Mesmo quando operações matemáticas não são necessárias, os números podem confundir. Veja algumas dicas de gramática para sempre acertar


Matemática: evento teve a participação de 78 jovens com idades entre 13 e 18 anos de 20 países de América Latina, Portugal e Espanha

Resposta de Diogo Arrais, professor do Damásio Educacional *

Quando se trata de hora, surgem naturais dúvidas em relação à nossa língua. Não são raros os registros “zero horas”, “são uma e meia”, “meio-dia e meio” etc.
Primeiramente, lembremo-nos de que a expressão “zero” remete apenas ao singular; “zero” é “nada”. Assim sendo, verbo e adjetivo devem estar, consequentemente, no singular: “zero hora”, “zero grau”, “é zero hora”.
Causa friagem gramatical a frase: “No Sul, faz zero ‘graus’.” Nada disso! Faz zero grau!
Em se tratando de Gramática Normativa, o plural, em enumerações, só será obtido com números de “dois” em diante; com 1,5, por exemplo, a concordância exige apenas o singular. Sendo assim, pontualmente, é uma e meia; é meio-dia e meia.
Aqui, também, vale o breve estudo de números e determinações. Usando o mesmo raciocínio exposto acima:
“No Brasil, 1%, infelizmente, acredita na paz.”
“Na Argentina, 2% acreditam no plano econômico.”
Com determinante, pois, passa-se a observar a determinação:
“No Brasil, 90% do público crê em estagnação econômica.”
No último exemplo, o verbo está no singular, por conta de o determinante, “do público”, estar no singular.
Ah! Se houvesse o determinante no plural? Vejamos:
“No Brasil, 90% das pessoas creem em estagnação econômica.”