China de volta ao mercado de produtos agríciolas
A China retorna ao mercado de commodities agrícolas dos Estados Unidos, após divulgar uma lista de produtos que serão elegíveis a isenções tarifárias, segundo pessoas a par do assunto.
Exportadores dos EUA venderam quatro cargas de sorgo à China para atender clientes que encomendaram os suprimentos para entrega no primeiro semestre, segundo fontes familiarizadas.
Importadores também fizeram consultas para mais cargas de sorgo e outros produtos como soja na quarta-feira, um dia depois de pedirem cotação de preços do trigo, o que provocou um rali no mercado de futuros de Chicago. As isenções por parte da China são mais uma prova de que Pequim planeja cumprir as promessas feitas no acordo de primeira fase, apesar do surto de coronavírus.
Apesar da consulta dos preços da soja por clientes chineses, não houve ofertas firmes, já que os suprimentos do Brasil ainda mostram preços mais competitivos, disseram fontes familiarizadas.
EUA não vê impacto do coronavírus sobre o acordo EUA-China
Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unid disse à Reuters que não espera que o surto de coronavírus tenha um impacto material na Fase 1 do acordo comercial entre os EUA e a China, embora isso possa mudar à medida que mais dados estiverem disponíveis nas próximas semanas. Autoridades da área financeira das 20 maiores economias do mundo disseram no domingo que estavam acompanhando de perto o surto de rápida expansão.
A preocupação sobre uma pandemia de coronavírus aumentou enquanto eles se reuniam na capital saudita de Riad, com crescimento acentuado em novos casos relatados no Irã, Itália e Coreia do Sul. Entretanto, Mnuchin disse que é muito cedo para saber. A China está focada no vírus por enquanto, disse ele, mas Washington ainda espera que Pequim cumpra seus compromissos de comprar mais produtos e serviços dos EUA sob o acordo comercial.
Não há implicações, pleo menos na fase 1 do acordo entre as duas potências.
Acordo China-EUA não está morto, está descansando
O acordo comercial dos EUA com a China já vem se desgastando há tempos. Houve uma deterioração nas relações de ambos países, especialmente com a disseminação da Covid-19, e com as acusações sobre a responsabilidade da China nesta crise sanitária mundial.
Mas, eis que há novas sobre esta questão. O presidente Donald Trump respondeu via Twitter que - o Acordo Comercial com a China está totalmente intacto. ele disse que espera que eles (China) continuem a cumprir os termos do Contrato!
O acordo, assinado em janeiro, foi um pretexto para suspender as tarifas de bilhões de dólares em importações chinesas, em uma medida que parecia ter como objetivo poupar ainda mais os consumidores dos EUA em um ano eleitoral.
Mas sabemos que Trump começou sua campanha eleitoral para se reeleger, então, o que se pode entender pensando no lado estrategista de Trump, o acordo não está morto, mas sim em modo de descanso.
China tem seu maior volume de compra de milho dos EUA em um só dia
A China realizou novas compras de milho e soja dos Estados Unidos em meio a preocupações crescentes de que o principal comprador de produtos agrícolas norte-americanos poderia diminuir ritmo das importações pois o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva que termina o tratamento econômico preferencial para Hong Kong.
Segundop informações do Departamento de Agricultura dos EUA, a China comprou 389 mil toneladas de soja e 132 mil toneladas de milho para entrega em 2020/21, ano comercial que começa em 1 de setembro. Segundo dados, na terça-feira a China comprou 1,762 milhão de toneladas de milho, seu maior volume comprado em um só dia nos EUA, além de 129 mil toneladas de soja.
Lembrando que Trump na terça-feira, ordenou o fim do status especial de Hong Kong para punir a China pelo que ele chamou de “ações opressivas” contra a ex-colônia britânica, levando a China a retaliar. Parece que a batalha está longe do fim
EUA tem 72 horas para fecharem seu consulado na China
Pequim alertou que retaliaria as ações dos EUA quando seu consulado foi fechado em Washington nesta semana, assim, o país asiático ordenou aos Estados Unidos que fechem seu consulado na cidade de Chengdu, localizado na província de Sichuan, nesta sexta-feira acentuando a deterioração das relações entre as duas maiores economias do mundo.
O porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, disse que parte dos funcionários do consulado de Chengdu está "realizando atividades que não se alinham com suas identidades", que interferiu nos assuntos chineses e prejudicou os interesses de segurança da China, mas não deu detalhes.
O consulado tem 72 horas para fechar, ou até as 10h de segunda-feira, disse o editor do jornal Global Times no Twitter.
Mike Pompeo, secretário de Estado norte-americano, disse em um discurso feito na quinta-feira que os EUA e seus aliados precisam usar "meios mais criativos e assertivos" para pressionar o Partido Comunista chinês a mudar sua conduta, classificando o esforço como a "missão de nosso tempo".
Válido lembrar que os laços entre os dois países foram profundamente afetados neste ano por causa de questões que vão do coronavírus e da gigante de equipamentos de telecomunicação Huawei às reivindicações de Pequim ao Mar do Sul da China e à sua repressão a Hong Kong.
China revida e sanciona políticos dos EUA
A China começou a agir em Hong Kong, sancionando políticos dos EUA. Assim o país asiático prendeu Jimmy Lai, um dos editores mais ricos e mais conhecidos de Hong Kong, fundador da Next Digital e Next Media Animation, sob suspeita de conluio com agentes estrangeiros
Com a prisão de Lai as ações da empresa Next Digital, que já havia entrado em colapso em antecipação à ação do governo contra ele, mais do que quadruplicaram com a notícia.
Em resposta às sanções americanas anunciadas contra o mesmo número de autoridades chinesas na semana passada, Pequim também informou que vai aplicar sanções a 11 políticos norte-americanos, incluindo os senadores republicanos Ted Cruz e Marco Rubio.
De acordo com o dito popular "Olho por olho, dente por dente", os EUA provavelmente serão seguidas nos próximos um ou dois meses por uma lista do Tesouro identificando todas as entidades que atualmente as violam, lista que a Autonomous Research diz que pode muito bem incluir bancos comerciais e de políticas públicas da China.