Embraer atrai interesse de empresas estrangeiras
Em abril deste ano a Boeing interrompeu os planos de comprar 80% da unidade comercial da Embraer, essa interrupção encerrou uma mudança planejada para jatos regionais que espelhavam a compra da rival Airbus em 2018 de um modelo concorrente desenvolvido pela Bombardier do Canadá.
Mas, de acordo com fontes o fabricante de aviões COMAC estatal da China manifestou interesse informal em cooperação com o terceiro maior fabricante de jatos do mundo. O Irkut fabricante russo de aeronaves também já demonstrou interesse sobre a questão, no entanto, ambas fabricantes negaram qualquer interesse atual.
A Índia, outra potência aeroespacial em ascensão focada principalmente na defesa, mas com um enorme mercado civil, transmitiu informalmente interesse ao nível do governo enquanto ainda estudava o assunto, disseram fontes.
Isto coloca o destino da Embraer no centro do chamado grupo de nações BRIC. Tanto a COMAC quanto a Irkut estão desenvolvendo aeronaves para competir diretamente com a Airbus e a Boeing no movimentado mercado de 150 assentos. Os planos da China são considerados os mais avançados. No entanto, a Índia tem um requisito potencial para o desenvolvimento de um jato regional de 80 a 90 lugares – uma categoria ocupada pela Embraer – para o projeto UDAN, assinado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, para expandir os serviços aéreos para pequenas cidades.
No etanto, não há nenhuma proposta forma, e sabemos que a situação na Embraer é bastante ruim, o valor das ações caiu drasticamente, o que despertaria interesse nisso de muitos países.
A Embraer privatizada nos anos 90, permanece próxima ao governo brasileiro, que pode vetar decisões estratégicas.
Qualquer negociação com a China, Rússia ou Índia exigiria um processo lento e metódico para deixar todos à vontade, segundo Oliver Stuenkel, professor da Fundação Getulio Vargas e especialista no grupo BRICS que desde 2010 inclui a África do Sul.
Não há propostas formais, e tudo pode acontecer, afinal será que por estar tão próxima do governo, será que por questões políticas, Bolsonaro vai querer ser visto como o presidente que vendeu a Embraer para os chineses? Imprevisível.