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Falcões vs pombas do BCE.
O Federal Reserve pode ter finalmente decidido que a inflação estava alta demais para ser ignorada, mas o debate sobre o aumento dos preços no Banco Central Europeu ainda está em andamento .
No inicio deste mês o BCE elevou suas projeções de inflação para acima de sua meta de 2% para este ano e em 2022, enquanto previa que a inflação cairia abaixo desse valor nos dois anos seguintes.
Entretanto, Klaas Knot, membro do conselho do BCE, disse em entrevista na quinta-feira que a inflação na zona do euro pode muito bem exceder as projeções atuais para os próximos anos, dizendo que as perspectivas do banco central podem se revelar muito otimistas. Ele tem uma visão diferente, e acredita que a chance de permanecermos presos acima de 2% é muito grande, mas não muito acima de 2%. Ao contrário do que Klass Knot acredita, Ignazio Visco, membro do Conselho do BCE, que afirmou na quinta-feira que as previsões de que a inflação na zona euro ficará abaixo de 2% em 2023 e 2024 estão expostas a riscos negativos e não apenas superiores.
Esse debate interno entre falcões e pombos dentro do BCE provavelmente vai durar algum tempo e ele pode esquentar.
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Revolução no mercado de câmbio.
O presidente Jair Bolsonaro acaba de sancionar a Lei 14.286/2021, que dispõe sobre o mercado de câmbio brasileiro.
Conhecida como o novo marco cambial do país, o texto moderniza a legislação atual — que é de 1935 — e, de acordo com o Banco Central, representa uma revolução no mercado de câmbio.
Mudança do teto do valor permitido durante viagens internacionais para US$ 10 mil ou equivalente.
O limite é alinhado com o de outros países e substitui o antigo teto de R$ 10 mil, que ficou defasado com a desvalorização do real.
Liberação das operações diretas de compra e venda de moeda estrangeira entre pessoas físicas.
Elas devem ser feitas em espécie, de forma eventual e não profissional, respeitando o limite de até US$ 500.
Para quem já voltou de viagem com uma quantia em dólar e repassou para um amigo que pagou em reais, acredite se quiser: isso era proibido. Agora, com o novo marco cambial, as trocas estão liberadas.
Ampliação das possibilidades de abertura de conta corrente em dólar no Brasil.
Pela lei atual, a abertura de contas corrente em dólar é limitada a algumas empresas, como corretoras, administradoras de cartão de crédito e seguradoras. Agora, essa permissão poderá ser estendia para outras empresas que consigam justificar a necessidade.
Na prática, basicamente, a mudança estimula o uso da moeda estrangeira em território nacional. Mais bancos devem permitir operações em dólar e isso estimula que empresas e, consequentemente, pessoas se aproveitem disso.
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Índice do medo "VIX" sobre o S&P 500 passa marca de maior risco nos próximos dias
Desde o dia 18 o ‘índice do medo’ VIX, que mede a volatilidade dos ativos da Bolsa dos EUA, segue sua trajetória de alta, sob os holofotes das incertezas que pairam sobre as opções das 500 ações da Standard & Poor’s (S&P 500), o principal índice acionário dos Estados Unidos.
Nesta terça (25), o S&P 500 VIX rompeu a marca dos 30, considerada a mais expressiva do risco sistêmico de volatilidade e nervosismo para os próximos 30 dias.
Às 11h20 (Brasília) está acima de 33, variando em alta de 10% a 11%, e se alinha às condições da crise envolvendo a Rússia e o Ocidente, ante o risco de um conflito militar na Ucrânia, além dos sinais de que em março possa começar ajustes nas taxas de juros dos Estados Unidos.
Amanhã será publicado o resultado da reunião do da Reserva Federal dos EUA (FED), onde a questão inflacionária nos EUA deverá prevalecer a favor do primeiro aumento das taxas em 2022, segundo estimativas de analistas do país.
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Brasil vai zerar o IOF cambial até 2029 para acelerar adesão à OCDE.
O Ministério da Economia informou nesta sexta-feira que o governo decidiu zerar a incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em operações com moeda estrangeira até 2029. A intenção é acelerar a adesão do país à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
De acordo com a pasta, a redução será gradual e deve começar já em 2022, inicialmente com operações de entrada e saída de recursos estrangeiros de curto prazo, de até 180 dias. As mudanças serão feitas por meio de decreto presidencial.
Em nota, o ministério disse que o corte do imposto vai contemplar quatro faixas de incidência do IOF cambial, com reduções graduais para cada faixa.
A primeira envolverá as operações de curto prazo. O segundo abrangerá transações com cartões de crédito ou débito, cheques de viagem e cartões pré-pagos internacionais. A terceira, por sua vez, englobará operações de câmbio para aquisição de moeda estrangeira à vista no Brasil e para transferência de recursos de residentes no país para disponibilidade no exterior. Por fim, o quarto grupo envolverá as demais operações de câmbio.
A pasta ressaltou que no caso de crises futuras, as regras da OCDE permitem a adoção de medidas prudenciais, desde que não sejam discriminatórias ou com alíquotas excessivas.
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Semana começa com expectativas sobre a Selic.
Esta semana terá como principal evento econômico a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. A expectativa é que o grupo eleve a taxa Selic (sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) em 1,5 p.p., fazendo com que os juros subam de 9,25% a.a. para 10,75%, a.a.. Assim, a taxa voltaria para os dois dígitos pela primeira vez após quatro anos e meio.
É válido observar que essa é a primeira reunião do ano do Copom acontece em meio às incertezas sobre a atividade econômica e uma inflação pressionada. Na semana passada, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 ) surpreendeu o mercado ao alcançar os 0,58%, quando o esperado era de 0,43%.
Segundo dados do Boletim Focus divulgado nesta manhã, o mercado espera que a taxa Selic encerre 2022 aos 11,75% a.a.. Porém, as previsões para a inflação pioraram desde a semana passada, subindo de 5,15% para 5,38%.
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Bacen eleva taxa Selic para 10,75% como isso te afeta.
Ontem, o Banco Central elevou a taxa Selic para 10,75% ao ano, a primeira vez acima de dois dígitos desde 2017.
A Selic é nossa taxa básica de juros. Quando pegamos um empréstimo no banco, por exemplo, há um juros a ser pago. Agora, a taxa que rege todos esses juros, a Selic aumentou. Em outras palavras, o crédito ficou mais caro.
Se o preço para financiar um apartamento aumentou, provavelmente você vai pensar duas vezes antes de assinar o contrato, assim, menos dinheiro circulando. Outro cenário que resulta do aumento da Selic é se um empresário tinha uma grande ideia, mas precisava de um empréstimo para executá-la, agora o risco de pegar esse dinheiro cresceu, porque os juros ficaram mais caros. Assim, na prática, o aumento de juros é uma medida para frear a economia, e a inflação.
Ai nos perguntamos: “Mas por que fazer isso? Não é melhor estimular?”
Essa estratégia é a mais comum para conter a inflação que bateu 10,06%, bem acima do teto da meta, que era de 5,25%. O raciocínio é o seguinte: as pessoas e empresas vão gastar menos, e os preços vão diminuir.
E para os investidores? Para quem investe, a principal mudança é uma melhora no retorno dos investimentos de renda fixa.
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