Vlieghe do BoE dá mais estímulo, aberto a taxas negativas
Gertjan Vlieghe, econmosta britânico-belga e político do Banco da Inglaterra, disse nesta terça-feira que o banco central poderia precisar acrescentar mais estímulo, já que os riscos para a economia haviam crescido em resposta ao aumento dos casos de COVID, e expressou algum apoio cauteloso para as taxas de juros negativas.
O BoE quase dobrou seu programa de compra de ativos desde o início da pandemia, para 745 bilhões de libras (US$966 bilhões), e os economistas pesquisados pela Reuters esperam que ele acrescente mais 100 bilhões de libras após sua reunião de novembro.
Vlieghe disse estar preocupado que os riscos de maior desemprego e crescimento mais fraco identificados pelo BoE em agosto provavelmente se concretizarão após a nova onda de casos de COVID, o que levou a novas restrições às empresas em toda a Grã-Bretanha.
A economia britânica encolheu 20% no segundo trimestre de 2020, o maior declínio de qualquer grande economia avançada, e a recuperação inicial está perdendo força.
Vlieghe disse que um ressurgimento nos gastos de varejo para níveis acima do pré-crise refletia parcialmente a demanda reprimida, que se desvaneceria. Uma mudança nos padrões de gastos dos consumidores corria o risco de causar desemprego temporário e poderia prejudicar o investimento, enquanto permanecia incerto se as mudanças seriam permanentes.
O BOE também está considerando se é prático e eficaz cortar as taxas de juros abaixo de zero, como fizeram o Banco Central Europeu e o Banco do Japão.
Segundo Vlieghe , o BoE não havia chegado a uma conclusão sobre isto, mas ele não tinha uma objeção fundamental e que era importante olhar para novas maneiras de apoiar o crescimento.
No entanto, apenas uma pequena minoria de economistas em bancos pesquisados pela Reuters espera atualmente que o BoE implemente taxas de juros negativas no próximo ano.
BoE matém taxa básica de juros em 0,10%
O Banco da Inglaterra (BoE) manteve sua taxa básica de juros em 0,10% e o tamanho do seu programa de relaxamento quantitativo (QE) em 895 bilhões de libras, como previsto por analistas. Segundo comunicado divulgado após o fim da reunião de política monetária desta quinta-feira, os nove dirigentes do banco central inglês foram unânimes em ambas as decisões.
O BoE também disse prever que o PIB britânico encolherá cerca de 4% neste primeiro trimestre, mudando expectativas de novembro de que haveria crescimento, e afirmou estar pronto para tomar medidas adicionais se a perspectiva de inflação piorar. Em ata o BoE disse que é necessário começar a se preparar para a possível adoção de juros negativos, embora tenha sido claro que não queria mandar nenhum sinal de que pretende adotar uma taxa negativa em algum momento do futuro, mas deu a entender que é melhor começar a se preparar para fazê-lo.
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BoE mantem taxa básica de juros do Reino Unido inalterada em 0,1%
O Banco da Inglaterra (BoE) manteve a taxa básica de juros do Reino Unido inalterada em 0,1% e os estoque de compras de ativos em 895 bilhões de libras, afirmando que, se a economia evoluir em linha com o previsto, algum aperto modesto da política monetária é provável ao longo do período de projeção.
A decisão do Comitê de Política Monetária (MPC) sobre os juros foi unânime, e sobre o programa de compra de ativos foi aprovada por sete votos a favor e um contrário. Michael Saunders votou para reduzir a meta das compras de títulos do governo britânico para 830 bilhões de libras.
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