Na tentativa de clonagem do WhatsApp, criminosos se passam por pesquisadores do Datafolha para conseguir código PIN que ativa conta em outro celular
Um golpe realizado por meio do WhatsApp usa o nome do instituto de pesquisa Datafolha para clonar contas. As vítimas recebem ligações de pessoas que afirmam que estão fazendo um levantamento sobre o novo coronavírus, mas, na verdade, tentam roubar o código que permite ativar a conta em outro aparelho. Segundo projeção do dfndr lab, laboratório de segurança digital da PSafe, a prática criminosa levou a 420 mil vítimas em junho de 2020.

Para realizar a clonagem do WhatsApp, os golpistas ligam para a vítima, se passam por pesquisadores do Datafolha e perguntam, por exemplo, se a pessoa conhece quem teve sintomas do novo coronavírus, causador da COVID-19. Ao final da chamada, os criminosos pedem o código PIN de seis dígitos que foi enviado por SMS, que serviria para validar a pesquisa.

No entanto, trata-se do código enviado pelo WhatsApp para ativar uma conta em um novo dispositivo. Com acesso ao histórico de mensagens da vítima, os golpistas podem, por exemplo, conversar com os contatos mais recentes e pedir empréstimos para uma suposta emergência.

A prática é a mesma adotada em outros golpes relatados, como o que usa números de telefone exibidos em sites de anúncios como Mercado Livre, OLX e ZAP. Neste caso, as vítimas são abordadas por uma pessoa que se passa por funcionária de uma dessas empresas para também pedir o código PIN e ativar indevidamente a conta em outro celular.

Segundo o dfndr lab, os golpes no WhatsApp em 2020 têm envolvido temas ligados à pandemia do novo coronavírus. Entre eles, estão o que direciona para um site que se passa pela página do Auxílio Emergencial, o que promete saque de FGTS e o que anuncia uma campanha falsa de entrega de kit grátis com máscara e álcool em gel.