Escassez de diesel na Venezuela pode agravar falta de alimentos no país
A Venezuela enfrenta novos problemas, além dos já existentes, o país enfrenta uma escassez de óleo diesel é muito grave. Aquiles Hopkins, presidente da Fedeagro, associação que reúne produtores agropecuários da Venezuela, adverte que se não houver uma solução, ainda que transitória, nos próximos 15 dias toda a cadeia produtiva vai começar a ser paralisada, devido à falta de transporte para levar os alimentos aos mercados.
A colheita da próxima estação também corre risco em um país onde dois terços da população não conta com fornecimento estável e suficiente de alimentos, e tem graves problemas de desnutrição entre outros, segundo o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas.
O problema afeta não só os campos, mas também a capital Caracas, onde as filas de ônibus e caminhões para receber diesel gratuito entregue pelo Estado são imensas, maiores até que a fila de carros particulares em busca de gasolina.
Se o problema não for resolvido, o problema de abastecimento de alimentos irá se agravar, encarecendo os custos, aumentando a hiperinflação, e dificultando ainda mais o acesso dos venezuelanos a comida.
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A solução da Argentina para a inflação.
Mesmo com um novo governo, as coisas parecem não ter melhorado na Argentina. O fato é que nos primeiros nove meses do ano, os preços aumentaram em 37% na terra do tango. Em meio à inflação galopante e à chegada das eleições legislativas no próximo mês, o governo argentino chegou a um acordo com o setor privado.
Durante 90 dias, os preços de mais de 1.200 produtos domésticos serão congelados.
A ideia é que esses itens alimentos, materiais de limpeza e artigos de higiene pessoal, sirvam de âncora para estabilizar a inflação, garantindo que as pessoas não deixem de consumir no último trimestre do ano. Sem a medida, acredita-se que o salário seria corroído pelo preço dos alimentos.
Por outro lado, congelar preços pode ser perigoso, uma vez que limita uma lei básica da economia: oferta e demanda. Além disso, não se corta o mal pela raiz, já que não combate as causas da inflação, apenas a consequência.
Em relação ao cenário econômico argentino, hoje, a pobreza atinge 40% da população do país, o que fez os hermanos irem às ruas para pedir por mais assistência aos pobres durante a crise.
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Em novembro, haverá eleições legislativas, e as pesquisas mostram que o atual governo deve perder cadeiras no Congresso.
O congelamento pode, então, ser uma boa política para reconquistar eleitores, algo também promovido com o aumento recente de 16% no salário mínimo. Veremos no futuro.