13 sinais mostram como o império de Eike Batista se desfaz
A cada dia, desde o início do ano, uma nova informação sobre as empresas X chega ao mercado de maneira indigesta
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13 sinais mostram como o império de Eike Batista se desfaz
A cada dia, desde o início do ano, uma nova informação sobre as empresas X chega ao mercado de maneira indigesta
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X de preocupações
O Eike Batista é um dos poucos empresários “estrelas” do país, admirado e questionado sobre seus negócios, investimentos e fortuna bilionária acumulada ao longo de anos, fato que o coloca em evidência na mídia. Porém, desde o início deste ano, o empresário não tem saído dos holofotes por outro motivo: a preocupação com o futuro das empresas X.
O grupo EBX do empresário enfrenta uma reestruturação que inclui demissão de pessoas, revisão de projetos, venda de ativos e participações – sinais que fazem com que investidores coloquem em xeque a capacidade do império X superar a crise de confiança e a queda livre das ações. A estimativa é que as dívidas das empresas de Eike ultrapasse 10 bilhões de reais, enquanto os papéis da OGX seguem em queda de 66% de 25 de março a 25 de junho.
Veja, a seguir, alguns dos motivos que acabaram por colocar o império X em xeque.
Parceria com o BTG
Em março, a EBX fechou uma parceria com o banco BTG, de André Esteves (na imagem), por meio do qual o BTG fará aconselhamento financeiro, avaliará linhas de crédito e poderá fazer futuros investimentos de capital de longo prazo em projetos do grupo.
O acordo não implica exclusividade do BTG Pactual na prestação de serviços financeiros para o EBX e a remuneração do banco de investimentos será calculada com base no desempenho das companhias do conglomerado.
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Redesenho da EBX
Redesenhar o grupo, reavaliar projetos e analisar o quadro de funcionários faz parte da missão da reestruturação da dívida do grupo EBX. Apenas no início deste mês, 50 funcionários de uma diretoria inteira, a de Sustentabilidade, criada há três anos, foram demitidos. Outras áreas, como tesouraria, jurídico e suprimentos, também sofreram demissões.
Na última quinta, Eike informou que a reestruturação da dívida do grupo havia sido concluída. Segundo o comunicado, existem "tão somente dívidas com vencimento de longo prazo, em clara evidência ao elevado comprometimento do Grupo EBX para com as obrigações perante os seus stakeholders".
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MMX em negociação
Na noite de segunda-feira, o empresário Eike Batista admitiu, em comunicado, o que há muito se especulava no mercado: ele realmente está tentando negociar a venda de ativos ou parte da sociedade de sua mineradora, a MMX. O grupoestaria negociando o Porto Sudeste para a Glencore Xstrata, segundo informações da coluna Lauro Jardim, de Veja.
De acordo com a nota, o empresário teria jantado com Ivan Glasenber, CEO da Glencore, e alguns executivos da compradora interessada estiveram ontem no porto para avaliar o negócio, que seria fechado em parceria com o BTG. AFolha de S.Paulo informou ontem que a holandesa Trafigura também entrou na disputa por ativos ou uma fatia da mineradora.
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Projetos adiados
Em meio a tantas mudanças, grandes projetos das empresas X têm sido adiados. Um deles é o da Mina de Serra Azul, de Minas Gerais, um dos principais projetos da MMX, que teria início em 2014 e acabou sendo empurrado para 2017, segundo informações da coluna de Lauro Jardim. Em resposta, a empresa não comenta o assunto e afirma que “em nenhum momento informou prazos bem como novas datas para a implantação do projeto”.
Segundo a Folha de S. Paulo, tanto a holandesa, quanto a Glencore, já estariam na fase de “due dilligence” da MMX, ou seja, uma auditoria detalhada de suas contas.
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Cortes na OSX
Desde o início do ano, a OSX, responsável pela construção do estaleiro no Porto do Açu, em São João da Barra, passa por uma reestruturaçãocom o intuito de trazer mais rentabilidade à companhia. Mais de 300 funcionários diretos e indiretos foram, desde então, demitidos da empresa para reduzir gastos e adequar o quadro às necessidades de operação.
Os planos, antes baseados na necessidade de 48 plataformas de petróleo até 2020, foram desacelerados. A OSX decidiu adiar a construção de seu estaleiro no porto de Açu e só seguirá adiante com a obra se houver novas encomendas – fatores que acabaram por desagradar os investidores.
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Possível calote
Para piorar um pouco mais a situação, nesta semana uma matéria publicada na Folha de São Paulo afirma que o estaleiro do empresário teria dado um calote de cerca de 500 milhões de reais à construtora Acciona, uma de suas principais fornecedoras. A matéria afirma que as obras estão quase abandonadas, mas a empresa rebateu a informação, afirmando que nada foi nem será paralisado.
De acordo com o jornal, a dívida da empresa com fornecedores é de 724 milhões de reais e os débitos bancários, que vencem nos próximos 12 meses, são de quase 2 bilhões de reais.
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IMX na mesa
A empresa de entretenimento de Eike, que reúne negócios como a franquia do Cirque de Soleil no Brasil, UFC e ainda detém metade do Rock in Rio, estaria à venda, segundo informações antecipadas de Lauro Jardim, da Veja. A IMX teria colocado parte de suas ações à venda por estimados 500 milhões de reais, o equivalente ao valor de mercado da sua concorrente, Time For Fun. Um dos interessados seria a A.R Live, empresa do ramo recém-criada pelo empresário de Luan Santana, Anderson Ricardo.
Isoladamente, os negócios da IMX prosperam. A empresa faz parte do consórcio vencedor da licitação para concessão do Maracanã por 35 anos. Apesar disso, o atual cenário dificulta – e muito – os planos de abertura de capital da companhia em um futuro próximo.
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Ativos à venda
Para aumentar a liquidez de suas empresas, uma das alternativas foi colocar à venda alguns de seus ativos. O tradicional Hotel Glória, na capital carioca, foi um deles. Inaugurado em 1922, o hotel foi comprado em 2008 pelo REX, braço do setor imobiliário do grupo, e agora estaria à venda por 80 milhões de reais.
O BTG Pactual estaria ainda propondo a venda do porto do Açu a algumas empresas, segundo informações divulgadas na coluna Radar, de Lauro Jardim. A informação foi negada pela EBX, mas o blog reforçou sua publicação após a divulgação do posicionamento oficial da holding de Eike Batista. Além de refutar a venda, a LLX divulgou cronograma de operação do porto, com início marcado para este ano.
O empresário Eike Batista ainda tenta vender ativos de carvão da CCX e de ouro da AUX, além de participação na produtora de minério de ferro MMX.