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View Full Version : Banguecoque: A capital dos contrastes e dos sorrisos



Paulo Santos
05-03-2017, 11:52 AM
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Os modernos arranha-céus de um lado, os templos do outro; as motas que sobem passeios ou os relaxantes jardins onde se pratica ioga ao ar livre; os restaurantes de luxo e a deliciosa comida de rua. Esta é uma Banguecoque inesquecível.

A cidade dos arranha-céus, da comida de rua barata e dos restaurantes de luxo, dos tuk-tuk, das casas de massagens, da vida nocturna, das compras, e de templos, muitos templos, não fica indiferente a ninguém. Há quem não goste da azáfama de uma Banguecoque que não dorme e onde as pessoas vivem a um ritmo de vida alucinante, mas são muitos os que não a esquecem.

Nem as cores, a vida, a confusão, as motas a subirem passeios para escapar ao trânsito, a panóplia de cheiros, ou apenas o sabor da comida. Ou a abismal diferença da arquitectura dos templos, que arrastam com eles uma história gigante, para os arranha-céus com bares de visita obrigatória no topo, imagem de marca de uma Banguecoque luxuosa e cosmopolita.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:53 AM
Banguecoque é uma cidade que está na moda

Banguecoque é uma cidade que está na moda na generalidade dos países europeus e, regra geral, as condições de segurança são boas e, mesmo quando o país vive momentos de rebelião interna, a organização é de tal forma que no aeroporto internacional de Suvarnabhumi, o maior da Tailândia, existe um posto de polícia turística onde são explicados todos os locais a evitar e os cuidados a ter.

Uma visita a Banguecoque sem um passeio no rio Chao Phraya fica incompleta. Não que seja imperdível por ser paradisíaca - não é de todo o caso -, mas tem uma vista agradável para a cidade e, acima de tudo, fica com uma ideia, ainda que pequena, de como uma metrópole pode crescer a partir do rio e de como o pode aproveitar para simples tarefas diárias, como lavar a roupa, nas partes mais pobres da cidade.

E é também dali que pode ver e alcançar o Wat Arun, ou o templo de Dawn, que é arquitectonicamente diferente de todos os outros da cidade e onde pode assistir a um pôr-do-sol memorável. Neste templo, como em qualquer outro, a regra é simples: não entre de ombros ou pernas descobertos.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:54 AM
Falando em templos, um dos pontos altos em termos de turismo da cidade é, claramente, o Wat Po, ou o templo do buda deitado, que mede 43 metros de largura e é revestido a folha de ouro.

A entrada no complexo (aberto das 8 às 17 horas) custa 2,70 euros (100 THB) e aqui as regras são ainda mais restritas. Para entrar na sala do buda, terá de o fazer descalço, deixando os sapatos no exterior.

Estando no Wat Po, aproveite para dar uma volta ao complexo, vale muito a pena e, se quiser, existem guias que falam inglês num nível aceitável, a quem pode pagar entre 3 a 6 euros para uma visita guiada. Uma boa opção é reservar tempo para fazer uma massagem tailandesa. Está no sítio certo, é ali que se encontra a maior escola de massagens do país.

O Wat Po fica a curta distância a caminhar do grande palácio, aquele que é, indiscutivelmente, o maior ícone de Banguecoque. E percebe-se porquê, assim que se entra nas portas, de tão extraordinária arquitectura que tem. Construído em 1782, foi ali que durante 150 anos viveu o rei da Tailândia e é hoje o local de maior peregrinação turística na cidade. Por isso, prepare-se para encontrar verdadeiras multidões a passear pelos jardins, mas não se apresse.

Além de grande, a estrutura merece uma visita pausada, que até pode ser relaxante se for parando e aproveitando o tanto que tem para ver. A entrada custa 13 euros (500 THB) e o bilhete dá acesso ao palácio, mas também ao Wat Phra Kaeo, templo do Buda Esmeralda, considerado o templo budista mais importante da Tailândia. Tudo o que já dissemos sobre a roupa sobe de escala, e muito, aqui. A entrada no complexo do palácio real é rigorosa, e quem não estiver vestido de acordo com as regras terá de enfrentar uma fila para conseguir "tapar-se" antes de pisar solo real.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:54 AM
O outro lado da metrópole

Podíamos continuar a falar de visitas - a casa de Jim Thompson também merece a sua atenção - de outros templos e do contraste que eles provocam nas novas construções, que enchem os céus de Banguecoque, onde, à semelhança do resto do país, existe uma verdadeira veneração aos seus reis. Mas agora é hora de falar da outra face da cidade.

Aquela onde pode assistir a um combate de Muay Thai, ou onde uma visita a um mercado nocturno se impõe. Desloque-se até Patpong e, depois de um jantar num dos muitos restaurantes da zona, entre no espírito do maior "red light district" de Banguecoque e onde existem muitos "go-go bars".

Falar da Banguecoque imperdível para quem gosta de compras é referir nomes como o MBK, o Siam Paragon e outros tantos centros comerciais - são muitos e de tão variadas temáticas que era impossível referi-los a todos. Se é um apaixonado por mercados e não se assusta de enfrentar verdadeiras multidões, o mercado Chatchuak, que só se realiza ao fim-de-semana, tem passagem obrigatória.

Ali, tem de tudo, e é mesmo tudo, desde roupa, a artesanato, itens para a casa, comida, antiguidades, plantas ou livros, distribuídos por mais de oito mil bancas. A área é gigante e, por isso, deve reservar, pelo menos, meio dia para a visita, preparando-se com roupas frescas, água na mochila e sapatos confortáveis.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:55 AM
A gastronomia tailandesa é outro ponto alto e reúne muitos adeptos pelo mundo inteiro, mesmo que possa ser ligeiramente (ou muito!) apimentada.

Se não gostar, lembre-se de ter a frase "no spicy" como a sua melhor amiga na visita à Tailândia, mas terá de dar um desconto: o pouco picante para um tailandês pode significar uma boca a arder para um europeu.

O lado tão cosmopolita de Banguecoque prolonga-se pelos jardins bonitos e bem arranjados que a cidade tem e onde, ao amanhecer, antes de irem para o trabalho, os tailandeses praticam aulas de ioga ao ar livre.

O parque Lumpini é um bom exemplo de um local relaxante, onde o bem-estar toma conta dos visitantes. As bebidas alcoólicas são proibidas e mesmo fumar só é possível em sítios específicos. As multas para quem prevaricar são elevadas.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:55 AM
Banguecoque é tudo isto e muito mais.

É sinónimo de viver uma experiência única e as probabilidades de querer voltar são grandes.

E, na segunda e terceira (ou quarta!) vez que visitar a cidade, terá sempre algo novo para ver.

Na bagagem vai trazer, certamente, o cumprimento tailandês de boas-vindas, com as mãos juntas, num inclinar ligeiro de cabeça para a frente e um rasgado sorriso. Esta é a terra deles, os sorrisos!

Paulo Santos
05-03-2017, 11:56 AM
Entre o mercado flutuante e a ponte do rio Kwai

Uma visita a Banguecoque sem uma passagem por um mercado flutuante fica, claramente, incompleta. Falamos, por exemplo, do Damnoen Saduak, onde pode chegar de forma independente, mas vai demorar algum tempo, até porque é afastado de Banguecoque. Por isso, mesmo que contratar um guia não seja a opção que mais gosta, pondere-a neste caso.

Por um preço razoável (entre os 13 e os 25 euros, dependendo do local onde compra e de ser privado ou não), terá direito a um longo dia de passeio, que não se esgota no mercado flutuante.

As sensações são fortes por ali. E se não conseguir comer nada que os vendedores vão cozinhando em grandes panelas colocadas meticulosamente em pequenos fogões dentro das balsas que andam pelo rio, atreva-se pelo menos a comprar qualquer coisa - não vai querer perder a oportunidade de expor na sua sala um "pedaço" do mercado flutuante, ou vai?

Paulo Santos
05-03-2017, 11:57 AM
Mas era do rio Kwai, e da sua famosa ponte, imortalizada pelo filme que lhe dá nome e que, por acaso, até foi filmado no Sri Lanka, que lhe queríamos falar.

A Ponte do Rio Kwai, situada em Kanchanaburi, fica a cerca de duas horas de carro de Banguecoque, mas perto do mercado flutuante. Daí a conveniência de pagar por um guia privado. Ou, então, pode mesmo optar por ficar nesta região e dali partir à descoberta da Tailândia.

Estar na Ponte do Rio Kwai é um pouco como "pisar" a História e a obra ferroviária que os japoneses planearam, em plena II Guerra Mundial, para ligar Myanmar à Tailândia e que "deram" aos inimigos ingleses e norte-americanos para ser construída. Quando estiver na ponte, que ainda mantém os arcos originais, vai sentir-se a recuar no tempo, especialmente se, antes de a visitar, fizer uma paragem no cemitério de guerra, que serve para os tailandeses homenagearem os soldados que combateram no país.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:57 AM
Como ir


Hoje em dia, é relativamente acessível chegar a Banguecoque, apesar de não existir viagem directa desde Lisboa.

No entanto, e escolhendo bem a companhia aérea, pode fazer a viagem por menos de 500 euros, com apenas uma escala,
num país do centro da Europa ou até do Médio Oriente.

Paulo Santos
05-03-2017, 11:58 AM
Onde ficar


Em qualquer sítio de Banguecoque onde exista uma estação de BTS - um metro aéreo e que serve todos os pontos turísticos da capital da Tailândia - ficará bem instalado. Depende também do que procura e da animação que quer ter. A propósito, se optar pelo BTS, a solução de bilhete diário é a mais económica: custa 3,80 euros, mas dá-lhe viagens ilimitadas durante um dia.

Os táxis, por exemplo, são muito baratos, mas enfrentar o caótico e congestionado trânsito da capital tailandesa pode tirar a tranquilidade a qualquer um.

Certo é que em Banguecoque gasta o que quiser, mas há alojamentos claramente baratos. Um hotel de 3 estrelas andará à volta dos 20 euros por quarto para casal e a mesma acomodação num hotel de 4 estrelas, com uma boa classificação, vai custar-lhe 45 euros.







Onde ficar


Em qualquer sítio de Banguecoque onde exista uma estação de BTS - um metro aéreo e que serve todos os pontos turísticos da capital da Tailândia - ficará bem instalado. Depende também do que procura e da animação que quer ter. A propósito, se optar pelo BTS, a solução de bilhete diário é a mais económica: custa 3,80 euros, mas dá-lhe viagens ilimitadas durante um dia.

Os táxis, por exemplo, são muito baratos, mas enfrentar o caótico e congestionado trânsito da capital tailandesa pode tirar a tranquilidade a qualquer um.

Certo é que em Banguecoque gasta o que quiser, mas há alojamentos claramente baratos. Um hotel de 3 estrelas andará à volta dos 20 euros por quarto para casal e a mesma acomodação num hotel de 4 estrelas, com uma boa classificação, vai custar-lhe 45 euros.

Paulo Santos
05-03-2017, 12:01 PM
Dica de ano novo


Se está a pensar viajar para a Tailândia em Abril, ajuste as datas para poder viver o Songkran, que é a celebração tradicional do ano novo tailandês e é o feriado mais importante do país. Este ano, celebra-se entre os dias 13 e 15 e prepara-se para entrar na festa, com pistolas de águas. O banho é garantido e, segundo a crença tailandesa, serve para lavar os pecados do ano anterior. Mas servirá também para se refrescar. E que bem lhe vai saber, tendo em conta que é o mês mais quente do ano [as temperaturas podem passar dos 40 graus] e com um nível de humidade altíssimo.
Moeda


Baht tailandês 1€: 36 THB