Outros negócios Poucos meses depois da venda, já em 2008, Chicani criou a benCorp, que gerencia benefícios de saúde e de qualidade de vida concedidos por empresas a seus funcionários. A estratégia da benCorp é prospectar clientes entre pequenos e médios negócios que precisam criar formas de aumentar a produtividade ao diminuir os riscos de doença entre seus funcionários
No ano passado, a benCorp faturou 10 milhões de reais, 17% mais do que em 2011. Há cerca de dois anos, Chicani fundou a Club Saúde, emissora de cartões de saúde pré-pagos, destinados a quem não tem plano de saúde mas quer ter acesso a exames e consultas básicas.
Na Club Saúde, Chicani é sócio da família Gouvêa, acionista da rede varejista carioca Leader Magazine. Boa parte da base de clientes da Club Saúde é composta de quem tem crediário na Leader. A expectativa é que o faturamento chegue a 17 milhões de reais em 2013, mais que o dobro do ano passado.
26-07-2013, 08:51 AM
Trader Lusitano
O momento mais difícil Em 1997, a DentalCorp quase faliu depois que Chicani investiu algo em torno de 30 000 dólares em equipamentos e na abertura de novos consultórios e escritórios. "Eu estava empolgado", diz ele. "Achei que conquistaria grandes clientes." O problema é que alguns contratos importantes não se concretizaram — e o investimento feito por Chicani acabou não dando o retorno previsto. "Pensei que fosse o fim da linha", diz. Para se recuperar, Chicani precisou vender boa parte dos equipamentos, fechar um escritório no Rio de Janeiro e voltar a atender como dentista para levantar mais dinheiro.
26-07-2013, 08:51 AM
Trader Lusitano
A lição A gestão de Chicani é baseada no cumprimento de metas bem claras. Essa é uma premissa que pode parecer básica — e é mesmo, porém poucos empreendedores a cumprem religiosamente. Há poucos meses, Chicani precisou tomar uma decisão difícil para poder seguir seu planejamento.
Ele de*cidiu comprar os 12% da benCorp que pertenciam a dois sócios. "Fiz isso porque a empresa não atingiu a meta de expansão de 2012”, diz Chicani. (Quando criou a Club Saúde, em 2011, Chicani havia se retirado do dia a dia da operação da benCorp e ficou apenas no conselho.) “A empresa faturou 10 milhões de reais, mas a meta era alcançar 14 milhões”, diz ele. “Objetivos bem definidos estão na essência de todas as minhas decisões.”
26-07-2013, 08:51 AM
Trader Lusitano
Ele vende empresas como ninguém O começo O engenheiro Marcos Wettreich, de 49 anos, é o mais serial entre os empreendedores seriais desta reportagem. Como sócio ou fundador, Wettreich já se envolveu na criação de pelo menos 15 empresas. A soma do valor de venda de duas delas supera os 100 milhões de reais. Sua primeira criação, a Saga, desenvolvedora de redes locais de computadores, foi fundada quando Wettreich tinha 22 anos, junto com quatro colegas de faculdade.
26-07-2013, 08:51 AM
Trader Lusitano
A primeira venda A Saga foi vendida para um grupo francês em 1987, dois anos depois de ser fundada, por 500.000 dólares. Desse total, 400.000 foram investidos na empresa e o restante foi dividido entre os fundadores. Em 1989, depois de se desentender com os sócios, Wettreich saiu da empresa com mais 17.000 dólares.
26-07-2013, 08:52 AM
Trader Lusitano
Outros negócios No começo dos anos 90, Wettreich criou a Mantel, que organizava eventos sobre tecnologia para atender ao incipiente mercado brasileiro de TI. Segundo estimativas de mercado, a Mantel chegou a faturar 8 milhões de dólares ao ano e gerar um lucro de 45% das receitas. Em 1995, Wettreich fundou o prêmio iBest, que reconhecia os melhores sites e se tornou uma referência na recém-lançada in*ternet comercial. Em 2001, quando o iBest virou provedor de acesso e de conteúdo gratuito, a Brasil Telecom comprou 13% de seu capital. A empresa acabou assumindo o controle do iBest em 2002 numa negociação estimada em 50 milhões de reais.
26-07-2013, 08:52 AM
Trader Lusitano
Antes disso, em 2001, Wettreich vendeu a MLab, empresa de consultoria de marketing digital fundada cinco anos antes, para a mexicana Neoris por estimados 35 milhões de dólares. Sua última criação, a gerenciadora de programas de fidelidade Brasil C/T, parece estar próxima de ser vendida.
Wettreich não deu entrevista para esta reportagem, justificando estar "em meio a um processo que não permite exposição". A Brasil C/T tem como sócio o Santander, e fontes próximas a Wettreich revelaram a Exame PME que o banco deve fazer um novo aporte — o que pode significar assumir o controle.
26-07-2013, 08:52 AM
Trader Lusitano
O momento mais difícil Algumas das iniciativas de Wettreich não vingaram. Sua maior decepção talvez tenha sido a MantelMedia, editora que chegou a distribuir quatro revistas sobre tecnologia. De acordo com informações publicadas naquela época, o ano de 1997 foi o primeiro na vida de Wettreich em que ele não obteve lucro, por causa dos altos custos das publicações. As dívidas atingiram cerca de 2,5 milhões de dólares, o que obrigou Wettreich* a vender um título e a fechar os outros. Mais recentemente, Wettreich fechou o agregador de vídeos WeShow, criado em 2007 para organizar vídeos postados em sites como o YouTube. "O mercado não viu muito sentido na iniciativa naquele momento", diz um empreendedor do setor. Em meados de 2008, o WeShow foi encerrado depois de não dar o retorno esperado sobre os estimados 6 milhões de dólares investidos em sua formação.
26-07-2013, 08:52 AM
Trader Lusitano
A lição As empresas de Wettreich estão sempre prontas para ser vendidas. Essa é uma característica de quem mantém uma gestão transpa*rente e consegue diminuir os riscos que depreciam o valor de uma empresa, como a dependência exagerada de um só cliente ou fornecedor, alta inadimplência ou enroscos tributários e trabalhistas. "São cuidados que deveriam ser seguidos por qualquer empreendedor, mesmo que não esteja nos planos vender a empresa ou receber aportes de fundos de investimento", afirma o consultor Reinaldo Grasson de Oliveira, da Deloitte.
26-07-2013, 08:53 AM
Trader Lusitano
4 perguntas essenciais antes de investir em franquias
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