União Europeia deseja ampliar luta contra evasão fiscal
Dublin, 13 abr (EFE).- Os ministros de Economia da União Europeia (UE) alcançaram neste sábado um amplo consenso sobre a necessidade de criar uma frente comum na luta contra a evasão fiscal, embora a Áustria tenha se oposto à medida por ser contrária a relaxar seu sigilo bancário.
O ministro irlandês de Finanças, Michael Noonan, afirmou na entrevista coletiva posterior ao conselho informal de Ministros de Economia da UE (Ecofin) que "o assunto da evasão fiscal está agora sobre a mesa e tanto a presidência irlandesa rotativa como a Comissão Europeia estão determinadas a conseguir que o debate acarrete em ações".
Como medida concrera, o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, decidiu abordar na cúpula europeia do dia 22 de maio a luta contra a evasão fiscal.
Bruxelas também propôs em dezembro do ano passado uma série de medidas que fortalecem o combate aos países não comunitários tolerantes com o delito fiscal e obrigam as empresas a pagarem "uma cota justa" por realizarem negócios no mercado único.
O ímpeto dos nove países para criar uma frente comum na luta contra a fraude e a evasão fiscal, no entanto, foi freado pela Áustria, cuja ministra de Finanças, Maria Fekter, disse hoje que "lutará pelo sigilo bancário" e considerou que a troca automática de dados criaria "um cemitério de dados".
Mas Viena ficou completamente isolada na UE com sua insistência em salvaguardar seus interesses depois que Luxemburgo anunciou que a partir de 2015 transmitirá informação sigilosas para os outros países.
Semeta considerou, no entanto, que "Áustria está avaliando seriamente o caminho a seguir" e que existe uma "certa abertura" rumo a uma mudança de política, apesar das dificuldades internas que uma mudança deste tipo significaria para Viena. EFE