careca
08-10-2012, 08:58 PM
Tentando dar uma explicação sobre o que é o Forex, deixo aqui a minha visão pessoal sobre o assunto:
O "Foreign exchange market" ou mercado de câmbio de moeda, é um mercado onde determinada moeda é trocada por outra, tendo em vista a valorização da segunda em detrimento da primeira. Este mercado é o maior do mundo, negociando por dia ( com dados de abril de 2010, segundo estatisticas do BIS http://www.bis.org/publ/rpfx10.htm ) cerca de 4 Trilliões de USD's por dia, por comparação o PIB Brasileiro é de 2,48 Triliões de USD's ( segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2093 ), ou seja por dia é negociado quase 2 vezes mais Forex em todo o mundo, que o que a economia Brasileira gera por ano.
As moedas são negociadas, umas contra as outras. Cada par é consituído por um produto individual representado por XXX/YYY, onde YYY é o ISO 4217, que rebrpresanta o padrão internacional que define códigos de três letras para as moedas correntes, definido pela International Organization for Standartization ( ISO ).
A título de exemplo, EUR/USD é o preço do euro em Dollares americados, o que ao dia 09-10-2012, 1EUR = 1,29701 USD.
Obrigado pela atenção.
Trader Lusitano
09-10-2012, 11:37 PM
Boa noite ao Ilustre Fórum!
Forex majors: os principais pares de divisas.
O mercado forex é um mercado global que transacciona as moedas de todas as economias do mundo. No entanto, alguns pares de moedas são considerados como mais importantes do que outros, uma vez que transaccionam volumes muito superiores: são os chamados ‘majors'. Saber quais são os pares majors e como funcionam é fundamental para vencer no mercado forex.
O que são e quais são os majors?
Os majors são os pares de divisas que movimentam cerca de 80% do total do volume do mercado forex. Como tal, dispõem de grande liquidez, estão menos sujeitos a manipulações e explicam a maioria dos movimentos do mercado.
Os majors são compostos pelos seguintes pares:
EUR/USD: O euro é a moeda-base e o dólar americano a contra-moeda. Se comprarmos EUR/USD estamos a comprar euros e a vender dólares e, nesse caso, dizemos que temos uma posição longa. Se vendermos EUR/USD, estamos a vender dólares e a comprar euros; temos portanto uma posição curta no EUR/USD. Faz sentido abrir uma posição longa neste par se previrmos uma subida do euro em relação ao dólar, enquanto uma posição curta faz sentido se previrmos uma subida do dólar em relação ao euro.
USD/JPY: O dólar americano é a moeda-base e o iene japonês a contra-moeda. O raciocínio é idêntico.
USD/CHF: O dólar americano é a moeda-base e o franco suíço a contra-moeda.
USD/CAD: O dólar americano é a moeda-base e o dólar canadiano a contra-moeda.
AUD/USD: O dólar australiano é a moeda-base e o dólar americano a contra-moeda.
GBP/USD: A libra esterlina é a moeda-base e o dólar americano a contra-moeda.
Esta lista está ordenada por ordem de importância, sendo que os primeiros três pares representam mais volume de negociação, enquanto os últimos três têm menor volume e estão associados a commodities. A Austrália e a Nova Zelândia estão associadas ao ouro enquanto o Canadá está associado ao petróleo.
Os Estados Unidos e o dólar americano continuam a ser predominantes
O USD é ainda a moeda com maior volume de negociação a nível mundial, envolvendo 90% da negociação forex mundial. Os Estados Unidos da América continuam a ser maior economia do mundo. Embora se preveja dentro de alguns anos uma descida de posição para segundo lugar para a China, os Estados Unidos continuam a liderar a economia mundial.
Os Estados Unidos são actualmente uma economia predominantemente de serviços. A maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos provém de serviços financeiros, imobiliário, serviços às empresas e serviços de saúde. No entanto, a indústria americana continua a ser grande e competitiva e a sua influência no mercado global de operações comerciais é significativa, sendo a balança comercial americana a maior do mundo.
Como os Estados Unidos representam cerca de 20% do total do comércio mundial, a atenção ao valor e volatilidade do dólar é fundamental para a maior parte dos seus parceiros comerciais. Um dólar fraco tem um grande impacto nas exportações americanas, enquanto uma subida do dólar torna as importações mais baratas.
Os principais parceiros comerciais dos Estados Unidos são o Canadá, o México, a China, o Japão e a União Europeia. Se estes mercados abrandarem, isso influenciará o nível de exportações e o crescimento dos EUA. Por outro lado, se estes parceiros comerciais forem mais competitivos na produção de bens transaccionáveis, a produção será deslocalizada para esses países, afectando assim os níveis de emprego e crescimento dos EUA.
Como o USD é ainda considerado como uma moeda de reserva (dizemos ‘ainda' pois os atentados do 11 de Setembro e a crise financeira mundial vieram ameaçar este estatuto), os investidores procuram-no como refúgio em momentos de crise. Os Estados Unidos continuam a ser um local seguro e desenvolvido para se investir. Portanto, é necessário estar atento aos momentos em que a economia mundial está em crise, momentos em que os investidores compram dólares para se protegerem.
É importante salientar também que, à medida que o dólar vai perdendo esse estatuto, os investidores começam a olhar para o ouro como forma de cobertura de risco. O ouro tem portanto uma correlação inversa com o dólar americano. Quando o USD sobe, o ouro desce e vice-versa.
Uma boa forma de avaliar a saúde do dólar é analisar o dollar índex (índice do dólar), que é calculado a partir de uma média de seis divisas transaccionadas contra o dólar. São elas o EUR, JPY, GBP, CAD, CHF e SEK. Apesar de poder estar forte, quando negociado contra uma divisa em particular, o dólar pode estar fraco quando comparado contra o cabaz de divisas. É portanto um bom indicador a que os investidores institucionais costumam dar particular importância.
A Zona Euro
A zona euro é a segunda maior economia do mundo. Portanto, o euro disputa actualmente o protagonismo do dólar enquanto moeda de reserva. Com uma economia desenvolvida e aberta a transacções comerciais com o exterior, a zona euro é um destino atraente para os investidores internacionais, pelo que grandes quantias de capital lhe têm sido dirigidas, à medida que a divisa se estabelece cada vez mais nos mercados internacionais.
Com a procura de euros a aumentar no passado recente, temos assistido a uma valorização crescente do euro em relação ao dólar.
Os principais parceiros comerciais do euro são os Estados Unidos, a China, a Suíça e o Japão. A economia da zona euro, à semelhança do que acontece com a economia americana é composta essencialmente por serviços de grande valor acrescentado, sendo grande parte da produção deslocalizada para países da Ásia.
Importante para compreender o funcionamento do euro é analisar a actuação do Banco Central Europeu (BCE). Como, com a introdução do euro, os Estados Membros perderam a sua autonomia monetária, o BCE assumiu a liderança quanto à política comum da UE, sendo actualmente responsável por dirigir as medidas de controlo da inflação, bem como de controlar a dívida e défices públicos dos Estados Membros. O BCE actua nos mercados como fonte de financiamento do sistema bancário, injectando ou enxugando liquidez.
Ao contrário do que acontece com outras economias, a zona euro é regulada por um banco central que procura servir os interesses de vários países diferentes. Embora a evolução do euro enquanto divisa internacional tenha sido notável nos últimos anos, convém ter atenção às economias periféricas e à fidelidade dos diversos países à moeda única. Se desacreditarem o euro poderão colocar em causa a sua estabilidade e mesmo o seu futuro.
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