Crescimento recorde dos serviços impulsiona libra britânica
A moeda britânica está a negociar em máximos de quase dois meses face ao dólar, depois de ter sido revelado que o sector dos serviços no Reino Unido cresceu ao ritmo mais rápido desde que há registos.
A libra britânica está a negociar em alta face às principais congéneres mundiais, depois de ter sido divulgado que a actividade dos serviços no Reino Unido cresceu, em Agosto, ao ritmo mais acelerado desde que há registos.
A moeda do Reino Unido sobe 0,23% para 1,3324 dólares, depois de ter chegado a valorizar um máximo de 0,62% para 1,3376 dólares, o valor mais alto desde 15 de Julho.
Face à moeda única, a libra está a ganhar 0,16% para 1,1937 euros. Esta é a quinta sessão consecutiva de ganhos, a maior série de valorizações desde 21 de Junho, dois dias antes do referendo sobre o Brexit.
Esta segunda-feira, foi revelado que o índice IHS Markit, que mede a actividade dos serviços, subiu de 47,4 pontos (mínimo de sete anos), em Julho, para 52,9 pontos, em Agosto.
Esta é a maior subida mensal desde que começaram os registos desde indicador, há duas décadas.
O resultado foi superior ao esperado pelos economistas, que antecipavam uma subida mais ligeira para os 50 pontos, a linha que separa a contracção da expansão.
A retoma do crescimento na maior parte da economia britânica deverá intensificar a especulações de que o Banco de Inglaterra não anunciará novas medidas de estímulo este ano.
A Markit prevê que uma "recessão iminente será evitada", mas pede cautela, sublinhando que os dados divulgados desde o referendo de Junho apontam para uma estagnação até agora neste trimestre.
Na semana passada, a Markit revelou que também a actividade das fábricas do Reino Unido atingiu um máximo de dez meses, em Agosto, com a queda da libra a beneficiar as empresas exportadoras, depois do referendo sobre o Brexit.
O índice PMI para a indústria, da IHS Markit, subiu para 53,3 pontos, em Agosto, depois de ter baixado a barreira dos 50 pontos no mês de Julho.
Empresas do Reino Unido continuaram a investir no 3º tri apesar
de Brexit; PIB é confirmado em 0,5%
LONDRES (Reuters) - As empresas britânicas elevaram seu investimento acima do esperado no terceiro trimestre, uma vez que a economia cresceu de forma sólida após a decisão do Reino Unido em junho de deixar a União Europeia.
O investimento empresarial expandiu a uma taxa trimestral de 0,9 por cento nos três meses até setembro, informou a Agência para Estatísticas Nacionais, superando as expectativas de alta de 0,6 por cento em pesquisa da Reuters.
A agência confirmou nesta sexta-feira que a economia britânica cresceu 0,5 por cento no terceiro trimestre, ajudada pela recuperação nas exportações e fortes gastos das famílias.
Embora o resultado pareça um desempenho muito melhor do que a maioria dos economistas esperava na sequência imediata do voto de junho do Brexit, um teste muito maior vai ocorrer no próximo ano.
O aumento da inflação causado pela queda da libra após a votação britânica para deixar a UE deve pressionar os gastos das famílias, enquanto há preocupações de que o investimento das empresas desacelere.
Os gastos das famílias se elevaram em 0,7 por cento no terceiro trimestre, desacelerando ligeiramente mas ainda ajudando a impulsionar a economia diante da incerteza em torno do Brexit.
A economia em geral se expandiu 2,3 por cento em relação ao mesmo período do ano anterior, inalterado ante estimativa preliminar.
01-12-2016, 01:35 PM
Paulo Santos
Câmbio - Libra registra alta com comentários do ministro do Brexit
A libra registrou alta de cerca de 1% frente ao dólar nesta quinta-feira e quase atingiu a máxima de 3 meses frente ao euro, após o ministro do Brexit, David Davis, sinalizar que Londres está considerando pagar por acesso aos mercados europeus após o Brexit.
O par GBP/USD subiu 1,1%, a 1,2643, às 10h49, no horário de Brasília, o maior nível desde 11 de novembro.
A libra ganhou força após Davis sugerir que o Reino Unido poderia efetuar pagamentos à UE em troca de acesso aos mercados europeus.
"O objetivo central aqui é obtermos o melhor acesso possível das mercadorias e serviços ao mercado europeu e, se isso incluísse o que ele está falando, então naturalmente avaliaríamos", afirmou David.
Os comentários alimentaram as expectativas de que a Grã-Bretanha pode evitar o "hard-Brexit", que causaria a perda do acesso britânico ao mercado unificado e à união aduaneira da UE em troca da recuperação do controle total de suas fronteiras.
ANÁLISE TÉCNICA IMF – Libra/Dólar compromete tentativa de recuperação
A queda do Gbp/Usd no "pós-referendo" no Reino Unido decorreu essencialmente em duas vagas: a primeira nas semanas imediatamente a seguir à sua realização, e a segunda no início de outubro.
A partir daí o "cable" tentou formar uma base a partir de $1.2100 (excluindo o dia do "flash crash" que o levou momentaneamente até abaixo de $1.1500), iniciando aí uma recuperação em alta. Esta foi, contudo, claramente travada na zona de $1.2780 já neste mês de dezembro. Seguiu-se uma correção em baixa, que assumiu esta semana contornos mais relevantes, depois de o par quebrar a trendline ascendente e o suporte dos $1.2320.
Deste modo, o cenário de recuperação ficou comprometido, sendo que o Gbp/Usd aponta agora a novo teste aos $1.2100, cuja eventual quebra significaria a retoma da tendência principal de baixa. Fonte - IMF