Brexit preocupa alguns territórios britânicos ultramarinos
O prazo de saída da UE se aproxima, e o prazo para se chegar a um acordo diminui, com isto também enfraquecem as esperanças de um consenso com o Reino Unido, enquanto aumenta a probabilidade de um Brexit sem acordo, o chamado "Brexit duro".
Se, em 31 de outubro, o Reino Unido realmente sair da União Europeia (UE) de maneira desordenada, isso teria consequências dramáticas para os aproximadamente 20 territórios e exclaves britânicos no exterior.
Um Brexit duro agora pode representar grandes problemas para as as Ilhas Virgens Britânicas e as Ilhas Cayman no Caribe, entre outras. Pois, até agora, elas contaram com a proteção do Reino Unido na UE, o que se perderia numa eventual saída do bloco europeu, dentre as desvantagens, estão fechamento de fronteiras, pagamento de impostos sobre produtos, o que os tornariam mais caros.
Vamos aguardar o final desta saga.
Brexit: União Europeia e Reino Unido anunciam acordo
O governo britânico e UE estavam reunidos na tentativa de resolver a saga do Brexit antes do dia 31 de outubro desde o inicio da semana. Para surpresa dos mercados, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou em seu perfil no Twitter que a União Europeia e o Reino Unido fecharam, finalmente, um acordo sobre o Brexit.
Junk afirmou na rede social que: “É um acordo justo e equilibrado para a UE e o Reino Unido e é um testamento de nosso compromisso em encontrar soluções”.
Juncker ainda afirmou em uma carta que irá recomendar que os líderes dos 27 membros que irão permanecer no bloco aprovem o acordo, acrescentando que “já era tempo” de finalizar o processo do divórcio e avançar o mais rapidamente possível para negociações da futura parceria da UE com o Reino Unido.
Michel Barnier, principal negociador da União Europeia, a transição para a saída do bloco econômico deve acontecer até 2020, mas o prazo pode ser estendido em até dois anos, se outro acordo for feito, ele acredita que a saída acontecerá até 31 de outubro sem surpresas.
Válido lembrar que Boris ainda tem que enfrentar a resistência interna no parlamento.
Parlamento europeu favorável ao adiamento do Brexit até 31 de janeiro
O premier britânico Boris Johnson sofreu uma derrota diante da Câmara dos comuns, mas como dizem por aí, perdeu uma batalha mas não a guerra. De acordo com os últimos acontecimentos, o Parlamento Europeu (PE) é favorável à prorrogação da data do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia) até 31 de janeiro. O presidente do Parlamento, David Sassoli, enviou mensagem ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, recomendando que aceite o adiamento. Esse anúncio foi feito hoje (24).
De acordo com Sassoli, o novo adiamento permitiria ao Reino Unido tornar clara sua posição e à assembleia europeia “exercer adequadamente o seu papel”. O pedido será analisado e provavelmente aceito.
Os 27 Estados-membros da União Europeia já se mostraram favoráveis a um novo adiamento do Brexit, solicitado pelo governo britânico, mas ainda discutem sua extensão, e as conversações prosseguirão no fim da semana, informaram fontes europeias.
Inicialmente previsto para 29 de março passado, o Brexit foi adiado para 31 de outubro, visto que o Reino Unido solicitado uma segunda extensão do Artigo 50, considerando à incapacidade dos britânicos de aprovar o Acordo de Saída na Câmara dos Comuns.
Boris por sua vez. defende a saída mesmo sem um acordo. Válido lembrar que a Câmara dos Comuns havia aprovado proposta de lei [Withdrawal Agreement Bill], por 329 votos a favor e 299 votos contra, com margem de 30 votos. Esta proposta dá efeito legal ao acordo de saída negociado por Boris Johnson com Bruxelas e finalizado na semana passada, além de definir o período de transição até 2020 para permitir às empresas adaptação às novas condições e também para as duas partes negociarem um novo acordo de livre comércio. A proposta insere também protocolo sobre a Irlanda do Norte na legislação nacional e estabelece o veículo para o pagamento da compensação financeira à UE, calculada em 33 bilhões de libras (38 bilhões de euros).
Brexit ainda pesa sobre o sentimento dos investidores
O Brexit continua a pesar sobre o sentimento dos investidores, depois que o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, manteve sua opinião de que a Suprema Corte do país estava errada ao declarar a ilegalidade da suspensão do Parlamento. O líder da Grã-Bretanha também desafiou o Partido Trabalhista, de oposição, a expulsá-lo em uma votação de confiança e desencadear uma antecipação da eleição. A libra esterlina sobe 0,2% em relação ao dólar, o que pesa sobre o FTSE 100.
Os mercados reagem após isso. A produção doméstica de automóveis do Reino Unido aumentou pela primeira vez em 15 meses, mineradoras avançaram.