O Brasil assumiu nesta quinta-feira (8) a presidência pro-tempore (sazonal) do Mercosul, bloco que reúne, além do Brasil, o Uruguai, a Argentina e o Paraguai.
Uma cúpula dos chefes de Estados das quatro nações marcou a transferência da presidência da Argentina para o Brasil, que presidirá o bloco pelos próximos seis meses.
durante a cerimônia o presidente Jair Bolsonaro, criticou a gestão argentina, comandada pelo presidente Alberto Fernández.
Bolsonaro deixou claro que a prioridade da presidência brasileira do bloco, que se estende pelos próximos seis meses, será perseguir a flexibilização de regras. Os governos dos quatro integrantes do bloco sul-americano, que tem ainda Paraguai e Uruguai, se revezam na presidência a cada seis meses. Mas o clima de divergência fica cada vez mais claro, especialmente entre Boslonaro e Fernáncez.
Na quarta-feira, 7, durante reuniões preparatórias, o clima "azedou" depois que o Uruguai anunciou que partiria em busca de novos parceiros fora do bloco. Pelas regras do Mercosul, apenas são aprovadas tratativas comerciais bilaterais que não incluam a redução da tarifa externa comum (TEC), cobrada pelo bloco na importação de outros países.
A revisão da TEC é outro ponto que divide o grupo. O presidente argentino reforçou o pedido de que os países levem em consideração o impacto de uma mudança na tarifa para alguns setores produtivos, principalmente em um momento de crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus.
Bolsonaro reclamou dos últimos seis meses e disse que o período em que os argentinos ficaram na presidência do bloco deixaram de corresponder os interesses do bloco e necessidade de modernização do Mercosul. Segundo o presidente do brasil, o bloco deveria ter apresentado resultados concretos nos dois temas que mais mobilizam nossos esforços recentes, na flexibilização de acordos com parceiros externos e na redução da tarifa externa comum. Ele deixou claro deixou a posição do Brasil e disse querer avançar nesses dois temas até o fim do ano. Além disso, ele trabalhara para reduzir tarifas e eliminar outros entraves ao fluxo comercial entre nós e o mundo em geral.
A situação está tensa no bloco, e a Argentina, que é claramente contrária às medidas de "modernização" defendidas pelo governo brasileiro e pelo Uruguai.