Críticas de Trump só fazem europeus cerrar fileiras, diz ministro francês
PARIS (Reuters) - As críticas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, só servem para fortalecer a solidariedade europeia, disse nesta terça-feira o ministro das Finanças francês, Michel Sapin.
"Quanto mais ele (Trump) fizer esse tipo de declaração, mais os europeus irão cerrar fileiras", disse Sapin a repórteres.
Trump disse que a chanceler alemã, Angela Merkel, cometeu um "erro catastrófico" com sua política de portas abertas para imigração, de acordo com entrevistas publicadas no domingo pelo jornal The Times, de Londres, e Bild, da Alemanha.
Sapin disse que tal criticismo é inaceitável. "O ataque à chanceler não é um argumento que podemos aceitar como franceses ou como europeus".
19-01-2017, 08:42 AM
Davide
China pede aos EUA que não permitam delegação de Taiwan na posse de Trump
PEQUIM (Reuters) - A China solicitou nesta quarta-feira aos Estados Unidos que não permitam a presença de uma delegação taiwanesa na cerimônia de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
Trump quebrou com décadas de precedentes no mês passado ao atender a uma ligação telefônica de cumprimentos da presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, após vencer a eleição presidencial. Ele também disse que a política de "China única" está aberta a negociações.
Uma delegação taiwanesa, liderada pelo ex-premiê e ex-líder do partido governista Yu Shyi-kun, e incluindo um assessor de segurança nacional de Taiwan e alguns parlamentares, irá participar da posse na sexta-feira, informou nesta semana o Ministério das Relações Exteriores de Taiwan.
É comum que Taiwan envie uma delegação para posses presidenciais norte-americanas.
Um porta-voz da presidente Tsai Ing-wen disse que não há encontros planejados com a nova administração de Trump enquanto a delegação taiwanesa estiver no país para o evento.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hua Chunying disse que a China se opõe a Taiwan usar quaisquer desculpas para enviar pessoas aos Estados Unidos para se "engajar em atividades para intervir ou danificar relações entre China e EUA".
"Nós novamente pedimos às partes relevantes dos Estados Unidos para não permitirem que a autoridade de Taiwan envie a chamada delegação aos Estados Unidos para participar da posse presidencial, e que não tenha qualquer forma de contato oficial com Taiwan", disse Hua a repórteres durante entrevista coletiva.
"A posição da China já foi dada precisa e inequivocamente à administração dos EUA e equipe de Trump", acrescentou Hua.
19-01-2017, 09:07 AM
Paulo Santos
Trump escolhe ex-governador da Geórgia Perdue como secretário da Agricultura
WASHINGTON (Reuters) - O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, irá nomear nesta quinta-feira o ex-governador da Geórgia Sonny Perdue como secretário da Agricultura, disse na quarta-feira uma autoridade da equipe de transição.
Perdue, de 70 anos, fez parte do comitê de assessoria de Trump para o setor de agricultura durante campanha presidencial. A nomeação, que precisa ser confirmada pelo Senado, irá completar o gabinete proposto por Trump pouco antes de o republicano tomar posse, na sexta-feira.
Ao nomear um ex-governador de um Estado do Sul, Trump se afastou de candidatos de Estados do Cinturão Agrícola do Meio-Oeste dos EUA, responsável pela maior parte das colheitas do país, como milho, soja e trigo. A Geórgia é grande produtora de cultivos como algodão e amendoins.
Durante seu período como governador da Geórgia, Perdue teve que lidar com uma forte seca em 2007, durante a qual ele tomou medidas para corte de gastos de água e em um momento liderou uma cerimônia religiosa para rezar por chuva.
19-01-2017, 09:10 AM
Davide
Nomeado para secretário do Comércio dos EUA diz que renegociar Nafta é prioridade para Trump
WASHINGTON (Reuters) - A renegociação do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) com o Canadá e o México será a prioridade na área comercial da administração do presidente eleito Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira o secretário indicado do comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, em sua audiência de confirmação.
Ross também afirmou ao Comitê de Comércio, Ciência e Transporte do Senado que a China é o país "mais protecionista" entre as grandes economias.
Trump tem criticado o Nafta e as práticas comerciais da China, acusando ambos de provocar perdas de milhões de empregos na indústria dos Estados Unidos. Ele tem prometido renegociar o Nafta para ser mais favorável à indústria norte-americana, ou deixará o pacto comercial de 23 anos.
"O Nafta é logicamente a primeira coisa com a qual vamos lidar", disse Ross. "Temos que solidificar as relações da melhor maneira que pudermos em nosso território antes de irmos para outras jurisdições."
Ross afirmou que, trabalhando em conjunto com o representante de comércio dos EUA e o novo Conselho de Comércio Internacional da Casa Branca, ele buscará reduzir as barreiras da China ao comércio.
Ele acrescentou que as autoridades chinesas "falam muito mais em comércio livre do que realmente praticam. Gostaríamos de nivelar esse campo e deixar as realidades um pouco mais próximas da retórica."
19-01-2017, 09:12 AM
Paulo Santos
Trump e o "Twittonomics” acertaram uma, diz UBS
Money Times - O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, acertou uma. Em um comentário feito ao The Wall Street Journal afirmou que o “dólar está muito forte” e que os EUA precisam “trazer o dólar para baixo” caso uma mudança nos impostos o deixe mais fortalecido. “Ter um dólar mais forte certamente tem as suas vantagens, mas também tem muitas desvantagens”, disparou Trump.
“O UBS concorda que o dólar está sobrevalorizado. A incerteza criada pelos tweets de Trump podem aumentar os problemas do dólar, uma vez que a incerteza pode levar a uma abordagem ‘esperar e ver’ para investir nos EUA”, analisa Paul Donovan, economista global do UBS em seu comentário matutino diário.
De fato, o “Twittonomics” de Trump surtiu efeito no mundo real e a moeda americana caiu para o seu menor nível em um mês. O movimento ganha uma importância ainda maior porque tradicionalmente o dólar se comporta com força antes de uma nova administração. E Trump já disse que irá manter o uso da sua conta pessoal porque tem sido tratado “desonestamente” pela mídia.
Além disso, uma pesquisa realizada pela Câmara de Comércio dos EUA na China e divulgada hoje mostra que as companhias americanas já estão alterando os planos de investimentos no país asiático com medo de sanções impostas pelo novo ocupante da Casa Branca.
19-01-2017, 09:14 AM
Davide
ONU projeta que crescimento mundial vai acelerar em 2017, mas vê ameaças com Trump e Brexit
GENEBRA (Reuters) - O crescimento econômico global vai acelerar a 2,7 por cento este ano e 2,9 por cento em 2018, depois de ter crescido 2,2 por cento em 2016, afirmou a Organização das Nações Unidas (ONU) em sua projeção econômica anual nesta terça-feira.
Entretanto, a ONU vê incertezas criadas pela decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia, e a expansão britânica deve cair de 2,0 por cento em 2016 para 1,1 por cento em 2017 e 1,3 por cento em 2018.
Políticas tributárias defendidas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, podem também ter efeitos adversos sobre a economia mundial, disse Alfredo Calcagno, chefe de políticas de desenvolvimento e macroeconomia da agência econômica da ONU, a Unctad.
"Isso pode gerar um déficit no curto prazo...e isso pode nos levar na direção de um desafio para a economia global", disse ele em entrevista à imprensa em Genebra.
"O outro elemento da reforma tributária...é se esse sistema tributário significará um topo de maior proteção para os produtores norte-americanos. Assim, isso vai incorporar um enorme desafio para o sistema multilateral e a Organização Mundial do Comércio."
19-01-2017, 09:15 AM
Paulo Santos
Escolhido de Trump para Comércio mandou 2.700 postos de trabalho para fora dos EUA desde 2004
WASHINGTON (Reuters) - O bilionário Wilbur Ross, escolhido por Donald Trump para ajudar a implementar a agenda comercial do próximo governo dos Estados Unidos, fez fortuna, em parte, ao gerenciar negócios que levaram milhares de empregos para fora dos Estados Unidos, de acordo com dados do Departamento de Trabalho obtidos pela Reuters.
Como um investidor de alto risco há uma década, Ross se especializou em revitalizar companhias com problemas, em uma época em que a economia dos EUA estava perdendo mais de 100 mil empregos por ano por conta do comércio global.
Uma audiência de confirmação do Senado sobre sua nomeação para secretário do Comércio está marcada para quarta-feira.
Apoiadores dizem que Ross salvou milhares de empregos nos EUA ao resgatar empresas da falência. Dados obtidos pela Reuters através da Lei de Acesso à Informação dos EUA mostram que esses esforços de resgate vieram com um preço: companhias têxteis, de finanças e de peças de automóveis controladas por ele eliminaram 2.700 postos de trabalho nos EUA desde 2004, por conta do envio da produção para outros países, de acordo com um programa do Departamento de Trabalho que dá assistência a trabalhadores que perderam seus empregos por conta do comércio global.
Os dados inéditos correspondem a uma pequena fração da economia dos EUA, a qual tem visto os dados de emprego flutuarem a cada mês. Mas o histórico de Ross conflita com a promessa de Trump de proteger trabalhadores norte-americanos da globalização.
Recentemente, Trump foi elogiado por salvar 800 empregos na empresa Carrier, em Indiana, até mesmo fazendo um tour pela fábrica para apertar as mãos de funcionários. O presidente eleito também tem pressionado a Ford (B:F) e outras montadoras a manterem empregos nos EUA.
Ross não respondeu a diversos pedidos de comentários. As atividades do executivo não são incomuns em uma época em que a globalização tem reduzido as fronteiras internacionais de comércio.
19-01-2017, 09:32 AM
Davide
Escolhida de Trump para ONU repete críticas de presidente eleito, mas faz alguns elogios
BRASÍLIA (Reuters) - A escolhida de Donald Trump para embaixadora dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas vai repetir as críticas do presidente eleito ao tratamento da ONU quanto a Israel durante audiência de confirmação no Senado nesta quarta-feira, embora também vá oferecer elogios à uma entidade que Trump tem desacreditado.
Nikki Haley, uma estrela em ascensão no Partido Republicano, vai enfrentar duros questionamentos do Comitê de Relações Exteriores do Senado sobre sua falta de experiência em política externa e no governo federal. Nikki, que fará 45 anos na sexta-feira, quando Trump tomar posse, é governadora da Carolina do Sul desde 2011.
Em um discurso preparado visto pela Reuters, Nikki apoia críticas feitas por Trump e muitos republicanos e até alguns democratas sobre o tratamento da ONU dispensado a Israel, especialmente uma resolução do Conselho de Segurança no mês passado que exige o fim da construção de assentamentos israelenses.
“A aprovação no mês passado da Resolução da ONU 2334 foi um erro terrível, tornando um acordo de paz entre israelenses e palestinos mais difícil de alcançar”, diz ela nos comentários preparados.
20-01-2017, 10:30 AM
Paulo Santos
Medidas de Trump podem ser remédio errado para economia dos EUA
WASHINGTON (Reuters) - Cortes de impostos, desregulamentações e mais gastos federais defendidos pela administração Trump são um remédio clássico para a estagnação econômica e longas filas de desemprego.
Mas esse remédio pode ser forte demais para uma economia que tem crescido há oito anos, com salários agora subindo e a taxa de desemprego perto do que muitos economistas consideram pleno emprego.
Análise da Reuters sobre dados de empregos regionais e tendências históricas sugere que o estímulo pode aumentar a demanda para trabalhadores em regiões onde já há aperto do mercado. Isso, por sua vez, pode provocar inflação, forçar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar os juros mais do que o esperado e aumentar a ameaça de recessão.
O que a economia precisa agora, segundo economistas e autoridades do Fed, é de uma pequena cirurgia: políticas focadas em regiões em situação complicada em suas áreas rurais e industriais, que saíram de sincronia com a economia global e surgiram como principal base de Trump, ajudando-o a conquistar a Presidência.
"Quando se pensa no que Trump está herdando, é uma economia na qual grande parte da crise recente foi resolvida", disse o economista-chefe do site de empregos indeed.com, Jed Kolko.
"Os desafios que permanecem são aqueles mais difíceis de consertar", disse ele, citando como exemplos a queda no cinturão de carvão ou o aumento do uso de drogas entre a comunidade de classe média.
Trump assume o cargo nesta sexta-feira prometendo fortalecer a classe média e colocar milhões de trabalhadores de volta no mercado de trabalho, gastando muito em infraestrutura, sendo duro no comércio e cortando impostos para elevar o investimento.
Trump deve visitar sede da CIA no primeiro dia na presidência
WASHINGTON (Reuters) - No primeiro dia como presidente dos Estados Unidos, Donald Trump fará uma visita, neste sábado, à sede da CIA, sinalizando um esforço de reparar o relacionamento com as agências de espionagem, após críticas à investigação sobre a invasão russa durante as eleições.
Antes da posse, Trump se envolveu em uma disputa sem precedentes com a CIA e as agências de inteligência dos EUA, mas seu porta-voz, Sean Spicer, sugeriu que Trump teria uma recepção amigável ao falar para mais de 300 pessoas no evento na CIA.
"Animado por agradecer aos homens e mulheres da comunidade da inteligência", disse o porta-voz da Casa Branca, Spicer, no Twitter. Ainda não está claro quando Trump viajaria para a CIA.
Trump criticou duramente os oficiais de inteligência depois de concluírem que o presidente russo Vladimir Putin direcionou hackers para invadir e-mails de democratas numa tentativa de impulsionar a campanha de Trump.
Trump acusou as agências de inteligência de envolvimento em táticas que lembravam a Alemanha nazista, ao vazar um dossiê não fundamentado compilado por uma empresa de segurança privada, sugerindo que Moscou tinha informações comprometedoras sobre ele.
23-01-2017, 08:48 AM
Davide
Mulheres lideram protestos em massa contra Trump
WASHINGTON (Reuters) - Centenas de milhares de mulheres tomaram as ruas das principais cidades norte-americanas para liderar uma onda sem precedentes de protestos contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ridicularizando e denunciando o novo líder do país um dia após sua posse.
Mulheres ativistas, furiosas pela retórica de Trump e por um comportamento considerado por elas como misógino, lideraram marchas nos EUA e protestos ao redor do mundo neste final de semana.
Organizadores disseram ter atraído quase 5 milhões de manifestantes ao todo, superando em muito as expectativas.
As manifestações também destacaram o forte descontentamento em relação aos comentários de Trump e os posicionamentos políticos dele em direção a uma variedade de grupos, incluindo imigrantes mexicanos, muçulmanos, deficientes e ambientalistas.
Em contraste com o tom aquecido, muitas vezes estridente da campanha presidencial, e da imagem de "carnificina americana" que Trump evocou em seu discurso inaugural, o clima dos protestos foi em grande parte otimista, festivo até.
23-01-2017, 09:01 AM
Paulo Santos
Presidente do México se encontrará com Trump em meio à pressão populista em casa
IXMIQUILPAN, México (Reuters) - O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrarão no final deste mês para discutir comércio, imigração e questões de segurança, enquanto o líder latino-americano enfrenta cada vez mais pressões populistas em seu país.
O porta-voz de Trump, Sean Spicer, disse em entrevista de imprensa no sábado que os dois líderes irão se encontrar em 31 de janeiro, uma semana após autoridades de ambas as administrações terem negociações bilaterais em Washington.
Trump está comprometido a renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e se retiraria caso não houvesse um "acordo justo", de acordo com o site da Casa Branca.
Peña Nieto, cuja popularidade caiu devido a escândalos de corrupção e à alta da inflação, tem sido criticado pela falta de uma clara estratégia para conter as ameaças de Trump de restringir o comércio e deportar imigrantes ilegais.
23-01-2017, 09:01 AM
Davide
Com Trump, Alemanha deve se preparar para turbulência, diz ministro
BERLIM (Reuters) - A Alemanha deve se preparar para tempos de turbulência diante da posse do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo o ministro das relações exteriores do país, Frank-Walter Steinmeier, acrescentando que o livre comércio e a cooperação transatlântica para combater o radicalismo e o terrorismo são fundamentais para Berlim.
Steinmeier, que em agosto disse que Trump era um "Hassprediger" ou "pregador de ódio", escreveu no popular jornal Bild que alguns membros da nova administração norte-americana compreendem a importância de aliados como a Alemanha.
"Eu sei, devemos nos preparar para tempos de turbulência, imprevisibilidade e incerteza", disse Steinmeier. "Mas estou convencido de que vamos encontrar em Washington ouvintes atentos, que sabem que até os grandes países precisam de parceiros neste mundo."
Trump inquietou líderes alemães com comentários como aquele em que disse que a Grã-Bretanha não será o último país a deixar a União Europeia, além de ameaças para impor tarifas altas sobre as importações da China e do México.
A resposta dos alemães depois que Trump tomou posse na sexta-feira variou muito.
23-01-2017, 09:02 AM
Paulo Santos
Casa Branca diz que não vai aceitar ataques da imprensa contra Trump
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca prometeu neste domingo combater "com unhas e dentes" os ataques da imprensa que considera injustos contra o presidente norte-americano, Donald Trump, estabelecendo um novo nível de rancor em um relacionamento já tradicionalmente conturbado.
Um dia depois do presidente republicano utilizar sua primeira visita às dependências da agência de espionagem dos EUA (CIA) no sábado para acusar a mídia de subestimar o público presente no dia de posse, o chefe de gabinete da Casa Branca Reince Priebus mostrou indignação com as reportagens, referindo-se a elas como "ataques".
"O ponto não é o tamanho da multidão. O ponto são os ataques e a tentativa de deslegitimar o presidente em um dia. Nós não vamos aceitar isso", disse Priebus no programa "Fox News Sunday".
Priebus reclamou de uma reportagem amplamente divulgada na mídia que dizia que o busto de Martin Luther King Jr. havia sido removido da Sala Oval. A matéria na sexta-feira à noite foi rapidamente corrigida, mas Trump chegou a mencionar o nome do repórter no sábado, assim como fez o porta-voz, Sean Spicer, no mesmo dia.
23-01-2017, 09:03 AM
Davide
Governo argentino evita incerteza de Trump com emissão de bônus, diz jornal
BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina se protegeu de uma potencial volatilidade nos mercados gerada pela eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, graças à emissão de 7 bilhões de dólares em bônus realizada na quinta-feira, disse o ministro da Economia ao jornal Clarín.
Com a emissão dos bônus, um de cinco anos e outro de 10 anos, a economia argentina não precisará colocar dívida em dólares novamente neste ano, disse Luis Caputo, depois de voltar de um giro para promover a operação entre investidores.
A Argentina emitiu os bônus em mercados externos a uma taxa de 6,3 por cento, bem abaixo dos 7,2 por cento de uma emissão realizada em abril do ano passado, disse o governo do país na quinta-feira.
"Com estes recursos nos protegemos da incerteza que o chamado 'efeito Trump' poderia gerar", disse o ministro da Economia, segundo o jornal.
"Em princípio, não haverá novas emissões. Pode haver algo em ienes, euros ou francos suíços. Ou uma outra emissão em dólares para algum caso em que seja necessário se tomar dívida para saldar um vencimento. Mas não vai crescer mais o estoque de bônus em dólares", disse Caputo ao jornal.
23-01-2017, 09:04 AM
Paulo Santos
Pequim cobra que governo Trump compreenda importância da política de "China única"
PEQUIM (Reuters) - O novo governo dos Estados Unidos precisa entender completamente a importância da política de "China única" e compreender que a questão de Taiwan é extremamente sensível para Pequim, afirmou a China nesta segunda-feira.
O presidente dos EUA, Donald Trump, que tomou posse na sexta-feira, disse em dezembro que os EUA não precisam necessariamente se ater à longa posição de que Taiwan é parte da "China única".
Anteriormente, Trump quebrou décadas de precedente ao atender um telefonema da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen.
De acordo com o princípio de "China única" de Pequim, Taiwan é uma parte intransferível da China. Pequim vê Taiwan como uma província desobediente, que deve ser levada sob controle por força, caso necessário.
No entanto, a democrática Taiwan não mostra interesse em ser comandada por Pequim.
"Pedimos à nova administração para entender totalmente a alta sensibilidade da questão taiwanesa e continuar buscando a política de China única", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Hua Chunying durante entrevista coletiva em Pequim.
Hua disse que a política é a "base política" das futuras relações entre EUA e China.
23-01-2017, 09:05 AM
Davide
Casa Branca diz que Trump convidou Netanyahu para visitar Washington
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a visitar Washington no início de fevereiro, durante um telefonema no qual debateram a importância de fortalecer a relação EUA-Israel, informou a Casa Branca no domingo.
Em sua primeira ligação para Netanyahu desde que tomou posse na sexta-feira, Trump enfatizou seu "compromisso inédito com a segurança de Israel".
"O presidente e o primeiro-ministro concordaram em continuar a se consultar com frequência a respeito de uma série de temas regionais, inclusive abordar as ameaças representadas pelo Irã", disse a Casa Branca em um comunicado.
Trump também disse que a paz entre israelenses e palestinos só pode ser negociada entre as duas partes, mas que os EUA irão trabalhar com Israel para concretizar este objetivo.
As relações entre o Estado judeu e o governo do ex-presidente Barack Obama terminaram em tom litigioso quando os EUA se abstiveram de vetar uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pediu a suspensão da construção de assentamentos israelenses.
24-01-2017, 10:38 AM
Paulo Santos
Trump retira EUA de acordo Transpacífico e reduz laços com Ásia
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira decreto que retira formalmente os EUA do acordo comercial Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), distanciando o país de seus aliados asiáticos num momento em que a influência da China na região aumenta.
Cumprindo uma promessa de campanha para acabar com o envolvimento norte-americano com o pacto de 2015, Trump assinou decreto no Salão Oval da Casa Branca, retirando os Estados Unidos do pacto de 12 nações.
"Grande coisa para o trabalhador americano", disse Trump ao assinar o decreto em seu terceiro dia completo no cargo. O republicano afirma que o acordo comercial prejudicaria a indústria norte-americana.
O acordo, apoiado em massa pelo setor empresarial dos EUA, foi negociado pelo governo do ex-presidente Barack Obama, mas nunca aprovado pelo Congresso. Era o principal pilar econômico do governo Obama para a região Ásia-Pacífico para combater a China.
Trump despertou preocupações no Japão e em outras partes da Ásia-Pacífico com sua oposição ao TPP e suas demandas de campanha para que aliados dos EUA pagassem mais por sua segurança.
Harry Kazianis, diretor de Estudos de Defesa do Centro para o Interesse Nacional em Washington, disse que Trump deve agora encontrar uma maneira alternativa de tranquilizar aliados na Ásia.
"Isso pode incluir vários acordos bilaterais de comércio. Japão, Taiwan e o Vietnã devem ser abordados primeiro, uma vez que são fundamentais para qualquer nova estratégia na Ásia que o presidente Trump for adotar", afirmou ele.
24-01-2017, 11:42 AM
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Trump pede mais empregos e fábricas nos EUA antes de encontro com executivos de montadoras
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá pressionar os principais executivos da General Motors (NYSE:GM), da Ford e da Fiat Chrysler para aumentar a produção nos EUA e impulsionar o emprego para norte-americanos.
"Eu quero que novas fábricas sejam construídas aqui para carros vendidos aqui!", disse Trump em publicação no Twitter antes de um encontro com executivos de montadoras, dizendo que discutirá o emprego nos EUA com os principais executivos do setor.
Trump criticou as montadoras pela fabricação de carros no México e em outros lugares, e ameaçou impor tarifas de 35 por cento sobre veículos importados.
O encontro é o sinal mais recente do incomum grau de intervenção de Trump para um presidente norte-americano em assuntos corporativos, à medida que pediu repetidamente para montadoras e outras indústrias "comprarem produtos americanos e contratarem norte-americanos".
Será a primeira vez que os CEOs das três grandes montadoras se encontrarão com um presidente norte-americano desde uma reunião em julho de 2011 com o então presidente Barack Obama para tentar acordar sobre quase dobrar os padrões de eficiência de combustível até 2025.
A Fiat Chrysler é a matriz ítalo-americana da Chrysler, que era sediada em Michigan.
O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse na segunda-feira que Trump "está ansioso para escutar ideias sobre como podemos trabalhar juntos para trazer mais empregos de volta a esta indústria".
Brasil vê oportunidades se Trump adotar políticas protecionistas, diz ministro
(Reuters) - O Brasil tem a oportunidade de fortalecer os laços com países do Pacífico e da Europa se o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotar políticas protecionistas, disse o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços na quinta-feira.
Em entrevista à Reuters, o ministro Marcos Pereira apontou para o México, um concorrente de longa data para o comércio e o investimento na América Latina, como um dos países que poderiam desenvolver relações comerciais mais fortes com o Brasil.
As tensões entre o México e os EUA aumentaram desde que Trump tomou posse, com o presidente norte-americano dizendo que pretende renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e construir um muro na fronteira EUA-México. O presidente mexicano Enrique Pena Nieto, na quinta-feira, cancelou uma reunião planejada com Trump.
Pereira também disse esperar que o Chile e o Peru busquem se aproximar mais do Brasil e do Mercosul, bloco comercial sul-americano, agora que Trump retirou os Estados Unidos da Parceria Transpacífico.
Ele acrescentou que a chegada de Trump à Casa Branca levou a União Europeia a demonstrar maior interesse em concluir um acordo comercial com o Mercosul que está sendo discutido há 15 anos.
Ao mesmo tempo, Brasília espera que Trump não restrinja o comércio entre os EUA e o Brasil. Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil, depois da China, e o maior mercado de seus produtos manufaturados, incluindo aviões comerciais.
"O Brasil até agora não está na mira de Trump. Creio que não haverá prejuízo para a indústria brasileira
"Creio que nós teremos oportunidades de avançar com os EUA, mas também e sobretudo com aqueles países onde eles estão colocando impedimentos, como os países da aliança do Pacífico. Com a saída deles do TPP, acho que aumenta nossas chances de avançar com países como Peru e Chile."
O Brasil pode não estar no radar do Trump porque compra mais dos Estados Unidos do que vende lá, registrando um déficit de 646 milhões de dólares no ano passado, e não está atraindo investimentos que ameacem empregos nos EUA.
26-01-2017, 09:07 PM
Trader Lusitano
"ANO CHEIO"
Assolado pela pior recessão em um século, o Brasil está ansioso para expandir suas exportações e está pronto para agarrar oportunidades de comércio com os países que enfrentam retrocessos em seu acesso ao mercado dos EUA.
O comércio com o México, a maior economia da América Latina depois do Brasil, tem potencial para crescer à medida que a relação EUA-México se agrava.
"Vemos isto como uma oportunidade para ampliar nossas discussões comerciais, e espero que eles tenham a mesma visão. Seria bom para o Brasil mas sobretudo para eles porque quem está pressionado são eles", disse Pereira.
O ministro também saiu do Fórum Econômico Mundial em Davos na semana passada, convencido de que a UE está mais propensa do que nunca para chegar a um acordo com o Mercosul.
Segundo ele, um acordo poderia ser acertado politicamente no início do próximo ano, deixando questões espinhosas como a resistência francesa e irlandesa para reduzir as barreiras agrícolas a serem trabalhadas mais tarde.
O Brasil está em negociações de livre comércio com a Associação Europeia de Livre Comércio que agrupa Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein --países não membros da UE--, bem como com o Canadá.
O governo Trudeau no Canadá também sinalizou que quer negociar uma solução para uma disputa sobre os subsídios para a fabricante de aviões Bombardier que o Brasil ameaçou recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), disse Pereira.
"Vai ser um ano divertido no mínimo, de bastante diálogo com esses players, para tentar substituir esse aumento do protecionismo que vem aí e agora ficou mais robusto por conta da postura do novo presidente americano", resumiu.
27-01-2017, 09:01 PM
Paulo Santos
Putin e Trump devem discutir sanções à Ucrânia em telefonema, diz Casa Branca
WASHINGTON/MOSCOU (Reuters) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provavelmente irão debater as sanções que Washington impôs a Moscou devido ao conflito na Ucrânia quando os dois líderes conversarem por telefone no sábado, disse uma assessora do primeiro escalão da Casa Branca.
Anteriormente Trump disse que, como parte da reaproximação que busca com a Rússia, está preparado para rever as sanções que seu antecessor, Barack Obama, impôs aos russos em 2014 em reação à anexação da península ucraniana da Crimeia.
Essa medida irá encontrar resistência de figuras influentes em Washington e de líderes estrangeiros que acreditam que as sanções só deveriam ser amenizadas se Moscou atender as condições ocidentais em relação à Ucrânia.
Entre as sanções dos EUA que vêm prejudicando mais a Rússia estão aquelas que visam seus serviços financeiros, já que limitam a capacidade da economia russa de elevar sua dívida, e suas empresas de energia.
No mesmo dia em que tratar com Putin, Trump terá uma conversa telefônica com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e com o presidente da França, François Hollande, informou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, em um tuíte. Tanto Hollande quanto Merkel argumentaram que é prematuro suavizar as sanções.
A principal assessora de Trump, Kellyanne Conway, disse em entrevistas a redes de televisão norte-americanas nesta sexta-feira que Trump e Putin provavelmente irão debater uma variedade de temas, inclusive esforços conjuntos para combater o terrorismo.
Solicitada no programa "Fox & Friends", do canal FOX News, a comentar as insinuações de que as sanções do governo Obama irão estar na pauta, Kellyanne respondeu: "Tudo isso está sendo cogitado".
Agências da ONU pedem que Trump permita entrada de refugiados nos EUA
GENEBRA (Reuters) - A agência da ONU para refugiados e a Organização Internacional para Migração (IOM, na sigla em inglês) pediram neste sábado que a administração Trump continue oferecendo asilo a pessoas que fogem de guerras e perseguições, dizendo que o programa de reassentamento dos Estados Unidos é vital.
O presidente dos EUA, Donald Trump, suspendeu na sexta-feira por quatro meses a autorização para que refugiados entrem no país e barrou temporariamente viajantes da Síria e outros seis países de maioria muçulmana, dizendo que busca proteger os norte-americanos de ataques terroristas.
"As necessidades dos refugiados e migrantes ao redor do mundo nunca foram tão grandes e o programa de reassentamento dos EUA é um dos mais importantes do mundo", disseram as duas agências, sediadas em Genebra, em um comunicado conjunto.
As duas agências da ONU disseram que permanecem comprometidas em trabalhar com a administração dos EUA mirando o objetivo comum de garantir "reassentamento seguro e programas de imigração".
Cerca de 25 mil refugiados foram recebidos nos Estados Unidos entre outubro e fim do ano passado sob o programa da ONU para os mais vulneráveis.
Trump vai reverter regras de Obama para o sector financeiro
O presidente dos Estados Unidos vai suspender a regra fiduciária que obrigaria os gestores de activos a trabalharem para o melhor interesse dos clientes e ordenar uma revisão da lei Dodd-Frank para o sector financeiro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai dar cumprimento esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, à sua promessa de aliviar a regulação do sector financeiro, através de duas ordens executivas para reverter medidas da administração Obama.
Em primeiro lugar, vai travar a chamada regra fiduciária – uma regra que exige que as empresas que gerem as poupanças para a reforma trabalhem para o melhor interesse dos seus clientes – que entraria em vigor em Abril. A administração Obama defendia que esta regra iria proteger milhões de reformados de serem direccionados para investimentos inapropriados, envolvendo grandes riscos ou custos, que geram mais lucros para as corretoras.
Desde que foi aprovada pelo Departamento do Trabalho, no ano passado, a medida enfrentou uma forte oposição de bancos, gestoras de activos e seguradoras que alegam que a regra aumentaria os custos de prestar aconselhamento e tornaria mais difícil servir os clientes com baixos rendimentos.
Além disso, o presidente dos Estados Unidos vai ordenar uma revisão das leis de Dodd-Frank, promulgadas em resposta à crise financeira de 2008.
Na segunda-feira, Trump defendeu que esta legislação penalizou o "espírito empreendedor" do país e o acesso ao crédito. "O regulamento foi realmente horrível para as grandes empresas, mas tem sido pior ainda para as pequenas empresas", disse o presidente. "Dodd-Frank é um desastre".
Segundo avança a Bloomberg, citando um responsável da Casa Branca, as duas ordens serão assinadas esta sexta-feira pelo presidente, após uma reunião com mais de uma dezena de empresários, entre os quais o CEO da Blackstone Steve Schwarzman.
De acordo com o responsável da Casa Branca, a revisão da legislação de Dodd-Frank incluirá mudanças de pessoal nos reguladores financeiros como forma de cumprir os objectivos da nova administração.
Questionado sobre se Trump iria retirar Richard Cordray do cargo de director do gabinete de protecção financeira do consumidor, o responsável respondeu apenas que a nova administração acredita que algumas das regras criadas no âmbito da legislação de Dodd-Frank podem ter sido inconstitucionais, incluindo a criação de algumas agências.
Trump diz que EUA trabalharão com Kiev e Moscou para encerrar conflito
WASHINGTON/KIEV (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou estar disposto a trabalhar com Kiev e Moscou para resolver um conflito separatista no leste da Ucrânia, após um telefonema com o presidente ucraniano Petro Poroshenko no sábado.
A ligação foi o primeiro contato direto entre os dois líderes desde a posse de Trump, cuja intenção de melhorar as relações com o Kremlin alarmou Kiev enquanto o conflito de quase três anos continua sem solução.
O contato ocorreu após novos ataques de artilharia na região de Donbass, na Ucrânia, que quebrou uma calmaria nos bombardeios em um ponto quente da linha de frente que havia aumentado as esperanças de que a pior escalada do conflito em meses estivesse diminuindo.
"Trabalharemos com a Ucrânia, Rússia e todas as outras partes envolvidas para ajudá-los a restaurar a paz ao longo da fronteira", disse Trump em comunicado da Casa Branca após falar com Poroshenko.
A aberta admiração de Trump pelo presidente russo Vladimir Putin e a promessa de campanha de reparar os laços com Moscou levantaram questões sobre o comprometimento de sua administração de manter as sanções contra a Rússia por seu envolvimento no combate e na anexação da Criméia pela Ucrânia.
O escritório de Poroshenko afirmou que a conversa com Trump prestou atenção especial ao "ajuste da situação em Donbass e a atingir a paz por vias políticas e diplomáticas."
"Os dois lados discutiram o fortalecimento da parceria estratégica entre Ucrânia e os Estados Unidos", disse em comunicado.
As sanções dos Estados Unidos e da UE contra a Rússia estão relacionadas às acusações de Kiev e da Otan de que o Kremlin estimulou o conflito ao apoiar os separatistas com tropas e armamento - uma acusação que o país nega.
A Rússia diz que a Ucrânia instigou o último conflito para firmar o apoio do Ocidente, enquanto Kiev acusa o Kremlin de agitar a violência para testar a vontade da nova administração dos EUA de se envolver na crise.
Trump afirmou que seu respeito por Putin não afetaria sua política externa.
"Eu respeito muitas pessoas, mas isso não significa que eu vou me dar bem com ele. Ele é um líder de seu país. Eu digo que é melhor se dar bem com a Rússia do que não se dar", disse Trump em entrevista à Bill O'Reilly, da Fox News, no sábado.
Trump e primeiro-ministro japonês participam de golfe diplomático
JUPITER, Flórida (Reuters) - O presidente Donald Trump e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, estreitaram o relacionamento durante uma partida diplomática de golfe neste sábado.
Ambos praticaram o esporte no Trump National Golf Club em Jupiter, na Flórida. A Casa Branca não informou se havia outros jogadores no evento cuja participação dos repórteres não foi permitida.
Abe viajou à Flórida com o novo presidente dos EUA, no Air Force One, após uma reunião mais formal na Casa Branca, na sexta-feira. A excursão deste fim de semana é a primeira no qual Trump utilizou seu resort para entreter um líder internacional.
Washington e Tóquio informaram que a viagem deste fim de semana é um sinal da importância que os dois líderes pontuam na relação EUA-Japão.
Abe, em particular, procurou aliviar as preocupações do Japão sobre o destino da aliança de décadas sob a gestão Trump, que levantou preocupações sobre os gastos militares dos EUA no Japão durante a campanha eleitoral presidencial de 2016.
Na coletiva de imprensa na sexta-feira, Trump e Abe focaram em áreas de interesse comum, com Trump deixando de lado as promessas de campanha para forçar Tóquio a pagar mais pela defesa dos EUA e Abe prometendo ajudar os Estados Unidos na criação de trabalhos.
Trump diz que EUA apoiam "100%" o Japão após Coreia do Norte lançar míssil
PALM BEACH, Flórida (Reuters) - O presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou na noite de sábado
que os Estados Unidos apoiam plenamente o Japão, em declaração feita logo após lançamento de míssil feito
pela Coreia do Norte.
"Eu quero que todo mundo entenda, e saiba plenamente, que os Estados Unidos da América apoiam o Japão,
nosso grande aliado, 100 por cento", disse Trump a jornalistas durante uma declaração conjunta com o
primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, sem fazer nenhum outro comentário.
Trump volta a procurar conselheiro de Segurança Nacional após recusa de novo indicado
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que está com dificuldades para encontrar um novo conselheiro de Segurança Nacional depois de demitir o primeiro e ser esnobado por outro candidato, disse nesta sexta-feira que está analisando quatro pessoas, entre elas o interino no cargo, Keith Kellogg.
Trump demitiu Michael Flynn na segunda-feira devido a uma controvérsia a respeito dos contatos do tenente-general aposentado com a Rússia, e na quinta-feira o vice-almirante aposentado Robert Harward recusou a oferta do presidente para substituir Flynn.
Em uma postagem no Twitter nesta sexta-feira, Trump escreveu que está estudando quatro candidatos em potencial para a posição.
"O general Keith Kellogg, que conheço há muito tempo, está totalmente no páreo para a (Agência de Segurança Nacional) NSA – como estão outros três", disse, sem citar os outros nomes.
Kellogg, tenente-general aposentado que atualmente é chefe de gabinete do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, assumiu como conselheiro da área de forma interina após a demissão de Flynn.
O general aposentado David Petraeus, que ocupou altos postos de comando nas guerras do Iraque e do Afeganistão e serviu como diretor da CIA no governo do ex-presidente Barack Obama, também foi mencionado anteriormente por uma autoridade da Casa Branca como possível ocupante do cargo.
Petraeus renunciou à chefia da CIA em 2012 e se declarou culpado do delito de administrar mal materiais confidenciais relacionados a documentos que deu à sua biógrafa, com quem teve um caso.
A rede NBC News noticiou que outros dois militares aposentados também estão sendo cogitados: o general James Jones, ex-comandante supremo aliado na Europa e conselheiro de Segurança Nacional de Obama entre 2009 e 2010, e o general Keith Alexander, ex-diretor da NSA.
Harward, executivo sênior na empresa Lockheed Martin (NYSE:LMT) e ex-fuzileiro naval, recusou a vaga em parte porque queria levar sua própria equipe, de acordo com duas fontes a par da decisão.
O chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse ao canal Fox News na quinta-feira que a família de Harward não "deu aval" para ele assumir o emprego.
Após comentários de Trump, secretário de Defesa dos EUA diz não ter problemas com a imprensa
ABU DHABI (Reuters) - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Jim Mattis, se distanciou neste domingo dos comentários do presidente Donald de Trump de que a mídia é "o inimigo do povo americano", dizendo durante sua primeira visita ao Oriente Médio que não tem problemas com a imprensa.
Mattis, general da reserva dos fuzileiros navais visto como uma das vozes de maior influência no gabinete de Trump, não mencionou o presidente por nome. Mas perguntado sobre publicação de Trump no Twitter na sexta-feira, na qual definiu a mídia como inimiga dos EUA, Mattis assumiu um posicionamento diferente.
"Tive alguns momentos bem controversos com a mídia. Mas não, a imprensa, até onde sei, é um eleitorado que temos que lidar", disse a repórteres que viajavam com ele nos Emirados Árabes Unidos. "E eu não tenho nenhum problema com a imprensa, pessoalmente”, acrescentou Mattis.
Desde que assumiu a Presidência, em 20 de janeiro, Trump criticou duramente diversos veículos da mídia que relataram revelações pouco favoráveis ou outros problemas na Casa Branca.
Ele descreveu os veículos como "mentirosos", "corruptos" e "fracassados" e na sexta-feira disse que a mídia é "o inimigo do povo americano".
Perguntando sobre o comentário mais recente, o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, disse ao programa "Face the Nation", da rede CBS: "Acho que vocês deveriam levar (o comentário de Trump em publicação no Twiter) a sério".
"Certamente nunca iríamos tolerar violência. Mas penso que toleramos pensamento crítico", disse Priebus, acrescentando que a mídia, em alguns casos, precisa "se organizar".
Trump faz primeira condenação pública a incidentes antissemitas nos EUA
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez sua primeira condenação pública a incidentes antissemitas nos EUA nesta terça-feira, na esteira de uma nova leva de ameaças de bomba a centros comunitários judeus de todo o país e de grandes atos de vandalismo em um cemitério judeu.
Vários dos centros foram esvaziados durante algum tempo na segunda-feira depois de receberem as ameaças, informou a Associação JCC da América do Norte. Vândalos ainda derrubaram dezenas de lápides do cemitério Chesed Shel Emeth Society em St. Louis, no Estado do Missouri, durante o final de semana.
"As ameaças antissemitas visando nossa comunidade judia e centros comunitários são horríveis e são dolorosas e um lembrete muito triste do trabalho que ainda precisa ser feito para extirpar o ódio e o preconceito e o mal", disse Trump aos repórteres.
Ele falava ao final de uma visita ao Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana em Washington, que disse mostrar "por que temos que combater a parcialidade, a intolerância e o ódio em todas as suas formas muito feias".
Os comentários assinalaram uma mudança de Trump, que não repudiou explícita e publicamente as ameaças contra judeus quando indagado a seu respeito na semana passada. Ao invés disso, ele falou de maneira mais genérica sobre suas esperanças de tornar a nação menos "dividida".
Sua filha Ivanka, que se converteu ao judaísmo e é uma das assessoras mais próximas de Trump, reagiu às ameaças mais recentes com uma mensagem postada em sua conta de Twitter na noite de segunda-feira.
WSJ cria “Índice Trump de Ações” e desempenho surpreende
Money Times - O The Wall Street Journal lança hoje um índice de ações para acompanhar o desempenho das empresas criticadas ou elogiadas pelo presidente americano, Donald Trump. O “Trump Target Index” avalia o reflexo dos comentários feitos no frenesi de seu Twitter sobre 12 companhias desde fevereiro de 2016, quando citou demissões na empresa Carrier.
Segundo a análise, algumas empresas foram citadas mais de uma vez e, apesar de algumas serem criticadas, as ações deste grupo tendem a continuar subindo e com uma performance até ligeiramente melhor do que a média do mercado.
Um dos exemplos é a Apple. Em 19 de fevereiro do ano passado, Trump pediu que os americanos boicotassem os produtos da empresa até que ela liberasse dados e informações sobre um casal de radicais terroristas islâmicos acusados de participar de um atentado em San Bernardino, Califórnia.
A Apple ganhou mais de 40% desde então superando o S&P 500, que avançou pouco mais de 20%.
Por fim, o WSJ lembra que, apesar de toda a atenção que Trump tem chamado para o próprio Twitter, a mídia social ainda passa por dificuldades e divulgou o décimo trimestre consecutivo de desaceleração nas receitas no último dia 9, quando as ações caíram 12%.
EXCLUSIVO-Trump quer expandir arsenal nuclear e colocar EUA na liderança
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que quer fortalecer o arsenal nuclear do país para garantir que os EUA estejam na liderança, depois de ficarem para trás em sua capacidade de armas atômicas.
Em entrevista à Reuters, Trump também disse que a China poderia resolver o desafio de segurança nacional representado pela Coreia do Norte “muito facilmente se eles quisessem”, intensificando a pressão para que Pequim exerça mais influência para controlar as ações cada vez mais agressivas de Pyongyang.
Nos seus primeiros comentários sobre o arsenal nuclear norte-americano desde que assumiu o poder em 20 de janeiro, Trump declarou que os EUA “ficaram para trás na capacidade em armas nucleares”.
"Eu sou o primeiro que gostaria de ver todo mundo, ninguém ter armas nucleares, mas nós nunca iremos ficar para trás de qualquer país, mesmo se for um país amigo, nós nunca iremos ficar para trás em poder nuclear.”
“Seria maravilhoso, um sonho se nenhum país tivesse armas nucleares, mas se países vão ter, nós estaremos no topo do grupo”, afirmou Trump.
O novo tratado sobre limite de armas, conhecido como Novo START, entre os EUA e a Rússia exige que até 5 de fevereiro de 2018 os dois países limitem os seus arsenais de armas nucleares estratégicas para níveis equivalentes por dez anos.
O tratado permite que os dois países tenham não mais do que 800 lançadores de mísseis balísticos terrestres e submarinos e bombardeiros pesados aptos para carregar armas nucleares, além de prever outros limites igualitários em relação a outras armas atômicas.
Analistas têm questionado se Trump quer anular o Novo START ou se iniciaria o emprego de outras ogivas.
Na entrevista, Trump chamou o Novo START de um acordo desigual. "Apenas mais um acordo ruim que o país fez, START, o acordo com o Irã… Nós vamos começar a fazer acordos bons”, afirmou ele.
Os EUA estão no meio de um programa de modernização de 30 anos no valor de 1 trilhão de dólares dos seus submarinos de mísseis balísticos, bombardeiros e mísseis terrestres, um custo com o qual, para muitos especialistas, o país não pode arcar.
Trump também reclamou que o emprego russo de um míssil de cruzeiro é uma violação do tratado de 1987 que proíbe mísseis de alcance intermediário terrestres russos e norte-americanos.
"Para mim é um grande problema”, afirmou ele.
Perguntado se trataria do tema com Putin, Trump disse que ele faria isso se e quando eles se encontrarem. Ele afirmou que não tinha encontros marcados com Putin.
Falando no Salão Oval, Trump declarou em relação aos testes de mísseis balísticos norte-coreanos: “Nós estamos muito irritados”. Ele disse que acelerar um sistema antimísseis para os aliados Japão e Coreia do Sul estava entre as opções possíveis.
27-02-2017, 10:57 PM
Paulo Santos
Trump tem 1º encontro com importante autoridade chinesa na Casa Branca
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tem atacado a China por conta de temas que vão desde comércio até o Mar do Sul da China, teve o seu primeiro encontro frente a frente com uma autoridade chinesa nesta segunda-feira.
E a Casa Branca disse que foi uma chance para se discutir interesses compartilhados em segurança e uma possível reunião com o presidente Xi Jinping.
Yang Jiech, conselheiro de Estado, principal diplomata chinês, reuniu-se com Trump de forma breve, depois de encontro com o novo assessor de segurança nacional, H. R. McMaster, o assessor e genro do presidente, Jared Kushner, e Steve Bannon, estrategista-chefe da Casa Branca.
Uma autoridade do governo afirmou que as discussões incluíram cooperação bilateral e a possibilidade de se organizar uma reunião entre Trump e Xi, mas nenhuma data foi estabelecida.
A autoridade disse que o encontro com Trump durou de cinco a sete minutos.
"Essa foi uma oportunidade para começar essa conversa e falar com eles sobre interesses compartilhados em segurança nacional", disse Sean Spicer, porta-voz da Casa Branca.
Yang, que está acima do ministro do Exterior da China, é a primeira importante autoridade chinesa a visitar a Casa Branca desde que Trump assumiu o poder.
Obama nega acusação de Trump de que o teria grampeado durante a campanha eleitoral
WASHINGTON (Reuters) - Um porta-voz de Barack Obama negou, neste sábado, as acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que o ex-presidente grampeou-o, em outubro, durante as últimas semanas da campanha presidencial.
"Nem o presidente Obama e nem qualquer funcionário da Casa Branca ordenou vigilância a qualquer cidadão americano. Qualquer sugestão em contrário é simplesmente falsa", disse o porta-voz de Obama, Kevin Lewis, em um comunicado.
Trump sugeriu que Obama havia grampeado seus telefones, sem citar evidências, em uma série de tuítes no sábado de manhã.
"Quão baixo foi o presidente Obama ao grampear meus telefones durante o sagrado processo eleitoral. Isso é Nixon/Watergate. Cara mau (ou doente)", disse Trump, em uma série de tuítes, em sua conta no Twitter, no início dia.
"Aposto que um bom advogado poderia construir um grande processo sobre o fato de que o presidente Obama estava grampeando meus telefones em outubro, às vésperas da eleição!"
Lewis afirmou que "uma regra fundamental da administração Obama era que a Casa Branca nunca interferiria com uma investigação independente liderada pelo Departamento de Justiça."
O comunicado levantou a possibilidade de que o grampo à campanha de Trump poderia ter sido ordenado por autoridades do Departamento de Justiça.
Novo decreto de restrição de viagens de Trump enfrenta primeiro revés nos tribunais
(Reuters) - Um juiz federal do Estado norte-americano do Wisconsin criou o primeiro obstáculo à nova restrição de viagens do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira, proibindo a rejeição da entrada da esposa e da filha de um refugiado sírio que já recebeu asilo nos EUA.
A medida cautelar temporária, concedida pelo juiz William Conley, de Madison, se aplica somente à família do asilado sírio, que entrou com uma ação civil anonimamente para proteger as identidades da esposa e a filha, que ainda moram na cidade de Aleppo, arrasada pela guerra da Síria.
Mas a decisão representa a primeira de várias contestações do recém-reformulado decreto presidencial de Trump, que foi emitido em 6 de março e deve entrar em vigor no dia 16, com o objetivo de obter um veredicto contrário à sua adoção.
Conley, juiz-chefe da corte federal do distrito oeste de Wisconsin que foi indicado pelo ex-presidente Barack Obama, concluiu que o requerente "apresentou alguma probabilidade de sucesso nos méritos" de seu apelo e que sua família enfrenta um "risco significativo de dano irreparável" se for obrigada a permanecer na Síria.
O requerente, um muçulmano sunita, deixou seu país rumo aos EUA em 2014 para "escapar da morte quase certa" nas mãos de forças militares sectárias que combatem o governo em Aleppo, de acordo com sua ação.
Estados se unem para impedir na Justiça nova proibição de viagens de Trump
(Reuters) - Um grupo de Estados norte-americanos renovou nesta segunda-feira os esforços para bloquear a proibição temporária revisada do presidente Donald Trump para viajantes e refugiados de países de maioria muçulmana, argumentando que o decreto presidencial é igual ao primeiro que foi suspenso por tribunais federais.
Documentos apresentados à Justiça pelo Estado de Washington, que receberam a adesão da Califórnia, Maryland, Massachusetts, Nova York e Oregon, pediram a um juiz que impedisse o decreto de 6 de março de entrar em vigor na quinta-feira.
Segundo a apelação, o decreto é similar ao original de 27 de janeiro, pois “vai causar danos graves e imediatos aos Estados, incluindo os nossos residentes, nossas faculdades e universidades, nossos provedores de saúde, e nossas empresas”.
Uma porta-voz do Departamento de Justiça disse que o setor estava avaliando a queixa e responderia para o tribunal.
Uma proibição mais abrangente implementada apressadamente em janeiro provocou caos e protestos em aeroportos. Com abordagem diferente, o decreto de março deu dez dias de aviso a viajantes e autoridades migratórias.
No mês passado, o juiz James Robart, de Seattle, suspendeu a primeira proibição de viagens depois que o Estado de Washington entrou com um processo na Justiça, alegando que o decreto era discriminatório e violava a Constituição. A decisão de Robart foi mantida por uma corte de apelações.
Trump revisou o seu decreto em relação a algumas barreiras legais ao incluir isenções para moradores permanentes legais e portadores de vistos. Ele também retirou o Iraque da lista de países atingidos. O novo decreto ainda barra cidadãos do Irã, Líbia, Síria, Somália, Sudão e Iêmen de entrarem nos Estados Unidos por 90 dias, mas tem dispensas claras para várias categorias de imigrantes com laços com o país.
Refugiados continuam barrados por 120 dias, mas o novo decreto removeu a proibição por tempo indefinido para todos os refugiados vindos da Síria.
O Estado de Washington volta-se agora para Robart para pedir que ele aplique a sua suspensão emergencial para a nova proibição.
Reversão do comércio de Trump poderia causar correção de 10% - Saxo
Conforme uma queda em ações globais se iniciou em Wall Street nesta terça-feira, analistas do Saxo Bank sugeriram que a ausência de convicção na reativação comercial poderia levar a uma queda de 5% a 10% nas ações globais.
Peter Garnry, dirigente de estratégia de ações no banco de investimento holandês, apontou que grande parte da narrativa nas ações gira em torno da eleição de Donald Trump à presidência dos EUA em 8 de novembro, mas sugeriram que a terça-feira marcou uma queda abrupta na convicção do que tem se chamado de reativação comercial.
"Vemos volatilidade ainda maior pois os mercados agora constroem uma nova narrativa que está essencialmente centrada na possibilidade de que as políticas a favor do crescimento de Trump estão determinadas em uma estrada esburacada e cheia de bloqueios", explicou Garnry.
"Ações globais podem facilmente cair entre 5% e 10% no que pode ser uma correção técnica normal e saudável", projetou o especialista.
Garnry comentou que a onda de vendas seria guiada por ciclos: financeiros, materiais e gastos supérfluos.
"Um grande ponto de interrogação aqui é se as ações de tecnologia resistirão", afirmou ele, acrescentando que "o mercado financeiro norte-americano deveria reavaliar os preços caso essa nova narrativa surja".
Para o S&P 500, Ganry destacou 2.300 como o próximo grande nível de suporte técnico, seguido por 2.250.
Trump enfrenta primeiro grande desafio legislativo em votação do novo sistema de saúde
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve enfrentar seu primeiro grande obstáculo legislativo nesta quinta-feira: uma votação "tudo ou nada" na Câmara dos Deputados sobre um plano que reverteria o sistema de saúde implantado pelo antecessor Barack Obama.
Alguns parlamentares veem Trump como o negociador que irá bater o martelo no acordo da nova lei de saúde na votação que os republicanos esperam realizar nesta quinta-feira, mas no final da noite de quarta-feira surgiram sinais de que o prazo pode ser prorrogado.
Não está claro se Trump convenceu correligionários suficientes a apoiarem o projeto de lei, e essa incerteza abalou os mercados financeiros. Na terça-feira as ações registraram sua maior queda diária desde a eleição presidencial de 8 de novembro devido aos temores relacionados ao drama da reforma da saúde.
Um fracasso na aprovação da legislação, chamada de Lei Americana de Acesso à Saúde, lançaria dúvidas sobre a capacidade do presidente de cumprir outros pontos de sua agenda que precisam da cooperação do Congresso de maioria republicana, entre eles planos ambiciosos de reforma tributária e de investimento em infraestrutura.
Inicialmente a votação no plenário da Câmara deveria começar perto das 19h (horário local) desta quinta-feira, mas próximo da meia-noite de quarta-feira os parlamentares ainda não haviam decidido a ocasião da votação, já que republicanos conservadores e moderados divergem sobre haver ou não necessidade de mudanças adicionais na proposta.
Assessores de Trump finalizam revisão de políticas sobre Coreia do Norte
WASHINGTON (Reuters) - Os principais assessores de segurança nacional do presidente Donald Trump completaram uma ampla revisão das opções dos EUA para lidar com os programas nuclear e de mísseis da Coreia do Norte, disse um integrante do governo neste domingo.
Essa revisão, acelerada para ficar pronta antes da reunião de Trump com o presidente chinês, Xi Jinping, nesta semana, inclui uma gama de possíveis medidas econômicas e militares, mas se concentra mais em novas sanções e no aumento de pressão sobre Pequim para que controle seu vizinho, disse a fonte, falando sobre condição de anonimato.
Não estava imediatamente claro se as recomendações coletadas pelo Conselho Nacional de Segurança de Trump já haviam chegado ao presidente, segundo a fonte.
Trump disse ao Financial Times, em uma entrevista publicada neste domingo, que os EUA estão preparados para responder às ameaças da Coreia do Norte por conta própria, caso a China fracasse em colocar pressão sobre Pyongyang.
Em cúpula entre EUA e China, Trump pressiona Xi sobre comércio e Coreia do Norte
PALM BEACH, Estados Unidos (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pressionou nesta sexta-feira o presidente da China, Xi Jinping, a fazer mais para conter o programa nuclear da Coreia do Norte e ajude a reduzir o déficit comercial do EUA com Pequim durante negociações nesta sexta-feira, embora ele tenha baixado o tom da estridente retórica anti-China de campanha eleitoral em 2016.
Trump falou publicamente sobre o progresso obtido em uma série de questões em seu primeiro encontro de cúpula com a China --assim como fizeram vários de seus principais assessores-- mas eles deram poucos detalhes concretos que não fosse o acordo com a China para trabalhar juntos com os EUA para reduzir as divergências e encontrar consensos para a cooperação.
À medida que os dois líderes realizavam uma cúpula na Flórida ofuscada pelos ataques a mísseis dos EUA durante a noite na Síria, Xi se juntou a Trump em cobrir, ao menos em público, diferenças profundas sobre questões que variam de comércio à Coreia do Norte.
Assessores disseram que Trump cumpriu sua intenção de levantar preocupações sobre práticas comerciais da China e disseram ver avanços, como Xi concordando com um plano de 100 dias para realizar negociações comerciais com o objetivo de impulsionar as exportações norte-americanas e reduzindo o superávit chinês com os EUA.
Falando após um encontro de dois dias em um resort em Mar-a-Lago, pertencente a Trump, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, disse que Xi concordou em aumentar a cooperação em conter os programas norte-coreanos nuclear e de mísseis, embora ele não tenha sugerido nenhuma fórmula para conter a atitude desafiadora de Pyongyang.