A teoria das Ondas de Elliot é a base de uma técnica de previsão do comportamento do mercado de ações, método inventado por RN Elliot, no ano de 1939. Baseia-se na crença de que os mercados apresentam padrões de onda bem definidos passíveis de serem usados para prever a direção do mercado.
Na teoria das Ondas de Elliott, há a hipótese de que os preços das ações sejam regidas por ciclos que aderem à sequência de Fibonacci [0,1,1,2,3,5,8,13,21,...].
As Ondas de Elliot no Forex é um dos métodos utilizados por alguns investidores. De acordo com essa teoria, os mercados movem-se para cima e para baixo, num número pré-determinado. Assim, os mercados movem-se em ondas de até 5 e 3 ondas para baixo e as cartas do preço apresentam uma geometria fractal auto-similar.
Nos mercados de touro, as ondas 1,3 e 5 são designadas de ondas de impulso e subdividir 1,2,3,4,5. As ondas 2 e 4 são correções e subdividir a,b,c;
Num mercado urso, o padrão inverte-se: 5 ondas para baixo e 3 para cima.
Ondas de Elliot é um método esotérico dos mais comuns, pois é impossível testá-lo de forma rigorosa e controlada, porque é de aplicação subjetiva, tal como o são “Fibonacci” ou “Figuras formadas por candles”.
Não inviabiliza isto que não se possa ganhar com os métodos anteriormente designados, contudo, não se consegue fazer uma testagem formal do sucesso do método. Em Wall Street, os investidores encaram esta Análise Técnica como pouco credível e, geralmente, desacreditados.
A teoria é ridicularizada por ser muito vaga para ser efetivamente útil, pois nem sempre apresenta uma definição clara e objetiva de quando uma onda começa ou acaba, logo, propensa a várias interpretações.
É que, no caso dos indicadores técnicos, estes podem ser testados objetiva e sistematicamente e observar, assim, se produzem resultados positivos a longo prazo.
Desejável seria definir um conjunto de critérios estáveis para determinar como o valor dos parâmetros pode mudar, consoante o cenário, conservando os critérios em todo o histórico. De outra forma, os resultados não têm fiabilidade alguma.
No Mercado Financeiro, os métodos utilizados pela grande maioria dos investidores são, de acordo com algumas opiniões, inferiores aos métodos usados na Ciência grega do século VI a.C. que experimentavam e testavam sistematicamente antes de usar. É que o método para reconhecer padrões precisa de ser rigoroso e não de base empírica, não experimental.
Pensa-se que o Mercado Financeiro deve colher os modelos científicos para se aproximar da realidade ou de bons modelos que sejam boas representações da realidade ou, ainda, modelos que sejam capazes de operacionalizar os dados de molde a conseguir fazer-se prognósticos mais corretos da realidade.
No método Ondas de Elliot considera-se não haver um critério bem definido para analisar a progressão bolsista. Através do mesmo método, na mesma situação, chega-se a conclusões divergentes, até opostas. É considerado um método excessivamente subjetivo, a tomada de decisões é quase como um feeling, atendendo a que diferente investidores podem tomar diferentes decisões em função da mesma observação.
Este tipo de método, tal como o “Fibonacci” ou no “Figuras formadas por candles” recebem como críticas a falta de eficiência, a falta de verificação empírica, a falta de conteúdo, a falta de fundamentação teórica, a falta de testes estatísticos, a falta de modelagem matemática apropriada, entre outras, o que pode ser fatal no Mercado Financeiro, que não é uma versão da lotaria.
A otimização dos parâmetros de uma estratégia serve para maximizar os lucros e minimizar os riscos de um método que funciona e não de métodos como os que não têm fundamentação científica.
Para testar, no mercado financeiro, o investidor precisa de fazê-lo numa situação controlada, em que se possa repetir muitas vezes, alternando uma variável de cada vez, algumas variáveis ou todas em simultâneo.
Consideram os seus críticos que, a ser verdadeira a teoria das Ondas de Elliot, o conhecimento generalizado dos seus padrões conduziria muitos investidores a apostar nela, alterando os seus padrões, o que a tornaria cada vez mais subjetiva e inútil.