprador é a Espanha, com 3,7%. No caso da carne, China tem 27% de participação nas exportações brasileiras e Hong Kong, 14%.
Os chineses lideram o ranking de importadores do agronegócio brasileiro, pois, garantem um total exportado de US$ 35,4 bilhões no ano passado. A União Europeia está na segunda posição, com US$ 17,8 bilhões, seguida por Estados Unidos (US$ 6,7 bilhões), Hong Kong (US$ 2,5 bilhões), Irã (US$ 2,2 bilhões) e Japão (US$ 2,1 bilhões).
Os riscos ambientais, colocam em dúvida e pode ser um empecilho para fechamento de acordos, e parcerias com alguns países, além de sofrer a ameaça de possíveis barreiras a produtos brasileiros.
No momento é uma questão delicada, porque as queimadas, obviamente fruto de uma ação criminosa, mas precisa ser comprovado e os responsáveis punidos, precisa ser controlada. Há muita balela sobre as origens e causa. Desinformação? Certamente, mas uma ação assertiva precisa ser adotada pelo governo, antes que traga consequências mais graves.
China e EUA retomarão negociações comerciais em outubro
China e Estados Unidos concordaram nesta quinta-feira em realizar negociações comerciais de alto nível no início de outubro em Washington, em meio a temores de que uma crescente guerra comercial possa desencadear uma recessão econômica global.
As negociações foram acertadas em ligação telefônica entre o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, o representante de comércio dos EUA, Robert Lighthizer, e o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, informou o Ministério do Comércio da China em comunicado em seu site.
Os Estados Unidos planejam aumentar as alíquotas para 30%, ante o nível de 25% já aplicado, sobre importações chinesas no valor de 250 bilhões de dólares a partir de 1º de outubro.
Mas, de acordo com o comunicado ambas as partes concordaram em se esforçar para alcançar um progresso substancial. Será que desta vez teremos um acordo?
China introduzirá medidas de estímulo e retira 16 produtos de lista negra dos EUA
A China introduzirá medidas de estímulo econômico em reação à escalada da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, de acordo com Hu Xijin, segundo o editor do jornal estatal Global Times.
Em paralelo, Pequim anunciou lista de bens dos EUA que não terão elevação de 25% nas tarifas, esta é uma tentativa do governo de não arrefecer o crescimento econômico, focado agora no cenário doméstico ao invés de depender da demanda externa.
A lista conterá 16 produtos com valor total de US$ 1,65 bilhão, entre óleos lubrificantes e bens farmacêuticos, conforme apurado pela reportagem da Bloomberg. Produtos como alfafa, peixes e pesticidas também estão inclusos na listagem.
EUA fala em subir tarifas contra China até 100% e guerra comercial volta ao radar
As bolsas abriram hoje com pequenas altas, acompanhando atentamente o cenário de desaquecimento da economia mundial e a guerra comercial entre Estados Unidos e China, que voltou a preocupar. Ontem, o conselheiro de Donald Trump, Michael Pillsbury, deu uma entrevista a um jornal chinês afirmando que as tarifas sobre bens chineses podem chegar a níveis entre 50% a 100% se não houve um acordo. Hoje, representantes chineses se encontram em Washington pelo segundo dia com autoridades americanas para preparar o encontro de alto escalão previsto para o início de outubro. O mercado acompanha de perto a evolução deste encontro.
O segundo foco são as declarações de representantes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) sobre as taxas de juros. A expectativa é de alguma sinalização se haverá um novo corte nas taxas, ou se a redução desta semana, de 2% a 2,25% para 1,75% a 2% ao ano, foi a última do ano.
Protestos a favor do clima mundial antes da assembléia da ONU
Um dia globalmente organizado de protestos contra as mudanças climáticas está ocorrendo antes da Assembléia Geral da ONU na próxima semana, atraindo multidões na Austrália, Índia, Tailândia e outros lugares.
Diversas empresas agendaram participações nas iniciativas políticas para coincidir com os protestos, como por exemplo, Amazon.com que divulgou na quinta-feira planos para resolver sua pegada de carbono com um pedido de 100.000 veículos de entrega elétrica da startup Rivian. A empresa liderou uma rodada de financiamento de US$ 700 milhões para a Rivian no início deste ano.
A mobilização pretende despertar a atenção para as mudanças climáticas. De fato não existe plano B, pois não temos um planeta B.
Líderes mundiais prometem ação em cúpula climática da ONU após pressão de jovens
Começa a cúpula climática mundial da ONY, marcada por fortes protestos de jovens que exigiram uma ação emergencial contra as mudanças climáticas, líderes se reuniram na Organização das Nações Unidas (ONU), nesta segunda-feira, para tentarem injetar um novo ímpeto nas iniciativas hoje travadas para conter as emissões de carbono.
Líderes mundiais, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, devem discursar na reunião de um dia, além de empresas que trabalham para promover a energia renovável.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não comparecerão, disseram autoridades. O governo brasileiro será representado na cúpula pelo ministro do Meio Ambiente , Ricardo Salles.
O pacto entrará em uma fase de implantação crucial no ano que vem, depois de outra rodada de negociações no Chile em dezembro. As promessas feitas até agora nos termos do acordo não chegam nem perto de bastar para evitar um aquecimento catastrófico, alertam cientistas, e no ano passado as emissões de carbono atingiram um recorde.
Embora alguns países tenham feito progresso, alguns dos maiores emissores continuam muito atrasados -- apesar de incêndios florestais, ondas de calor e temperaturas recordes terem oferecido um vislumbre da devastação que pode estar à espreita em um mundo mais quente.
Ações feitas por jovens, teve como objetivo motivar os líderes que entravam na sede da ONU em Nova York, pedidos de ação feitos por jovens foram projetados na lateral do edifício principal.