Eleições na alemanha 2017

[The Money Man]

Merkel vence quarto mandato sem maioria.

Extrema-direita entra no Parlamento como terceiro maior partido

Angela Merkel e a CDU voltaram a ganhar as eleições, mas longe da maioria.

O partido nacionalista AfD consegue um histórico terceiro lugar e entra no Parlamento alemão pela primeira vez.

Projeções: CDU de Merkel vence, mas não consegue maioria

A primeira projeção da Deutsche Welle aponta uma vitória agridoce para Angela Merkel. Se é verdade que ganha as eleições, a CDU acaba por descer 9% dos votos, em relação aos 41,5% de 2013. A descida é também notória para o SPD, que tem hoje o pior resultado desde o fim da Segunda Guerra Mundial, caso se confirmem estas projeções.

E quem é ganha com a descida dos dois maiores partidos da Alemanha? De forma geral, os partidos mais pequenos. Em particular, a AfD, o partido de extrema-direita que fez uma campanha anti-Merkel e anti-imigração e que, ao que tudo indica, conseguiu tirar votos aos dois partidos que governaram nos últimos quatro anos numa “grande coligação”.

CDU – 32,5%

SPD – 20%

AfD – 13,5%

FDP – 10,5%

Verdes – 9,5%

Die Linke – 9%

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Martin Schulz fecha a porta a Merkel e garante que não se demite


“Este dia marca o fim da nossa ‘grande coligação’ com Merkel”, disse Martin Schulz, para receber a maior ovação da noite. “Esta coligação perdeu claramente apoio”, sublinhou.


“Nas próximas semanas, vamos repensar e reposicionar o nosso país. Como secrtário-geral recém-eleito do SPD, sinto que a minha responsabilidade é liderar este processo”, diz Martin Schulz, afastando o cenário de uma demissão, mas confirmando também o processo interno de reflexão que se aproxima.

Martin Schulz lamenta entrada da AfD no parlamento


“O que é particularmente difícil para nós é ver o resultado da AfD e ver extremistas a entrar no parlamento. É chocante. Nenhum democrata pode continuar a ver isto como se nada se passasse”, disse Martin Schulz, sobre o partido anti-imigração. “O nosso dever enquanto social-democratas continua a ser a coesão.”

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Angela Merkel: "Queríamos ter tido um resultado melhor"


“Não é preciso poupar nas palavras, nós queríamos ter tido um resultado melhor, mas devemos reconhecer que o fim deste mandato foi particularmente difícil e que mesmo assim que chegámos aonde queríamos chegar: a ser o maior partido da Alemanha e formar o próximo governo”, disse a chanceler Angela Merkel.


Além disso, sublinhou: “Contra nós, não há como fazer um governo”.

Angela Merkel: "Queremos recuperar os votos das pessoas que votaram na AfD"


“Depois de 12 anos a liderar o governo, posso dizer que o resultado de hoje não é um dado adquirido. Há um desafio que temos pela frente, que é a entrada da AfD no parlamento”, disse, sobre o partido nacionalista.


“Temos de analisar isto profundamente, porque queremos recuperar esses votos das pessoas que votaram na AfD resolvendo os seus problemas, levar em conta as suas preocupações e os seus medos e, acima de tudo, governando bem”, acrescentou.

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Atualização da primeira projeção


Estas são as percentagens apontadas pela projeção da ARD/Infratest dimap, disponibilizada pela Deutsche Welle:

O cenário mantém-se inalterado em relação àquele que já tinha sido apontado às 18h00 locais (17h00 de Lisboa), com a CDU a vencer com um resultado em torno dos 33% e com o SPD perto dos 20%.

Além disso, torna-se cada vez mais claro que a AfD será mesmo a terceira força política na nova composiçõa do Bundestag.