O vice-premiê chinês, Hu Chunhua, pediu nesta quarta-feira a rejeição ao protecionismo e disse que as políticas comerciais unilaterais de alguns países representam um "risco mais sério" para a economia mundial.
As declarações dele vêm em um momento de agravamento da disputa comercial entre a China e os Estados Unidos, que vem adotando medidas amplamente consideradas como protecionistas sob o comando do presidente Donald Trump.
Líderes de nações do sudeste Asiático também expressaram seu apoio a pactos multilaterais em um evento do Fórum Econômico Mundial em Hanói. Mesmo assim, Cingapura sinalizou que não há garantias de que um amplo acordo sobre o maior pacto comercial do mundo, com o qual os países vêm trabalhando com a China, seja assinado até o final do ano.
"As medidas protecionistas e unilaterais de alguns países estão tomando afetam gravemente o regime multilateral de comércio baseado em regras, colocando em risco a economia mundial", disse Hu em Hanói, no Fórum Econômico Mundial da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
"Devemos categoricamente rejeitar o protecionismo e o unilateralismo, apoiar firmemente o multilateralismo e defender a economia mundial e o regime multilateral de comércio", disse ele.
Na semana passada, Trump alertou que está pronto para seguir adiante e aplicar tarifas sobre mais 267 bilhões de dólares, além dos 200 bilhões de dólares sobre bens do país asiático que já correm o risco de serem taxados.
O protecionismo leva a reversão da globalização, que pode aumentar preços, o desemprego e reduzir o crescimento.
Tarifas mais altas podem aumentar a inflação dos Estados Unidos e forçar o Fed a aumentar taxas, aumentando o preço do dólar e prejudicando tanto exportadores americanos quanto economias de mercado emergentes, já estamos vivendo isso.
O protecionismo exacerbado também ameaça "desestabilizar mercados financeiros" pois coloca um peso sobre o gasto de capital de empresas, já que os investidores passam a ter medo e as condições financeiras se restringem. Mas pelo que estamos vivendo o Mr. Twitter não pensa desta forma, e visa beneficiar somente a economia de seu país, os tempos são outros, e este protecionismo exagerado, pode levar outros países a buscarem novas oportunidades, novos alianças.