São Paulo - Mantendo o desempenho de 2010, Itaú, Bradesco, Petrobras, Banco do Brasil e Skol continuam lideranto o ranking das 25 marcas mais valiosas do Brasil em 2011, divulgado hoje pela consultoria global Interbrand.
Juntas, as cinco marcas representam quase 75% do valor total das 25 posições, que chega a quase R$ 92 bilhões. “As marcas estão cerca de 18% mais valiosas esse ano”, avalia Alejandro Pinedo, diretor geral da Interbrand Brasil. O estudo destaca o retorno da Vale ao ranking de 2011, na oitava posição, com valor de R$ 2,65 bilhões. A última aparição da empresa na lista havia sido em 2009, quando valia R$ 3,1 bilhões.
Também com participação inédita no estudo, aparecem as marcas Cielo (14º - R$ 604 milhões), Caixa Econômica Federal (16º R$ 563 milhões), Extra (19º - R$ 496 milhões), Casas Bahia (20º - R$ 447 milhões), Pão de Açúcar (22º - R$ 389 milhões) e Ponto Frio (24º - R$ 232 milhões).
São Paulo - A nova empresa de telecomunicações ON, financiada pelo megainvestigor George Soros, planeja investir ao menos 500 milhões de reais (218 milhões de dólares) nos próximos três anos, afirmaram executivos da companhia nesta terça-feira, ampliando a competição no serviço de internet em um mercado em desaceleração.
Soros prevê investir ao menos 150 milhões de dólares, o que dará a ele a maior fatia da ON Telecom, que oferece conexão para residências e escritórios por meio das redes de celular de quarta geração (4G), informou o presidente-executivo da ON, Fares Nassar, a jornalistas.
A tecnologia, que visa regiões com déficit de cobertura de banda larga a cabo, estará disponível em algumas regiões do Estado de São Paulo.
Nassar disse que a companhia deverá se expandir para outras regiões do Brasil quando houver novos leilões para licenças 4G, o que demandará novos recursos de Soros, de outros investidores ou uma oferta pública inicial de ações (IPO).
07-08-2013, 07:23 AM
The Money Man
"Um choque de competição é sempre muito bom para o mercado", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, presente no evento de lançamento da ON, que também teve a presença do presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende. "Inclusive temos novas faixas que vamos leiloar esperando que Soros abra o bolso para comprar", disse Rezende. A nova empresa terá como alvo um nicho explorado nos últimos anos pela operadora de banda larga GVT, que oferece serviços de banda larga em regiões e segmentos de negócios pouco atendidos pelas empresas maiores. A francesa Vivendi, que comprou a GVT três anos atrás, suspendeu em março a venda da empresa brasileira depois que as ofertas de compra vieram abaixo do esperado. Uma das razões pelas quais a Vivendi considerou vender a GVT foi o custo dos investimentos, que atingiram 5 bilhões de dólares desde que a companhia francesa assumiu a empresa. Paralelamente, empresas de telefonia como Telefônica Brasil, TIM Participações e Oi estão focando em serviços de banda larga mais caros em meio a um cenário de desaceleração do mercado de telefonia celular no Brasil. No ano passado, o Soros Fund Management, sediado nas Ilhas Caimã, recebeu aprovação dos reguladores para assumir a Sunrise Telecomunicações, a holding que controla a ON Telecom. Em setembro, a Sunrise adquiriu lotes para operar frequências 4G cobrindo 133 municípios de São Paulo.
16-08-2013, 11:57 AM
Trader Lusitano
Lucro líquido do BNDES aumenta 20,4% no primeiro semestre do ano
Rio de Janeiro, 14 ago (EFE).- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou seu lucro líquido em 20,4% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando aos R$ 3,261 bilhões, informou nesta quarta-feira a entidade financeira.
O crescimento do lucro do BNDES se deu principalmente pelo financiamento de projetos de investimento, segundo um comunicado.
A taxa de inadimplência caiu de 0,06% em dezembro para 0,02% em junho, a menor em cinco anos, o que "reflete a robustez de sua carteira de crédito", segundo o banco.
Os ativos totais somaram R$ 729 bilhões no final de junho, com um aumento de 1,9% em relação ao fechamento de 2012. EFE
16-08-2013, 11:57 AM
Trader Lusitano
BNDES desembolsa quantia recorde de R$ 88,3 bilhões no semestre
Rio de Janeiro, 14 ago (EFE).- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou a quantia recorde de R$ 88,3 bilhões em empréstimos no primeiro semestre do ano, informou nesta quarta-feira a instituição.
Os desembolsos realizados pelo banco de fomento nos primeiros seis meses deste ano superaram em 65% os que foram feitos no mesmo período de 2012, segundo o balanço divulgado pelo BNDES.
Os créditos aprovados -e ainda não desembolsados- também alcançaram um recorde no primeiro semestre, de R$ 91,100 bilhões, valor 26% superior ao do mesmo período do ano anterior.
"Registramos o desempenho mais forte historicamente para um primeiro semestre tanto em desembolsos como em aprovações (de créditos)", afirmou o presidente da instituição, Luciano Coutinho, em entrevista coletiva.
Dos recursos desembolsados, R$ 42,6 bilhões, cerca de 48,25%, foram concedidos às empresas para a compra de máquinas e equipamentos, crescimento de 230% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Por setores, a indústria recebeu 33,4% dos recursos, a infraestrutura 30,92%, comércio e serviços 20,04% e a agropecuária 10,53%.
O BNDES informou ainda que no primeiro semestre obteve um lucro líquido de R$ 3,261 bilhões, crescimento de 20,4% frente aos seis primeiros meses do ano passado.
Esse aumento mostrou que o banco "é capaz de conciliar a redução de suas taxas de juros com resultados financeiros consistentes", segundo Coutinho. EFE
03-09-2013, 12:02 PM
The Money Man
Crude Brasil apresenta leilão de exploração de petróleo no pré-sal
A diretora-geral da Agência de Petróleo do Brasil (ANP), Magda Chambriard, apresentou hoje no Japão o primeiro leilão do organismo para adquirir direitos sobre campos petrolíferos, na zona de pré-sal, a decorrer em outubro.
Em conferência de imprensa, Chambriand e Helder Queiroz, diretor da ANP, sublinharam que um maior desenvolvimento futuro da camada de pré-sal pode transformar o Brasil num dos maiores exportadores mundiais de crude. A camada de pré-sal é um novo horizonte de exploração descoberto pela Petrobras, em áreas muito profundas do oceano Atlântico, em frente às costas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, e sob uma camada de sal de dois quilómetros de profundidade. Em junho, a produção dos 13 campos, já ativos no pré-sal, foi de 310.700 barris diários, de acordo com a ANP. Na campanha de promoção de investimentos na indústria petrolífera e de gás brasileira, Chambriand presidiu a um seminário, que decorreu também em Tóquio, e apresentou o 12.º leilão de exploração de blocos de gás natural no interior do Brasil. Neste primeiro concurso, apresentado na capital nipónica, serão oferecidos os direitos sobre o campo de Libra, na bacia de Santos, cujas reservas recuperáveis são calculadas entre 8.000 e 12.000 milhões de barris, lembrou Chambriand. O contrato oferecido é de 35 anos não renováveis, com uma fase estimada de exploração de quatro anos, esperando-se que os poços já existentes comecem a produzir em 2018. Por lei, a petrolífera brasileira Petrobras deve ser a operadora e terá uma participação obrigatória de 30%, no contrato que for assinado com a firma vencedora, para formar um consórcio. Chambriand insistiu que a ANP estima que este campo "seja capaz de produzir um milhão de barris de petróleo por dia", no seu nível máximo, ou seja, metade da atual produção brasileira. Isto, lembrou, vai gerar uma "grande procura de embarcações, navios de apoio ou plataformas" no Brasil, o que interessa às grandes empresas japonesas de navegação e de engenharia. Para maximizar a exploração do Libra, a ANP prevê um investimento de cerca de 200 milhões de dólares, e a construção de entre 12 e 18 plataformas petrolíferas. Até agora, 89 empresas de todo o mundo (entre as quais 71 brasileiras, norte-americanas e uma espanhola) mostraram interesse no contrato para explorar o Libra. As propostas devem ser feitas até 21 de outubro, e depois de anunciado o vencedor, o contrato será assinado em novembro.
10-09-2013, 12:54 AM
Trader Lusitano
Brasil é o 8º maior mercado de juros do mundo, diz BIS
O país tem uma posição de liderança entre todos os países emergentes
Basileia, Suíça - Ao contrário da discreta posição de 19º maior mercado de câmbio do mundo, o Brasil ocupa um lugar importante no mercado de juros.
Pesquisa realizada a cada três anos pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) mostra que o mercado de juros de balcão do Brasil é o oitavo maior do mundo, o que dá ao País a posição de liderança entre todos os países emergentes.
Segundo a pesquisa, são negociados US$ 16 bilhões por dia em contratos de taxas de juros atrelados aoreal brasileiro no mercado de balcão, o chamado OTC Market em inglês. Apesar de estar bem posicionado, o giro equivale a apenas 0,7% do mercado mundial, que negocia US$ 2,343 trilhões diários.
A pesquisa trienal do BIS mostra que o giro médio do mercado de juros brasileiro cresceu fortemente nos últimos anos. Em abril de 2013, a média de US$ 16 bilhões foi 450% maior que os US$ 3 bilhões observados em 2010.
O ritmo de crescimento foi bem maior que a média mundial de 14% no mesmo período. Outros mercados emergentes, porém, também cresceram com força. O mercado de juros na China viu o giro diário saltar 652% no período. Na Polônia, o volume aumentou 429%.
Entre os maiores mercados de juros do mundo, os negócios com o euro lideram e têm US$ 1,146 trilhão em negócios por dia - ou 48,9% do mercado. Em seguida, o dólar tem 28% dos negócios.
O ranking dos principais mercados de juros do mundo têm também a libra esterlina (7,9% do giro diário), o dólar australiano (3,2%), o iene japonês (2,9%), a coroa sueca (1,5%) e o dólar canadense (1,2%). Atrás, mas bem perto do tamanho do mercado brasileiro, o mercado de juros relacionado com o rand sul-africano tem 0,68% do giro mundo, o yuan chinês acumula 0,62% e o peso mexicano, 0,41%.
11-04-2014, 09:18 AM
OMGJ
Consumo de energia deveria cair 8% para evitar problemas
Pelas contas da consultoria PSR, do especialista Mario Veiga, o Brasil teria de cortar 8% do consumo de energia para conseguir atravessar o período seco - que vai de maio a outubro - sem problemas. Em apresentação feita na quinta-feira, 10, a um banco de investimento, a consultoria reviu mais uma vez o risco de racionamento, agora para 48%, com base nas previsões semanais do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), como o nível de chuva de 74% para esta semana.
No cálculo, a consultoria tentou equilibrar o chamado "custo do arrependimento", que ocorreria no caso de decretar um racionamento sem necessidade e no caso de decidir pela redução de consumo tarde demais e ser obrigado a adotar um programa mais drástico. Com um corte de 4%, por exemplo, haveria mais possibilidade de, no meio do caminho, o governo ser obrigado a elevar a redução. Na hipótese de 12%, o risco de a dose ser maior que o necessário sobe.https://br.financas.yahoo.com/notici...105400485.html
28-07-2014, 06:49 PM
OMGJ
XP Investimentos confirma compra da Clear corretora
A XP Investimentos confirmou nesta segunda-feira, 28, a aquisição da Clear corretora, conforme antecipado pelo Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência estado, em matéria publicada no dia 17 de julho. O pagamento será feito, conforme nota à empresa, via troca de ações entre as empresas. Apesar da incorporação, as duas corretoras vão continuar atuando de forma independente.
A estrutura, equipe e marca da Clear serão mantidas. A Clear, voltada para investidores pessoas físicas, tem uma carteira de 6,5 mil clientes e abre em média 15 contas por dia, conforme fonte ouvida pelo Broadcast. Foi fundada em 2012, a partir de um investimento de R$ 20 milhões, pelos sócios Mauro Bennati, José Rosseto, Roberto Lee, João Procópio e Paolo Mason. A aquisição da Clear pela XP ainda depende de aprovação do Banco Central para ser concluída.
"O que muda é que contaremos com a força do Grupo XP para acelerar o nosso crescimento e a consolidação da nossa marca", afirma Roberto Lee, sócio-fundador da Clear, que permanecerá a frente da operação.
Para Guilherme Benchimol, CEO da XP Investimentos, o potencial de crescimento da Clear é "gigantesco". "A Clear tem o modelo online mais eficiente do mercado. Sem dúvida, foi a corretora que mais cresceu neste segmento nos últimos anos", afirma ele, em nota.
Com R$ 3,2 bilhões em ativos sob gestão, a XP encerrou 2013 com faturamento de R$ 400 milhões e patrimônio líquido de cerca de R$ 500 milhões. A corretora, com sede no Rio de Janeiro e filial em São Paulo, tem hoje uma carteira de 80 mil clientes, R$ 12 bilhões sob custódia total e 1,3 mil agentes de investimento credenciados.
Inflação no Brasil cede em agosto e taxa cai para 0,22%
Após meses de aumento no crescimento, a taxa de inflação oficial no Brasil cedeu no mês de agosto e registou uma variação menor, de 0,22%, divulgou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, de agosto ficou 0,40 pontos percentuais abaixo do registado em julho, e 0,03 pontos percentuais abaixo da variação de 0,25% de agosto de 2014.
A queda dos preços foi liderada principalmente pelas passagens aéreas, energia elétrica e pelo setor de alimentos e bebidas.
Entretanto, a inflação acumulada neste ano, de 7,06%, é a maior desde 2003, e está acima da meta de inflação anual do Governo brasileiro, cuja média é de 4,5% e o limite máximo, 6,5%.
Dinheiro Digital com Lusa
Ministro das Finanças do Brasil reúne-se com Fitch
no meio de crise económica
O ministro das Finanças do Brasil, Joaquim Levy, vai na quarta-feira reunir-se com os analistas da agência de notação financeira Fitch, num contexto de forte degradação dos indicadores económicos e financeiros do país.
De acordo com a agência financeira Bloomberg, que cita uma declaração do Ministério da Fazenda brasileiro, a reunião vai ter lugar às 12 horas locais, em Brasília, mas não foi divulgada a agenda da reunião com a Fitch, que mantém a avaliação do 'rating' do Brasil dois níveis acima do patamar de investimento, mas que já afirmou que o mais provável era rever o 'rating' em baixa no futuro próximo.
O anúncio surge um dia depois de a moeda brasileira, o real, ter sofrido a maior desvalorização de sempre face ao dólar, passando a barreira dos 4 reais por dólar para 4,03, e menos de duas semanas depois de a Standard & Poor's ter descido a avaliação da dívida soberana para o nível de Não Investimento, tradicionalmente conhecido como 'lixo'.
Numa conferência hoje em Nova Iorque, nos Estados Unidos, o analista da Moody's Mauro Leos defendeu hoje que o Brasil "não está tão mau como outros países cujo 'rating' foi revisto em baixa, como a Croácia", sugerindo que a agência de notação financeira não se prepara para seguir os passos da Standard & Poor's, que reviu a avaliação do Brasil para o nível mais elevado do 'lixo'.
Para este analista, que falava numa reunião do Conselho das Américas, o Brasil deverá estar em recessão neste e no próximo ano, sofrendo uma significativa quebra das receitas fiscais em 2015 e 2016, num contexto de degradação do ambiente político e económico motivado pelas sucessivas críticas à Presidente brasileira e pelo fraco desempenho económico.
Em menos de duas semanas, o real caiu 6,5%, aumentando os receios de que o país possa enfrentar mais cortes de outras agências de 'rating' e de instituições económicas e financeiras internacionais.
Enredada numa investigação alargada a casos de fraude na Petrobrás e no Partido Trabalhista, a Presidente Dilma Rousseff enfrenta um nível de popularidade que não chega aos dois dígitos, e a maioria dos analistas considera que já lhe falta o capital político para conseguir fazer aprovar o Orçamento para o próximo ano, que deverá ter um conjunto de reformas fiscais e orçamentais destinadas a tirar o país da recessão.
"A economia está com problemas, a economia precisa de se ajustar, e não temos vindo grande progresso nesse sentido", sintetizou à Bloomberg o economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, que considerou que "os indicadores macroeconómicos vão piorar antes de melhorar".
Uma sondagem divulgada na segunda-feira pelo Banco Central brasileiro apontava para uma previsão de uma recessão de 2,7% este ano, face aos 2,55% previstos anteriormente pelo conjunto de analistas regularmente questionados pelo banco central, a que se junta uma previsão de recessão de quase 1% para o próximo ano.
Governo brasileiro piora previsões de crescimento e inflação para 2015
O Governo do Brasil prevê uma queda de 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e uma inflação de 9,29% em 2015, segundo um documento oficial divulgado na terça-feira e que será apresentado ao Congresso.
De acordo com os dados do documento, divulgado pelo Ministério da Planificação, e elaborado a cada dois meses, as previsões pioraram em relação ao anterior relatório, em que o Executivo brasileiro estimava um retrocesso na economia de 1,49% e uma inflação de 9%. Ainda assim, os valores estão acima das últimas projeções semanais dos analistas do mercado financeiro divulgadas na segunda-feira pelo Banco Central, que previam uma contração de 2,70% do PIB do Brasil em 2015. Em relação à inflação de 2015, os especialistas consultados pelo Banco Central também consideram que o resultado será pior e que haverá um aumento dos preços de 9,34%. as duas previsões para a inflação duplicam a meta oficial de 4,5% e superam o teto de 6,5% fixado pelo próprio Executivo. O Brasil encontra-se em recessão técnica depois de dois trimestres de crescimento negativo entre janeiro e junho deste ano. A agência de ‘rating’ Standard & Poor's reduziu recentemente a avaliação da dívida soberana do Brasil para o nível de Não Investimento, conhecido como 'lixo'. O ministro das Finanças do Brasil, Joaquim Levy, vai hoje reunir-se com os analistas da agência de notação financeira Fitch, depois de a moeda brasileira, o real, ter sofrido a maior desvalorização de sempre face ao dólar, passando a barreira dos quatro reais por dólar, para 4,03. Dinheiro Digital / Lusa
FMI duplica perspetiva de recessão no Brasil para -3% do PIB
O Fundo Monetário Internacional (FMI) duplicou hoje, nas Perspetivas Económicas Mundiais, a previsão de recessão para o Brasil, estimando agora que a atividade económica se contraia 3% este ano, uma tendência que deverá prolongar-se também em 2016.
"A confiança dos consumidores e dos empresários continua a diminuir, em grande parte por causa da deterioração das condições políticas, o investimento está a cair rapidamente, e o necessário 'aperto' na política macroeconómica está a pressionar a procura interna", escrevem os analistas do FMI nas Perspetivas Económicas Mundiais, divulgadas hoje em Washington com o título 'Ajustando à descida do preço das matérias-primas'.
O Brasil, enquanto maior economia da América Latina, e altamente interligada com a região, arrasta também os outros países da zona, diz o FMI, alertando para o "significativo contágio negativo", visível nas previsões para esta parte do mundo.
"A atividade económica na América Latina e nas Caraíbas continua a abrandar fortemente, com uma pequena contração da atividade em 2015, e uma modesta retoma é esperada em 2016, apesar de ser apenas 0,8%, ainda bem abaixo da tendência", diz o FMI, que lembra que estas previsões foram revistas em baixa, mais de um ponto percentual, quer para este, quer para o próximo ano, face às estimativas de abril.
Dinheiro Digital / Lusa
Nova classe média brasileira passa por dificuldades com recuo da economia
SÃO BERNARDO DO CAMPO (Reuters) - Até pouco tempo atrás o futuro de Lucineia de Jesus de Souza parecia brilhante, dirigindo um pequeno café que atende trabalhadores de uma fábrica e outros clientes em São Bernardo do Campo, cidade industrial da região metropolitana de São Paulo.
Mas o pequeno negócio aberto há 10 anos, que floresceu com o rápido crescimento da economia do Brasil, agora vê menos clientes parando para um café ou lanche.
A renda de Lucineia caiu pela metade desde 2012, forçando a empresária de 43 anos a cortar gastos que anunciavam uma nova classe de consumidores emergentes no maior país da América Latina.
Com a economia em recessão e as incertezas sobre o trabalho de seu marido em uma fábrica de autopeças devido aos crescentes cortes de fabricantes de automóveis locais, as idas ao shopping para compra de roupas de marcas famosas estão suspensas assim como os planos de comprar eletrodomésticos.
"Foi um crescimento falso", disse ela, resumindo as perspectivas de muitos que estão desiludidos por uma promessa perdida. "As pessoas aqui estão perdendo seus empregos, elas estão fartas."
Depois de um avanço das commodities que permitiu ao Brasil programas ambiciosos de redução da pobreza e culminou em um crescimento econômico de 7,5 por cento em 2010, o Brasil está em sua pior recessão em três décadas. Durante os anos de crescimento acelerado, dezenas de milhões de brasileiros escaparam da pobreza e tornaram-se conhecidos como "a nova classe média".
Agora, eles estão lutando para segurar os ganhos duramente conquistados e estão repensando tudo, desde hábitos de consumo a lealdade política.
"Quão brilhante será o futuro?", pergunta Carlos Melo, cientista político do Insper. "Todo mundo está esperando por algum tipo de mudança, mas ninguém sabe como ela se parece ou como ela vai acontecer".
Dez anos atrás, todo mundo parecia saber.
A agência de notação financeira norte-americana Fitch anunciou hoje a redução do rating da dívida brasileira de BBB para BBB-, mantendo-a ainda dentro do nível de investimento.
A perspetiva da classificação foi negativa, o que indica que pode haver um novo rebaixamento da nota num próximo movimento da agência. No dia 9 de setembro, a Standard & Poor's também baixou a nota da dívida do Brasil, reduzindo-a para o nível de não investimento.
A Fitch divulgou que o corte do 'rating' do Brasil resulta dos grandes desafios fiscais do Brasil, à deterioração das perspetivas de crescimento da economia e ao maior peso da dívida do Governo, segundo a imprensa brasileira.
Na terça-feira, analistas consultados pelo Banco Central brasileiro estimaram que o Produto Interno Bruto (PIB) do país terá uma retração de 2,97% este ano e que a inflação termine o ano em 9,7%, acima do teto previsto pelo Governo.
Dinheiro Digital com Lusa