Tribunal de Itália rejeita resgate ao banco Monte dei Paschi di Siena
Um tribunal italiano rejeitou um recurso interposto pelo banco Monte dei Paschi di Siena para que este recebesse 3,9 mil milhões de euros em ajuda do Estado.
O tribunal em Roma rejeitou a queixa do grupo Codacons que alegava que o banco de Itália e outros reguladores não tinham monitorizado de forma adequada as actividades do banco Monte dei Paschi di Siena, segundo noticia a Bloomberg.
Como parte do processo, o grupo Codacons teve acesso a uma opinião técnica do banco central sobre o Monte Paschi, esboçada no mês passado, mas que ainda não foi divulgada ao público. O banco central disse há duas semanas que as afirmações do grupo Codacons eram “inadmissíveis e sem fundamentação”.
“Bloquear a ajuda irá ferir a credibilidade de Itália”, afirmou Alessandro Frigerio, gestor de fundos da RMJ Sgr em Milão. “Nunca vimos um procedimento do governo, apoiado pelo banco central e obstruído pela justiça”.
As partes poderão ainda apelar ao Conselho de Estado dentro de 30 dias.
As acções do Monte Paschi encontram-se hoje a subir 2,39% para 0,2272 euros, tendo já avançado um máximo de 3,52%. De JN
Mais um ano de ajustamento? “É demasiado cedo para responder”, diz BCE
Benoît Coueré, membro do conselho executivo do BCE elogia passos dados por Portugal na frente orçamental, mas diz que nada está decidido quanto à concessão a Portugal de mais um ano para o ajustamento orçamental.
Benoît Coueré, membro do conselho executivo do BCE, elogiou esta manhã o desempenho de Portugal em termos de reformas estruturais e em especial na frente orçamental, chegando mesmo a afirmar que o país “deu passos impressionantes” em termos de sustentabilidade de dívida. Contudo, quando questionado, sobre a possibilidade de Portuga ter mais um ano para o ajustamento orçamental, Coueré respondeu: “é demasiado cedo para responder”. Mais...
BCE: “Não há alternativa credível” à consolidação orçamental
Consolidação orçamental e políticas de crescimento não se substituem, complementam-se, defendeu hoje em Lisboa Benoît Coueré, membro da comissão executiva do BCE.
Os países da Zona Euro sob pressão financeira devem continuar os seus processos de ajustamento orçamental. Essa é a única de forma de recuperar a confiança dos mercados e a credibilidade, defendeu hoje em Lisboa Benoît Coueré.
“Os progressos em termos de ajustamento orçamental já impulsionaram a confiança no mercado, como indica a emissão bem-sucedida de obrigações de Portugal e Irlanda”, afirmou, acrescentado que “não há outra alternativa credível” para o país conseguir corrigir os seus desequilíbrios, garantir a sustentabilidade da dívida e regressar aos mercados e ao crescimento. Mais...
25-02-2013, 12:42 AM
Trader Lusitano
BCE: Dificuldade de financiamento das PME “é claramente uma ameaça” à retoma
O acesso a financiamento das grandes empresas está a ficar normalizado na Zona Euro e a prioridade de 2013 passará a ser o acesso das pequenas e médias empresas (PME).
O BCE voltou esta manhã a frisar os riscos para a recuperação económica decorrentes das dificuldades de acesso a crédito pelas PME, um problema agravado nos países sob ajustamento. Benoît Coueré, membro do conselho executivo do BCE, afirmou que este é um tema prioritário na política anticrise do banco central em 2013.
“As PME empregam cerca de três quartos da mão-de-obra da área do euro e geram cerca de 60% do seu valor acrescentado e eu sei que aqui em Portugal os números ainda são maiores”, afirmou esta manhã em Lisboa, acrescentando que “o acesso restrito a financiamento pelas PME em vários países da área do euro é claramente uma ameaça para a recuperação económica”, lê-se no discurso que leu esta manhã na conferência em que foi orador na Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Mais...
Banca europeia só devolve ao BCE metade dos reembolsos previstos
A partir da próxima semana, os bancos podem começar a amortizar os empréstimos de emergência concedidos em Fevereiro de 2012, aquela que foi a segunda operação de injecção de capital do BCE para estimular o mercado interbancário. Serão reembolsados 61 mil milhões de euros, abaixo dos 122,5 mil milhões estimados.
Os bancos europeus só vão devolver metade do montante esperado nos reembolsos antecipados do segundo empréstimo de emergência de longo prazo feito em Fevereiro do ano passado.
O Banco Central Europeu anunciou, em comunicado, que 356 instituições financeiras vão devolver 61 mil milhões de euros dos empréstimos de longo prazo (LTRO, na sigla inglesa) injectados no mercado em 2012. Mais...
25-02-2013, 11:15 AM
The Money Man
França e Alemanha querem negociar sobre Chipre
Os ministros de Finanças da França e Alemanha defenderam hoje que as negociações para a concessão de um pacote de ajuda ao Chipre sejam retomadas em breve, após a conclusão da eleição presidencial no país neste fim de semana.
Em comunicado conjunto, Pierre Moscovici e o colega alemão, Wolfgang Schäuble, elogiaram o resultado da eleição cipriota, que permitirá a formação de um governo que dará prosseguimento às conversas sobre um programa de assistência financeira para Nicósia.
"As discussões devem ser retomadas logo, com o objetivo de fechar um acordo antes do fim de março. Pedimos à troica e às autoridades cipriotas que avancem para a finalização de um memorando de entendimento", disseram os ministros no comunicado.
O líder conservador do Chipre, Nicos Anastasiades, venceu ontem o segundo turno da disputa presidencial e prometeu que em breve garantirá um pacote de resgate, no valor de bilhões de euros, para evitar que o país decrete moratória.
"...temos confiança que o novo governo vai acelerar significativamente o ritmo das reformas para assegurar crescimento sustentável e estabilidade fiscal e financeira, que são do interesse do Chipre e da zona do euro como um todo", acrescentaram os ministros no comunicado. As informações são da Dow Jones.
25-02-2013, 11:16 AM
The Money Man
Schäuble critica BCE por declarações sobre França
O ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, em entrevista ao jornal alemão Stuttgarter Zeitung, criticou o Banco Central Europeu (BCE) por recentes declarações sobre o déficit da França e a ajuda fiscal ao Chipre.
Perguntado sobre o alerta do BCE de que a França precisa cumprir suas metas de déficit, o ministro respondeu: "A França vai cumprir seus compromissos europeus". "Não sei por que sempre tem alguém que acha que precisa desafiar os outros a fazer alguma coisa. Eu não fico pedindo que o banco central cumpra suas tarefas legais", afirmou Schäuble.
Na sexta-feira o comissário europeu Olli Rehn disse que a França poderia receber um ano extra para reduzir seu déficit orçamentário para o nível exigido de 3,0% do Produto Interno Bruto (PIB) porque o crescimento econômico do país tem sido mais fraco do que o previsto.
Com relação aos pedidos do BCE para que os líderes da zona do euro tomem uma decisão rápida sobre a ajuda fiscal ao Chipre, Schäuble declarou que se recusa a ser colocado sob pressão de prazos. "O BCE toma suas decisões sob sua responsabilidade e nós tomamos nossas decisões sob nossa responsabilidade", disse.
Schäuble e o ministro de Finanças da França, Pierre Moscovici, afirmaram que depois da vitória do candidato conservador Nicos Anastasiades para a presidência do Chipre, ontem, eles esperam um acordo sobre a ajuda antes do fim de março. As informações são da Market News International.
Portugal e Irlanda ainda não se qualificam para compras de dívida pelo BCE
Benoît Coueré, membro do conselho executivo do BCE, realçou hoje que nem Portugal nem Irlanda se qualificam ainda para os programas de compra de dívida do banco central.
O BCE voltou hoje a defender que Portugal precisa de emitir dívida pública mais vezes e em mais maturidades para se qualificar para o programa de compra de dívida pública do banco central. E nem mesmo a Irlanda, que tem servido de guia a Portugal na estratégia de regresso aos mercados, está apta a se qualificar para o programa baptizado de Transacções Monetárias Definitivas (OMT).
Questionado sobre as condições de elegibilidade para o OMT, Coueré afirmou que uma condição necessária é que o país tenha recuperado o acesso aos mercados, o que Portugal ainda não conseguiu: “Portugal mostrou bons progressos na recuperação do acesso aos mercados, mas diria que as condições ainda não estão reunidas”, respondeu, acrescentando que será preciso “uma cobertura mais extensa das maturidades de dívida e regularidade e repetição de emissões, o que ainda não foi conseguido e é natural”. Mais...
Portugal vai precisar de novo programa para aceder a mecanismo do BCE - Constâncio
Portugal terá que negociar um novo programa para poder beneficiar do mecanismo do Banco Central Europeu (BCE) para a compra de dívida soberana no mercado secundário, disse hoje, em Bruxelas, o vice-presidente da instituição, Vítor Constâncio.
Constâncio, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência, esclareceu que - para poder beneficiar do mecanismo OMT (sigla inglesa para Outwright Monetary Transactions, Transações Monetárias Definitivas), Portugal terá que negociar um programa com o Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla inglesa).
«Para o OMT se aplicar será necessária a existência de um programa com o ESM, para além do momento em que o programa que está neste momento em vigor acaba. Para além desse momento, será preciso um novo programa, por definição», disse.
Dinheiro Digital / Lusa
01-03-2013, 09:56 AM
The Money Man
BCE Progressos feitos nos países resgatados são "impressionantes"
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, considerou esta quarta-feira que os progressos feitos nos países da União Europeia sob programas de resgate têm sido “particularmente impressionantes” e que o progresso na implementação de reformas tem sido extraordinário.
Num discurso feito em Munique, o líder do BCE sublinhou, no entanto, que existem limites à actuação da política monetária e que a instituição que lidera irá continuar a cumprir o mandato que lhe foi conferido.
“Nós não podemos reparar orçamentos desequilibrados. Nós não podemos limpar bancos em dificuldades. Nós não podemos resolver problemas profundamente enraizados na base das economias europeias”, afirmou Mario Draghi.
Perante uma plateia alemã, de onde surgem habitualmente críticas à forma como o banco central tem atuado e o potencial impacto na inflação, Mario Draghi diz que o BCE leva “muito a sério” as preocupações sobre possíveis ameaças de aumento de inflação, apesar da liquidez do BCE “não aumentar o crédito ou o dinheiro na economia automaticamente, e assim não leva automaticamente a pressões sobre os preços na economia”.
Sobre as reformas que estão a ser implementadas nas economias, o italiano diz que estes esforços podem ter custos sociais elevados, mas que são o caminho para uma sociedade mais justa.
Estes custos sociais, diz o líder do BCE, são maiores porque os benefícios dessas reformas ainda não se materializaram, mas que este é o caminho para reduzir injustiças, tais como a evasão fiscal e o propagar do desemprego jovem.