Executivos da Air France escapam a linchamento; Governo condena violência
O governo francês considerou como «inaceitáveis» as agressões físicas contra dirigentes da Air France, nesta segunda-feira, à margem de uma reunião do comité de empresa onde foi anunciado um plano de reestruturação envolvendo a eliminação de 2900 postos de trabalho.
Imagens com episódios de violência física contra dirigentes e executivos da empresa, que ficaram com as roupas rasgadas e tiveram de ser evacuados pelos seguranças da empresa, com o auxílio da polícia, para evitarem serem linchados, estão a agitar as redes sociais e a opinião pública francesas.
Na sequência da agitação resultante da invasão das instalações onde ia decorrer a reunião do comité de empresa, dois diretores terão sido agredidos por trabalhadores e manifestantes em fúria acabando por ser salvos pela segurança da empresa e forças policiais, sendo ainda obrigados a transporem uma vedação com mais de dois metros, já com o vestuário rasgado, para se colocarem em segurança.
Além de um responsável do departamento de voos de longo curso, o diretor de recursos humanos, Xavier Broseta, foi outra das vítimas da violência. A reunião, que deveria ter começado cerca das 09:30 (hora local), foi suspensa, para ser retomada na parte da tarde.
Alain Vidalies, secretário de Estado dos Transportes, considerou os atos de violência como sendo «inaceitáveis» e merecedores de «sanções».