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Thread: Trading de Alta Frequência - High frequency trading

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    Trading de Alta Frequência - High frequency trading

    HFT - High Frequency Trading

    A negociação de alta frequência , também conhecido na área financeira pelo seu nome Inglês High frequency trading ou por curto HFT , é um tipo de negociação que ocorre nos mercados financeiros , utilizando sofisticadas ferramentas tecnológicas intensamente para obter informações dependendo do mercado e compartilham os mesmos valores , tais como financeiros ativos ou opções . 1 é caracterizado por vários elementos distintos: dois
    É altamente quantitativa , utilizando algoritmos de computador para analisar dados de mercado e implementar estratégias de negociação.

    Cada posição de investimento é mantido somente por períodos muito curtos de tempo, para implementar rapidamente a posição e comprar ou vender, conforme o caso, o ativo em questão. Às vezes, isso é feito milhares, ou mesmo dezenas de milhares de vezes por dia. Os períodos de tempo durante os quais as posições podem ser mantidas por apenas frações de segundo.

    No final do dia de operação, sem investimento permanecem posições abertas, isto é, são descarregadas todas as operações realizadas.
    Geralmente realizado por corredores principais do mercado, fundos mútuos ou tipicamente bancos de investimento com carteiras grandes e muito diversificado.
    Ele é uma velocidade de processamento muito sensível a negociação para o mercado e acesso ao mercado em si.

    História

    A negociação de alta frequência vem ocorrendo pelo menos desde 1999, após a Comissão de Valores Mobiliários e Câmbio dos Estados Unidos ( SEC ) autorizou trocas eletrônicas em 1998. No início do século XXI operações HFT requerem um período de execução de vários segundos, enquanto que para 2010 este tempo diminuiu para milissegundos , e até mesmo microssegundos . 3 é um tipo de negociação em mercados financeiros, que se manteve mal conhecido fora do setor financeiro desde a sua criação, primeiro aparecendo em meio generalista em julho de 2009.


    Crescimento do Mercado

    No início de 2000, o HFT significa menos de 10% de todos os pedidos sobre os ativos, mas essa proporção logo começou a crescer. De acordo com a NYSE, o HFT cresceu cerca de 164% entre 2005 e 2009. 4 No primeiro trimestre de 2009, o valor total dos activos geridos por fundos de hedge por meio de estratégias de negociação de alta frequência representaram 141.000 milhões, 21% abaixo de seu pico antes que eles vieram os piores tempos de crises . 5 estratégias de alta freqüência sucedido primeiro por Renaissance Technologies . seis empresas multidão de alta freqüência são formadores de mercado e fornecer liquidez ao mercado, o que pode-se dizer que contribuiu para reduzir a volatilidade e ajudou a reduzir os spreads fazer comércio e investir mais barato para outros participantes do mercado. 5 Nos Estados Unidos, HFT empresas representam 2% da operação cerca de 20.000 empresas, mas cerca de 73% do volume de todos os pedidos de equivalência patrimonial . 7 O Banco da Inglaterra estimou percentagens semelhantes para o mercado dos EUA em 2010, e sugere ainda as contas do mercado europeu HFT para cerca de 40% do volume de negociação órdenesde, chegando para a Ásia entre 5 e 10%, com potencial de crescimento rápido. 3 Para o valor, estima-se que em 2010 o HFT responsável por 56% do operações de capital em os EUA e 38% na Europa.

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    Sergei Aleynikov - O Homem do Algoritmo

    Sergei Aleynikov foi declarado culpado de roubar um algoritmo. E pode pegar 10 anos de prisão. Um algoritmo é, segundo o Dicionário da Real Academia, "um conjunto ordenado e finito de operações que permite encontrar a solução de um problema". E, também, "um método e notação nas distintas formas do cálculo". Ninguém conhece os detalhes do algoritmo roubado por Aleynikov. Mas existe uma coisa bem clara: é uma ferramenta matemática que permite a seu proprietário, o banco de investimento Goldman Sachs, ganhar bilhões de dólares ao ano.

    Aleynikov não era um 'trader' de Goldman Sachs, senão um programador de computadores do banco, onde recebia 400.000 dólares brutos anuais (300.000 euros). Em 2009 este ciudadão estadunidense emigrado da Russia em 1991, recebeu uma oferta de 1,15 milhões de dólares brutos (875.000 euros) para ir trabalhar em Teza Technologies, em Chicago. Aleynikov aceitou e decidiu levar consigo o algoritmo, transferindo-o a um servidor na Alemanha. Goldman Sachs descobriu. E acabou na prisão.

    Teza Technologies queria o algoritmo de Goldman porque é uma empresa que faz 'trading de alta frequencia'. Ou, como é conhecido nos Estados Unidos, 'HTF' ('High Frequency Trading'). É um tipo de operação em mercados financeiros baseado no uso de computadores e programas informáticos que compram e vendem em literalmente milisegundos todo tipo de ativos financeiros. É um sistema praticamente desconhecido pela grande maioria do público, mas que se converteu no rei dos mercados.

    Assim, enquanto a opinião pública continua acreditando nas velhas mesas de contratação atendidas por jóvens com camisa e gravata olhando uma tela enquanto grita "compre" ou "venda", a grande maioria das transações financeiras do mundo são feitas por computadores programados e armazenados em edificios como o novo centro de dados pelo valor de 76 milhões de euros que Atlantic Metro Communications esta construindo perto de Wall Street, para acomodar fundamentalmente computadores, técnicos e programadores.

    Cada uma dessas máquinas rastreia permanentemente o mercado, analizando as diferentes plataformas de contratação sejan estas bolsas, mercados de renda fixa ou matérias primas, praticamente na velocidade da luz. Seu objetivo é encontrar tendências na evolução dos preços dos ativos, ou anormalidades no mercado.

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    Negócios em 0,0025 segundos

    Por exemplo, uma ação de uma empresa pode cotar durante uns segundos um centézimo mais cara em Frankfurt que em Londres. Neste caso, o computador compra essas ações em Londres e as vende em Frankfurt. Ou pode lançar constantemente ordens de compra e venda, buscando infinitesimais diferenças de preços para obter beneficios. No fundo, é o clássico 'comprar barato e vender caro', mas com márgens de decimais e em tempos que não superam os 0,0025 segundos.

    As márgens são minúsculas. Mas o volume das operações, imenso, como demonstra os alugueis do edificio da Western Union no número 60 da rua Hudson -o centro de comunicações mais próximo a Wall Street, dispararam.

    Mas com o HTF também cresceram as incertezas. Porque não se pode esquecer que o mercado fica, assim, em mãos de máquinas. Segundo a revista Institutional Investor, nada mais e nada menos que entre 50% e 70% de todas as transações em todas as Bolsas dos Estados Unidos são realizadas por meio de 'trading de alta frequência', apesar de que esta técnica só começou a se popularizar a partir de 2004.

    No mercado de divisas sua presença é ainda mais recente: chegou em 2007, e já compõe 25% do mercado 'spot', de acordo com este estudo do Banco de Pagamentos Internacionais de Basilea (BIS, segundo suas siglas em inglês). Isto significa que 283.000 milhões de euros em moedas mudam de mãos cada día por meio deste sistema.

    Os especialistas afirmam que as cifras são menores. "O HTF emprega muito pouco capital. Se, por exemplo, disserem que um banco investe um mihão de dólares em 'trading de alta frequência', pode ser na realidade que um computador tenha comprado e vendido 20 vezes ações por 50.000 dólares", explicou a ELMUNDO.es Irene Aldridge, autora do livro 'High Frequency Trading' e socia do Able-Alpha Trading, uma consultora especializada nestas operações.

    Isto explica aparentes paradoxos como que, segundo a consultora britânica TABB, o 'trading de alta frequência' supusera o 60% dos intercambios de títulos nos EEUU e 40% no Reino Unido em 2009, mas só alcançara um volume de negócio de 16 bilhões de euros. A maior parte das operações deste tipo são de autocarteira, ou seja, realizadas com fundos próprios não dos clientes, pelos bancos e fundos.

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    As vantagens do Trading de Alta Frequência

    As vantagens deste trading são evidentes. Com a 'análise fundamental', que se baseia em examinar os estados financeiros de uma empresa, "consegue-se uma rentabilidade de 5%, mas demora duas semanas", explica Aldridge, já que é necessario analisar a informação e dar as ordens de compra. Com o HFT a margem é de 0,1%, mas se repete muitas vezes ao longo do día. Ademais, neste segmento de mercado, os custos estão caindo constantemente. O computador que valia 2 milhões de euros em 1984 custa hoje 1.000, embora isto não inclua programá-lo, algo que é muito mais caro.

    O HFT, esta transformando de cima a baixo o modo de operar dos mercados financeiros. Suas consequências são quatro:

    * A transformação dos brokers em uma espécie em perigo de extinção. "Os bancos estão substituindo todos esses intermediarios que lhes custam milhões de dólares ao ano por computadores", explica Aldridge. Um computador como os utilizados no HFT não custa mais de 1.000 euros. Por sua vez, programá-lo não sai por menos de 225.000 euros, embora a cifra real seja muito mais alta. Em todo caso, essas quantidades são inferiores as de um 'broker' que cobra facilmente 2 ou 3 milhões de euros cada ano;


    * A destruição da analise técnica, ou seja, da análise dos 'charts' e gráficos da bolsa. Na realidade, o HTF só acelerou uma tendência iniciada com a chegada dos 'quants', ou melhor, de especialistas como físicos, astrônomos ou matemáticos, capazes de desenvolver modelos de análise dos valores cada día mais sofisticados. O 'trading de alta frequência' não pode sobreviver sem este tipo de sistemas, pelo que sua demanda é cada dia maior. Assim, o hedge fund Renaissance Technologies, provavelmente o mais rentável do mundo, possui 300 empregados, e nenhum economista. Seu fundador, Jim Simons, era um dos matemáticos mais prestigiosos dos EEUU, com uma ampla carreira no mundo acadêmico e no da Defesa, até no momento que aos 40 anos decidiu que já estava bem de investigar e que iria aplicar seus conhecimentos matemáticos em buscar tendências no mercado e diferenças imperceptiveis nos preços. O resultado: uma fortuna de 6.5 bilhões de euros, segundo a 'Forbes';


    * A criação de uma nova generação de instituições financeiras, desconhecidas pelo grande público, mas que estão entre as mais rentáveis no mundo e que, além disto, frequentemente não possui seus quarteis generais em Nova York ou em Londres. Renaissance que está perto dos Hamptons, uma zona turística a 200 kilômetros de Nova York é só uma delas. Outras destacadas são Getco em Chicago e Tradebot em Kansas City , as 'número um' e 'dois' do setor, respectivamente, com um volume de transações diaria superior em cada uma delas a 1 bilhão de ações. No total, entre 200 e 400 bancos, brokers e fundos realizam trading de alta frequência de forma regular nos EEUU, embora os ativos com os que operam são do mais comuns: Citigroup, Ford, Bank of America, General Electric e Intel têm sido os cinco valores mais negociados por estes traders em março, abril e maio passados, segundo a consultora Woodbine Associates;


    * A explosão do mercado. Até a apenas três ou quatro anos, a maior parte das operações de câmbio de divisas, por exemplo, eram feitas por telefone. Agora, cada día se utilizam mais computadores e HTF. A consequencia, segundo o BIS, é que o volume do mercado de divisas cresceu um 20% em três anos, até se aproximar dos 4 bilhões de dólares diários (3 bilhões de euros) "apesar da crise financeira de 2007 a 2009 e das recentes turbulências no mercado de bonus soberanos europeus".

    Agora bem, o 'trading de alta frequência' também é controverso. Como apontou o senador por Delaware Ted Hauffman "temos todos esses gorilas, e, adivinhe? Os metemos em zoos com gente que não têm nem a autoridade nem a informação para manipulá-los".

    É que o 'high frequency trading' possui muitos inimigos. Por vários motivos. O mais óbvio, como assinala Hauffman, é que não está regulado. Para complicar as coisas, estas operações são feitas nos chamados 'dark pools', ou seja, mercados onde o comprador e o vendedor não se identificam, com o que a opacidade da operação é total. Em terceiro lugar, os 'traders de alta frequência' costumam operar com muita pouca liquidez, com o que, "podem cair como dominós se um acontecimento inesperado lhes obrigue a manter posições nas que registram perdas por pouco mais de uns segundos", como explicado por Nicholas Paisner e Edward Hadas no boletim 'online' Breakingviews.

    Também está o fato de que os algoritmos não têm em conta a qualidade da gestão de uma empresa ou a situação política de um país que acaba de realizar uma emissão de bonus: para eles só lhes interessa o preço e a marcha do mercado. Para os computadores, os bonus de Portugal, Espanha, Grécia, França ou Bélgica não são dívidas de países com Governos, sindicatos e situações políticas diversas, senão simplesmente ativos financeiros que compram e vendem. Neste contexto, os computadores reforçam de forma dramática as tendências do mercado.

    Assim se podem produzir aberrações como as sucedidas durante o 'flash crash', ou seja, a famosa queda de Wall Street em 6 de maio, quando o parqué novaiorquino perdeu 998 pontos em cinco minutos e os recuperou em outros quinze. Naquela ocasião, o operador de alta frequência Tradervox chegou a vender, em um claro exemplo de como podem reagir os computadores em um contexto de caos, ações da gigante de consultoría Accenture por um centavo de dólar, apesar de que a empresa cotava a quarenta dólares antes de que o mercado, literalmente, ficasse louco.

    Não é somente essa a parte negativa do HTF. Os defensores deste sistema usam quase os mesmos argumentos para avalizar suas vantagens. Afirmam, em primeiro lugar, que os algoritmos "não vem a televisão nem ouvem a rádio, assim que não são suscetíveis a pânicos nem a euforias especulativas", como assinala Aldridge. Ou seja: estabilizam o mercado. A mesmo tempo, sua operação incrementa, ao menos em teoría, a liquidez do mercado.

    O certo é que, enquanto o debate continua, o high frequency trading segue crescendo. Os esforços dos democratas do Senado dos EEUU por regular-lo estão virtualmente paralizados depois de que nas eleições do passado 2 de novembro os republicanos, que se opõe a qualquer controle, conseguiram uma minoría de bloqueio o suficientemente grande como para impedir qualquer reforma. E, ao fim , é necessário ter em conta que, por mais que se coloque a culpa aos computadores, os programadores são sempre seres humanos. De fato, o 'flash crash' de 6 de maio não começou com nenhum computador, mas simplesmente com um operador que deu uma ordem de venda de futuros Standard and Poor's no mercado de Chicago tão monstruosamente alta que derrubou ele somente todo o mercado. Não houve compradores suficientes para semelhante operação, e ante a queda do preço dos contratos, os HTF começaram a automáticamente dar mais e mais ordens de venda, segundo a investigação do regulador do mercado dos EEUU, a SEC (equivalente a CNMV espanhola) publicada em 30 de setembro.

    Como afirma en suas memórias 'My Life As a Quant' Emanuel Derman, um físico sulafricano que foi um dos pioneiros dos métodos quantitativos em Wall Street, e que hoje da aulas na Universidade de Columbia, "a capacidade de provocar tremenda destruição com seus modelos é uma fonte de enorme responsabilidade". Por agora, porém, a quém trouxeram mais destruição com os algoritmos do trading de alta frequência foi a Sergei Aleynikov.

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    Os mercados estão manipulados !?

    A crise que vivemos demonstra que os níveis de risco nas grandes instituições financeiras não foram reduzidos e, pelo contrário, foram aumentados

    Nos últimos meses, os mercados têm levantado dificuldades acrescidas em termos de "trading" de curto prazo aos profissionais do sector e aos investidores em geral, levando frequentemente a situações em que as oscilações atingem mais de 1% em pouco tempo, e fazendo com que os stops sejam atingidos para retomar depois o caminho contrário. A análise técnica, instrumento que reflecte o simples compromisso entre a oferta e a procura, tem sido pouco eficiente em resultado de movimentos que se podem considerar anómalos.
    Ao ler um relatório da empresa americana TAAB penso ter encontrado o motivo das minhas dúvidas quanto aos méritos da análise técnica no investimento para o século XXI.
    O problema (porque disso se trata), envolve 2% dos intervenientes no mercado e chama-se "high frequency trading", ou negociação de alta frequência.

    Segundo o TAAB Group, o "trading" algorítmico nos Estados Unidos representou 70% do volume negociado em 2009 e teve origem em 2% das empresas de corretagem e de investimento. Nos Estados Unidos, existem cerca de 20.000 empresas neste sector, mas só 2 % representam os tais 70% do volume.
    "High frequency trading" são sistemas informáticos que actuam em milionésimos de segundo, tendo por base modelos quantitativos, para intervir nos mercados de acções, e futuros. Estes sistemas computorizados são capazes de "ler" os preços do mercado e transmitir milhares de ordens por segundo (não é erro), introduzindo, cancelando e reintroduzindo ordens consoante as alterações do mercado, sem intervenção humana.

    Estes sistemas configuram, no nosso entender, manipulação de mercado, pelo menos por quatro razões:
    1 - O investidor tem que pagar o "feed" da bolsa para ter preços em tempo real. Independentemente de ser já uma das maiores aberrações o investidor ter que pagar para obter as cotações que se estão a fazer antes de poder negociar, a realidade é que quando esse preço lhe chega, ele já deu origem a intervenções de 2% dos participantes do mercado, que puderam actuar nos tais milionésimos de segundo. Existe manipulação quando alguns intervenientes no mercado beneficiam de condições especiais.

    2 - Estas empresas utilizando "high frequency" tiveram 21 mil milhões de lucros em 2008, o que demonstra claramente que existe uma vantagem competitiva. Todos se recordam como a Goldman Sachs levou a tribunal o seu antigo programador Aleynikov por roubo de segredos de "trading", porque acredita que, se a sua concorrência tiver acesso à mesma programação a sua vantagem competitiva com origem na velocidade e eficiência das ordens seria diminuída de forma significativa.
    3 - Na verdade, a velocidade de negociação destes sistemas distorce a realidade do mercado, sendo possível agora de modo electrónico fazer aquilo que foi proibido manualmente a "traders" e investidores, ou seja, o lançamento e posterior anulação de ordens no sistema, por configurar manipulação de mercado. Como referimos, um sistema deste tipo pode introduzir e cancelar milhares de ordens por segundo.

    4 - A velocidade é ainda um factor de manipulação, porque permite aquilo que se designa por "front running". Este é dos pontos mais importantes porque aqueles que colocam ordens no sistema para fecho de posições de compra ou de venda estão expostos ao risco de mercado antes de receberem a confirmação da execução, enquanto os que dão liquidez ao mercado colocando ordens para comprar ou vender estão sujeitos ao risco de verem as suas ordens ficarem no mercado enquanto o preço se afasta. A velocidade dos sistemas de "high frequency trading" tem como objectivo permitir que as suas ordens sejam executadas antes, das ordens daqueles que não têm essa capacidade.

    O pior é que os sistemas de "high frequency trading" podem vir a tornar-se ainda mais conhecidos por razões piores. Alguns participantes indirectos com sistemas de "high frequency trading" (hedge funds, por exemplo), fazem-no através de "clearing members" (instituições membros das bolsas com capacidade para liquidar), entidades que são responsáveis pelos "tardes" executados nas bolsas através da sua associação às câmaras de compensação. Assume-se que nestas condições existam estruturas de gestão do risco, quer ele seja de crédito quer ele seja de negociação, como forma de segurança.

    Existem dois tipos de acordo com estas instituições: o acesso supervisionado (sponsored access) e o acesso não supervisionado (unfiltered sponsored access). O sistema com filtro é obviamente mais lento que o outro e é por isso certamente menos utilizado.
    Com o intuito de manter ou obter negócio em período de crise, muitas serão as instituições tentadas em facilitar, até porque não existe regulamentação sobre este assunto.
    O risco existe se por qualquer razão o sistema ficar "maluco" (trata-se de um algoritmo) por motivos técnicos. Apesar dos participantes serem responsáveis pela integridade dos seus sistemas, a realidade é que a todos os níveis em todos os sectores já houve perda de informação ou adulteração de bits e bytes.

    Nos mercados é conhecido o erro de 2002 da Bear Stearns que com uma ordem de 4 mil milhões fez baixar o índice Dow Jones em 100 pontos quando a ordem era "só'" de 4 milhões.
    Em 2007, na Morgan Stanley, uma compra de 10.8 milhões foi transformada em 10.8 mil milhões. Sempre que existe um erro deste tipo são negociados muitos outros milhões de títulos por simpatia com o movimento original, porque são induzidos nesse erro.
    A crise que vivemos demonstra que os níveis de risco nas grandes instituições financeiras não foram reduzidos e, pelo contrário, foram aumentados como comprovam os resultados dos grandes bancos de investimento Americanos. Fonte-http://visao.sapo.pt/os-mercados-est...ulados=f550704

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    Algoritmos "assaltam" mercados de commodities depois das bolsas 01

    A matemática, os computadores e os génios dos "algos" (diminutivo de algoritmos) estão a condenar à extinção os corretores de suspensórios e os investidores tradicionais. E aumentaram o risco sistémico nos mercados financeiros.

    A negociação eletrónica de alta frequência nos mercados financeiros, conhecida pelo seu acrónimo em inglês HFT (high-frequency trading), já chegou aos mercados de commodities, alerta um relatório da United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD), da autoria de Nicolas Maystre, que vai ser publicado em breve em Genebra.

    O estudo refere que, desde o pico da crise financeira de 2008, que os mercados de futuros das commodities descolaram cada vez mais dos factores fundamentais ligados às leis da procura e da oferta das matérias-primas e que o que é comummente designado por especulação tem um papel cada vez maior. No entanto, a financeirização dos mercados de matérias-primas deriva cada vez menos da ação dos protagonistas tradicionais do investimento especulativo. Estamos a assistir à entrada progressiva dos "algos", diminutivo de algoritmos, nas negociações diárias nestes mercados.

    O relatório da UNCTAD examinou em detalhe os contratos para a variedade do crude WTI norte-americana no NYMEX, bem como do açúcar, do trigo, do milho, do gado vivo e de rebentos de soja, e os movimentos de preço ao milésimo do segundo, conhecidos por ticks entre 1996 e 2011. O peso dos "algos" afirma-se e isso vai significar, sublinha o relatório, que estes mercados vão estar cada vez mais sensíveis a efeitos desestabilizadores externos. O seu risco sistémico aumentou e, por isso, bolhas e derrocadas poderão ser mais regulares.

    Parece ficção científica

    Os mercados financeiros estão, na realidade, a ser dominados pela ficção científica. Não por seres verdes vindos de outras galáxias através de algum portal do tempo, mas pelos "algos". Estes "algos", estudando dados e estatísticas, dão ordens de compra e venda aos mercados em milésimas de segundo - sim, leu bem, em frações pequeníssimas do segundo. Provocam oscilações violentas mesmo antes do olhar humano mais sagaz - o de um mestre de xadrez - as conseguir identificar. E fazem dinheiro nessa arbitragem invisível ao olhar humano.

    A matemática substitui, em ritmo acelerado, os corretores gesticulando, em momentos de euforia ou de pânico, apanhados pelos fotógrafos, dando azo à sua "alma animal", como alcunhava Keynes. Um dia destes tais cenas humanizadas dos booms e das derrocadas financeiras só mesmo em películas da memória do cinema.

    Os crânios da matemática e da computação assaltaram estas profissões e estão fora dos olhares dos cidadãos em 400 firmas num universo de 20.000 que trabalham nos mercados bolsistas, segundo dados do AITE Group. Esta revolução deu-se em virtude do salto na digitalização da última década.

    A desmaterialização dos processos no sector financeiro permitiu esta substituição progressiva dos corretores de carne e osso pelos corretores automáticos invisíveis. O pontapé de saída foi dado pela autorização de funcionamento de plataformas de negociação eletrónica por parte da Securities and Exchange Comission (SEC) norte-americana em 1998. "Primeiro, os mercados tornaram-se eletrónicos e automáticos. Depois, os participantes nos mercados automatizaram as suas estratégias de negociação. A HFT acabou por ter um crescimento significativo desde meados da primeira década do século XXI", refere-nos o especialista Albert J. Menkveld, da Escola de Finanças Duisenberg, em Amesterdão.

    O que defrontamos hoje é "um sistema de máquinas em que vemos o declínio da capacidade humana para influenciar os movimentos de preços em escalas de tempo cada vez mais pequenas. Já não se trata mais de um sistema misto homem-máquina como nos anos 1990 com o corretor de suspensórios olhando os ecrãs de computador", diz-nos o físico norte-americano Neil Johnson, do Departamento de Física da Universidade de Miami, que recentemente fez uma demonstração científica de como funcionam estes "algos", que noticiámos no Expresso.Ler mais: http://expresso.sapo.pt/algoritmos-a...#ixzz2GaB8yLhj

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    Algoritmos "assaltam" mercados de commodities depois das bolsas 02

    Cresceu treze vezes

    Segundo a consultora TABB Group, a HFT domina hoje mais de 70% da negociação, em volume, nos mercados bolsistas dos Estados Unidos, o país onde esta inovação nos processos financeiros nasceu e cresceu mais rapidamente. Em 2003, representaria apenas 5% em volume de ordens e em 2009 não ultrapassava os 25%, segundo um estudo do AITE Group de há dois anos atrás. Em menos de dez anos cresceu treze vezes.

    E se a crise financeira poderia deitar um balde de água fria sobre esta atividade, foi justamente o contrário que sucedeu, diz o britânico Paul Wilmott, um doutorado de Oxford em matemática, especialista em derivados e risco, um dos expoentes das finanças quantitativas: "Decididamente, a HFT está a crescer a olhos vistos, e agora fora dos Estados Unidos". O holandês Menkveld, por seu lado, considera que a HFT beneficiou o crescimento do Chi-X Europe (hoje BATS Chi-X Europe), atualmente a maior em volume e a mais rápida plataforma multilateral no mercado europeu de ações.

    Na Europa, a evolução é brutal nos últimos quatro anos: os corretores dominavam 67% das ordens em 2008 e este ano estima-se que o seu papel desça para 42%. "A marcha da automatização contínua e a negociação na base de algoritmos vai dominar a Europa. Subiu de 21% em 2008 para 37% em 2011, e estima-se que chegue aos 39% este ano. Se lhe somarmos as redes cruzadas, essa percentagem subirá para 45%", diz-nos Rebecca Healey, analista sénior da TABB em Londres. Ainda segundo dados desta consultora, a taxa anual composta de retorno de um investimento realizado através do HFT será de 17% entre 2008 e 2012 contra uma taxa negativa de 11% para as ordens dadas pelos corretores de carne e osso. Mas a vaga do HFT já não se fica pelas bolsas de valores. Ela salpica transversalmente outras "classes" de ativos, como as mercadorias (a que nos referimos acima), as divisas, os títulos e os derivados, refere Menkveld. No mercado dos câmbios, as firmas de HFT localizam-se em Chicago, Nova Iorque e Londres.

    Estas ferramentas criaram um fosso dentro dos agentes deste mercado financeiro. "Os grandes ganhadores são os fundos de alto risco [hedge funds], como Renaissance Technologies ou o Citadel Group, que colocaram os seus computadores a trinta metros dos computadores que executam operações. Muita arraia-miúda nunca será capaz de o fazer nem mesmo de aprender. Não conseguirão investir em doutorados em ciência acabadinhos de sair das escolas que desenvolvem estes algoritmos", sublinha-nos o consultor financeiro e tecnológico Peter Cohan, em Boston.

    As primeiras "derrocadas instantâneas"

    As primeiras amostras de surpresas desagradáveis provenientes da volatilidade insana da HFT, bem visíveis nas bolsas norte-americanas, ocorreram, pela primeira vez, em 2010 no que ficou conhecido como "derrocadas instantâneas" (flash crash). A primeira deu-se a 6 de maio (a mais conhecida) e terá havido outra a 1 de setembro, que não foi investigada oficialmente.

    A derrocada de 6 de maio foi acompanhada, com estupefação, em todo o mundo quase em direto durante os trinta minutos que decorreu. O índice norte-americano Dow Jones Industrial Average caiu 998,5 pontos, a mais colossal queda intradiária jamais registada, levando à evaporação de quase um bilião de dólares de capitalização, para de seguida recuperar meteoricamente, com a segunda maior subida de 1010,14 pontos. Também nos futuros ocorreu o mesmo padrão: o índice do E-mini S&P 500 (uma plataforma eletrónica de futuros no Chicago Mercantile Exchange) colapsou 5% em quinze minutos.

    Por sorte, o evento ocorreu a meio da tarde nos Estados Unidos. Se a derrocada tivesse acontecido no fecho, sem recuperação possível, teria desencadeado um cenário de pesadelo que contagiaria a reabertura dos mercados na Ásia e depois na Europa no dia seguinte. O mistério do evento levou os governos americano e britânico a estudar o assunto como questão de segurança e muitos cientistas, sobretudo os ligados à corrente da teoria da complexidade, a mergulharem nesta "prenda" dada pelos mercados financeiros. A SEC não considerou que a culpa fosse da HFT. Estas ferramentas apenas "exacerbaram" a derrocada, concluiu. A explicação principal, segundo o regulador, derivou de "fatores conjunturais".

    Entretanto, já se registaram três eventos deste tipo fora do sector bolsista. A 17 de março de 2011, ocorreu uma mini-derrocada instantânea no mercado cambial do iene e a 31 de março do mesmo ano no mercado de negociação de fundos de investimento no Nasdaq e no NYSE/Euronext. A 8 de junho do mesmo ano, deu-se um fenómeno similar no mercado do gás natural nos EUA, que foi atribuído a um "algoritmo malicioso".

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    Risco sistémico aumentou

    O risco sistémico que esta dimensão invisível da negociação trouxe é hoje reconhecido. A hipótese de instabilidade congénita do sistema financeiro moderno apresentada pelo economista Hyman Minsky desde os anos 1970 é hoje maior: "O ponto de vista de Minsky é demasiado económico e demasiado longo no tempo. Hoje há carradas de razões para a instabilidade provocada pelos algoritmos. A volatilidade disparou", ironiza Paul Wilmott. O holandês Menkveld acrescenta: "A hipótese de Minsky pertence à macroeconomia. Estas derrocadas instantâneas pertencem à microestrutura. Os mercados intermediados por computadores podem ser ainda mais vulneráveis aos choques". "Como a HFT é a ultima interação de um jogo de negociação em que todos os jogadores podem beneficiar se a dívida sobe, como agora estamos a viver um período de queda da dívida, torna-se um jogo ainda pior do que a soma nula e a dado passo colapsará", prevê o australiano Steve Keen, autor de "Debunking Economics" (Desmascarando a Economia).

    O problema preocupa, por isso, governos e no Reino Unido, por exemplo, o departamento de Ciência do governo de Sua Majestade mandou estudar o problema a uma equipa dirigida por Dave Cliff, da Universidade de Bristol. O estudo, recentemente publicado, concluiu: "O comportamento de conjunto deste sistema pode ser difícil ou impossível de predizer. Os mercados financeiros globais são hoje um sistema complexo adaptativo. Grandes falhas podem hoje ocorrer a uma velocidade super-humana, como aconteceu com a derrocada instantânea de 6 de maio de 2010. Eventos deste tipo podem tornar-se correntes no futuro".

    As vozes contra os "algos" têm, por isso, subido de tom. Na Europa, a Deutsche Bourse e a Borsa italiana estão a planear penalizar as firmas que usam a HFT. "Todos os fluxos de ordens, e não só a HFT, têm o potencial de ser entendidos como tóxicos - depende do tipo de ordem que é dada e das condições de mercado na altura. Contudo, se as firmas que usam a HFT forem obrigadas a sair do mercado, as eficiências que geraram poderão desaparecer e os mercados europeus correm o risco de ficarem substancialmente menos competitivos", adverte Rebecca Healey.Ler mais: http://expresso.sapo.pt/algoritmos-a...#ixzz2GaCLcRgs

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    Como Funciona informaticamente?

    A IBM explica como implementar um sistema de trading de alta frequência! :)

    Podem ver aqui... Tecnologia IBM na linha de frente dos mercados financeiros,
    Parte 1: Visão geral de um plano de projeto de integração
    de linha de frente de mercados financeiros

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    US$ 250 mil por seis milissegundos

    RIO — Nos Estados Unidos, a briga da velocidade está em cada detalhe. As corretoras pagam caro para instalar seus robôs dentro dos prédios das Bolsas de Valores. A disputa é tão acirrada que, apesar de os dados trafegarem em fibra óptica, à velocidade da luz, faz-se questão de que os cabos dos computadores de todas as corretoras tenham o mesmo comprimento, para que ninguém tenha sequer um centímetro de vantagem.

    Embora as ações sejam negociadas em Nova York, parte dos contratos futuros e das opções o são em Chicago, a 1.100 quilômetros de distância. Para sincronizar as operações nesses mercados, as corretoras costumam usar fibras ópticas que margeiam trilhos ferroviários. Os dados conseguem fazer a viagem de ida e volta em 14,5 milissegundos.

    Lento demais. Empresas de infraestrutura disputam soluções para reduzir esse tempo. A Tradeworx, por exemplo, ergueu 20 torres entre as duas cidades para transmitir as ordens de negociação por raios de micro-ondas. Com isso, o tempo de viagem da informação caiu para 8,5 milissegundos. O preço dos seis milissegundos a menos: US$ 250 mil por ano.

    A opção das micro-ondas também é aventada para encurtar o tempo entre Nova York e Londres, e entre Londres e Tóquio. Em vez de cabos submarinos, seriam usados veículos aéreos não tripulados, enviando o sinal entre si até que chegue às Bolsas e corretoras do outro lado. Mas essa tecnologia ainda é experimental.
    Mas não basta apenas que as ordens de compra e venda de ações sejam rápidas. Os robôs também precisam “ler” as informações que subsidiam essas decisões em tempo recorde. Para isso, agências de notícias como a Dow Jones produzem noticiário em formato que só as máquinas entendem. As corretoras introduzem esses d


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