Partido conservador de Boris vence eleições do reino Unido
A corrida pela vitória aconteceu ontem e os conservadores de Boris Johnson vencem as eleições do Reino Unido - esta é a terceira desde 2015 - com maioria absoluta e confortável sobre a oposição. O Partido Trabalhista leva um rombo dramático e vai analisar o que falhou, antes de Jeremy Corbyn sair de cena.
Boris conseguiu eleger 362 deputados (mais 36 do que os necessários para a maioria), o que lhe confere grande liberdade para governar e cumprir a promessa de sair da UE antes do Natal. Os liberais também foram derrotadas conseguindo somente 11 assentos. Estes vão continuar a defenderque o Reino Unido mesmo com o Brexit, como país, pode continuar a ser caloroso e generoso, inclusivos e aberto, garantiu Swinson, que vai abandonar a liderança do partido.
Temores do Brexit sem acordo voltam a assombrar investidores
As bolsas europeias operam com cautela na manhã desta quarta-feira, com investidores retornando após intenção do primeiro-ministro britânico Boris Johnson de bloquear a extensão das negociações comerciais com a UE depois de 2020, voltando a viver os temores de um Brexit sem acordo.
Johnson usou na terça-feira o poder de sua maioria parlamentar recém-conquistada para estabelecer um prazo final de dezembro de 2020 para chegar a um novo acordo comercial com a UE, com o Reino Unido saindo do bloco até 31 de janeiro, em uma tentativa de fortalecer o bloco.
Visto isso, o pan-europeu Stoxx 600 avança 0,2%. FTSE 100 do Reino Unido e CAC 40 da França avançam 0,19% cada, enquanto DAX 30 da Alemanha recua 0,11%.
Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American cai 0,3%, BHP recua 0,1%, enquanto Antofagasta e Rio Tinto sobem 0,2% cada.
Brexit está custando caro para o reino Unido
O Brexit pode e vai sair bem caro para o Reino Unido, o premier britânico Boris Johnson, quer “liberar o potencial” do país. Mas, primeiro, a economia precisa recuperar o atraso com o resto do mundo.
Mas segundo uma pesquisa do Bloomberg Economics há uma estimativa de que o custo econômico do Brexit já atingiu 130 bilhões de libras (US$ 170 bilhões), com outros 70 bilhões de libras a serem somados até o fim deste ano. O valor é baseado no prejuízo causado pelo distanciamento do Grupo dos Sete nos últimos três anos.
A pesquisa mostra que o reino Unido ainda está atrás apesar do fraco crescimento global. A data do divórcio será o final deste mês, mas as incertezas geradas desde o referendo deixaram sequelas, o investimento das empresas, em particular, está estagnado e o crescimento econômico anualizado caiu pela metade, de 2% para 1%.
E, apesar do otimismo do governo, após a saída o Reino Unido enfrentará um período de renovação, e, o que foi perdido não será recuperado. O ministro das Finanças, Sajid Javid, prometeu seguir com as renovações, como por exemplo, cortes de impostos e aumento de empréstimos para investimentos estão na agenda. Mas até que isso aconteça, a divida continuará aumentando.
Brexit em contagem regressiva
A exatamente um dia e algumas horas da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), e com a lei já promulgada pela rainha Elizabeth II sobre a legislação que transpõe o acordo de Brexit para a lei britânica, ele irá acontecer de fato às 23:00GBT do dia 29 o Reino Unido não mais fará parte da UE, agora negociações continuarão para discutir um acordo comercial complexo com a Europa, destinado a regular as relações comerciais entre os ex-parceiros.
Inicia-se a nova e difícil era pós-Brexit
O Reino Unido saiu da União Europeia na última sexta-feira às 23:00, após vários adiamentos, um novo rito de passagem que deu inicio a uma nova era desajeitado, e consequentemente uma busca por novos acordos com a UE,e outros países. A era pós-Brexit teve um início difícil, com Boris Johnson revivendo o gigantesco sistema de tarifas entre o Reino Unido e a UE. a Alphabet, dona do Google (GOOG.N), empresa-mãe do Google, lidera a lista de balanços do dia.
Em relação a Libra, a moeda britânica caiu 1% em relação ao dólar e quase 0,8% em relação ao euro.
Sem uma concorrência leal não haverá um acordo da UE com o Reino Unido
A União Europeia já havia sinalizado para o Reino Unido com antecedência que qualquer acordo de livre comércio deve vir com um compromisso de Londres de manter a concorrência leal, segundo um assessor sênior do bloco nesta quarta-feira.
Stefaan de Rynck, assessor do principal negociador comercial da UE, Michel Barnier, também disse que as negociações serão mais duras do que as que garantiram o acordo de divórcio do Reino Unido, devido a seu escopo e prazo mais amplos. Válido lembrar que o Reino Unido deixou a UE no final de janeiro com um período de transição de 11 meses, e precisará de novos termos comerciais a partir de janeiro de 2021 para evitar possíveis interrupções no comércio.