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View Full Version : Empresas Pirâmide



Trader Lusitano
25-07-2013, 10:32 PM
Além da TelexFREE, empresas que são investigadas por pirâmideForça tarefa do Ministério Público investiga no momento 30 empresas suspeitas de praticar pirâmide financeira, além da TelexFREE. Elas também correm risco de ter bens bloqueados

http://exame3.abrilm.com.br/assets/images/2013/7/257929/size_590_Evento_de_divulgadores_da_TelexFREE.jpg?1 374789566
Evento para vendedores da TelexFREE: MP investiga mais 30 empresas suspeitas de operar
esquema de pirâmide. Órgão promete ajuizar mais ações judiciais já em agosto

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:33 PM
São Paulo – Uma força tarefa montada pelo Ministério Público (http://exame.abril.com.br/topicos/ministerio-publico) investiga neste momento 30 empresas suspeitas de operar esquemas de pirâmide financeira, mesma acusação que recai sobre a TelexFREE (http://exame.abril.com.br/topicos/telexfree) e a BBom, ambas com bens bloqueados na justiça atualmente. Parte dessas companhias poderá ter destino semelhante no mês que vem, quando o Ministério Público promete ingressar com mais ações judiciais.

A força tarefa, formada por promotores e procuradores, não divulgará os nomes das empresas até que os processos tenham sido encaminhados à justiça, como já é o caso da BBom e TelexFREE.
Sabe-se que, além das duas, a Multiclick e Nnex também são investigadas. Todas negam a prática de pirâmide financeira e afirmam atuar a partir do marketing multinível (veja mais ao fim da matéria).
O bloqueio de bens pedido pelo Ministério Público visa garantir que os ativos das empresas fiquem disponíveis para ressarcir possíveis prejudicados, caso fique comprovado o esquema.
Os potenciais prejudicados nesses casos podem chegar à casa de centenas de milhares.

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:33 PM
A BBom, por exemplo, possui 200 mil associados no Brasil.

E estima-se que a TelexFREE tenha mais de 450 mil divulgadores, como são chamados os vendedores da empresa. Todos estão sem receber.
Desde que ambas tiveram as atividades paralisadas – ficaram proibidas de pagar e receber dinheiro, assim como de comercializar produtos – vários grupos saíram às ruas para protestar em diferentes partes do Brasil, alegando que foram prejudicados pela decisão daJustiça (http://exame.abril.com.br/topicos/justica) de Goiás, no caso da primeira, e do Acre, no caso da TelexFREE, ambas em primeira instância.
“O que MP está fazendo é proteger os consumidores. Num primeiro momento, quem fica com dinheiro bloqueado fica com raiva. Mas assim ainda tem chance de receber de volta. Se esperássemos (até o esquema ruir), não iriam receber nada”, afirma a procuradora da República de Goiás, Mariane Mello.

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:34 PM
Boom
Para o MP, o Brasil vive hoje um “boom” de operações de empresas cujo único intuito é conseguir novos associados e não vender produtos, em um esquema que tem sempre data para morrer, já que não é possível - matematicamente - angariar novos integrantes indefinidamente.
“Hoje o poder de proliferação de uma empresa desse tipo é impressionante. Nasce e amanhã está no Brasil inteiro”, afirma Mariane Mello, em referência ao poder que as redes sociais estão tendo para espalhar esquemas de pirâmide financeira.

Basicamente, o sistema consiste em criar uma cadeia estruturada para gerar dinheiro pela adesão de novos associados, que pagam taxas, e não pela venda dos produtos, que ficam como um negócio de fachada. Quando a entrada de pessoas cessa, a cadeia vem abaixo, trazendo prejuízo para a maioria dos envolvidos, que não recuperam o investimento feito.

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:34 PM
No Brasil, a pirâmide financeira é considerada crime contra a economia popular (Lei 1.521/51 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l1521.htm)).
No caso do marketing multinível, no entanto, a remuneração dos vendedores é atrelada basicamente à venda de produtos, embora possa haver premiações para quem angariar novos pessoas.
Todas as empresas alegam em defesa operar de maneira sustentável no âmbito do marketing multinível, incluindo a TelexFREE, através da venda de serviços de telefonia via internet (VOIP), e a BBom, a partir da venda de rastreadores de veículos.
A Procuradoria Geral da República recomenda que associados de empresas suspeitas de praticar pirâmide financeira guardem todo tipo de comprovante dos gastos feitos, incluindo depósitos, e-mails trocados, cópia dos cheques usados, recibos e contratos, para que possam se tornar posteriormente credores das companhias.
Mesmo assim, dependendo do montante bloqueado, nem sempre é possível reaver o que foi investido.

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:35 PM
Site brasileiro da TelexFREE avisa o visitante que a empresa está impedida de vender o
serviço VOIP ou pagar seus divulgadores

http://exame1.abrilm.com.br/assets/images/2013/7/257925/size_590_Site_brasileiro_da_TelexFREE.jpg?13747892 25

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:35 PM
Funcionários da TelexFREE, BBom e Multiclique protestam em Brasília contra liminar que paralisou
operações da primeira: vendedores estão sem receber dinheiro

http://exame0.abrilm.com.br/assets/images/2013/7/257425/size_590_Funcion%C3%A1rios_da_TelexFREE_protestam_ em_Bras%C3%ADlia.jpg?1374770094

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:57 PM
TelexFREE terá que devolver R$ 101 mil à pessoa prejudicadaEm 1º decisão do tipo, Justiça do MT determinou que advogado seja restituído integralmente de investimento feito na TelexFREE. Empresa, no entanto, está com bens bloqueados
São Paulo - Um advogado de Rondonópolis, no Mato Grosso, conseguiu garantir na Justiça o direito a ter o dinheiro investido na TelexFREE (http://exame.abril.com.br/topicos/telexfree) de volta. Decisão da 3º Vara Cível da cidade determinou na última sexta-feira que a empresa pague ao divulgador – como são chamadas as pessoas que vendem os supostos produtos da companhia – a quantia de 101,5 mil reais.

É o primeiro caso registrado de decisão judicial que obriga a empresa a restituir alguém prejudicado pela paralisação das operações, que permanece desde junho por determinação da Justiça (http://exame.abril.com.br/topicos/justica) do Acre.
O montante de 101 mil reais foi pago pelo advogado Samir Badra Dib, vice-presidente da OAB de Rondonópolis, justamente no dia em que a empresa teve os bens bloqueados e foi proibida de continuar a pagar vendedores ou oferecer serviços.
Por causa da paralisação dos pagamentos, divulgadores têm feito protestos (http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/bloqueio-de-acessos-ao-aeroporto-de-brasilia-e-suspenso) em todo o país pedindo a reversão da medida judicial, como pode ser visto na foto acima.

Trader Lusitano
25-07-2013, 10:58 PM
A TelexFREE é acusada de operar sob o esquema de pirâmide financeira, conhecido por oferecer remuneração aos vendedores não pela venda de produtos, mas pela cooptação de novos divulgadores. O sistema se mantém pela contínua adesão de pessoas, remunerando bem um (pequeno) grupo que chega primeiro, mas acaba ruindo quando o fluxo de novas entradas chega ao limite, deixando, muitas vezes, milhares de pessoas no prejuízo.
A TelexFREE nega e afirma que pratica marketing multinível, quando há recompensa pela adesão de novos vendedores, mas a renda dos envolvidos tem lastro no comércio dos produtos. No caso em questão, serviços de telefonia pela internet (VOIP).
Com ativos bloqueados, a empresa, no entanto, não tem como pagar a quantia determinada. Por isso, a juíza, Milene Aparecida Pereira Beltramini, pede que a Justiça do Acre desbloqueie o valor, que seria então depositado em uma conta do TJ-MT até o desfecho do caso.
Advogados da companhia continuam travando uma batalha judicial para reverter a decisão de um mês atrás. Pelo menos oito recursos já foram negados pelo TJ-AC. A TelexFREE chegou a oferecer como garantia (http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/telexfree-oferece-r-660-milhoes-para-voltar-a-funcionar) o valor de 660 milhões de reais para voltar a operar.