CARVÃO
O carvão é uma substância de coloração negra e de firme consistência, amplamente utilizada como combustível. É formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e subtropicais. Com o coque e o alcatrão de hulha, seus subprodutos, é vital para muitas indústrias modernas.
Embora utilizado como combustível, em Gales, na Grã-Bretanha, desde o segundo milênio a.c., o carvão só começou a ser minerado de forma mais ou menos sistemática na Europa por volta do século XIII, época em que já era conhecido dos índios norte-americanos. A primeira mina comercial de carvão da América foi aberta em Richmond - EUA (1745). A revolução industrial ampliou a demanda pelo minério, que só reduziu-se no século XX, com a difusão do emprego do petróleo como combustível. As reservas mundiais de carvão são estimadas em cerca de 7 trilhões de toneladas, o suficiente para atender a demanda durante alguns séculos, nas taxas de consumo atuais.
Em termos de participação na matriz energética mundial, o carvão é atualmente responsável por cerca de 8% de todo o consumo mundial de energia e por aproximadamente 40% de toda a energia elétrica gerada. No âmbito mundial, apesar dos graves impactos sobre o meio ambiente, o carvão ainda é uma importante fonte de energia. As principais razões para isso são: a abundância das reservas, a distribuição geográfica das reservas e os baixos custos e estabilidade nos preços quando comparado a outros combustíveis.
Os maiores produtores mundiais desse recurso mineral são a China, os Estados Unidos, a Rússia, o Cazaquistão, a Índia, a Polônia, a Alemanha, a África do Sul e a Austrália. Alguns poucos países contêm mais de 80% de estimado suprimento mundial de carvão. A Rússia e o Cazaquistão somados têm cerca de 50%, enquanto os Estados Unidos dispõem de 18% e a China 10%.
Este combustível fóssil é composto primariamente por carbonos e hidrocarbonetos. Seus ingredientes ajudam a produzir plásticos, alcatrão e fertilizantes. O coque - carbono solidificado derivado do carvão derrete minério de ferro e o reduz, criando o aço. Grande parte do carvão - 92% do suprimento dos Estados Unidos - é usada na produção de energia. As empresas elétricas e usinas de energia queimam o carvão para fazer com que o vapor que aciona as turbinas gerem eletricidade. A commodity carvão gera metade da eletricidade dos Estados Unidos e provavelmente continuará fazendo isso enquanto for uma matéria-prima barata e abundante.
Sua qualidade, determinada pelo conteúdo de carbono, varia de acordo com o tipo e o estágio dos componentes orgânicos. A turfa, de baixo conteúdo carbonífero, constitui um dos primeiros estágios do carvão, com teor de carbono na ordem de 45%. O linhito apresenta um índice que varia de 60% a 75%. O carvão betuminoso (hulha), mais utilizado como combustível, contém cerca de 75% a 85% de carbono. Enquanto que o mais puro dos carvões, o antracito, apresenta um conteúdo carbonífero superior a 90%. Da mesma forma, os depósitos variam de camadas relativamente simples e próximas da superfície do solo e, portanto, de fácil extração e baixo custo, a complexas e profundas camadas, de difícil extração e custos elevados.
O carvão é o mais sujo dos combustíveis fósseis. Durante o seu processo de queima, libera dióxido de carbono e outras emissões contribuindo para o aquecimento global, a formação de chuva ácida e a poluição da água.
A tecnologia de carvão limpo busca reduzir os desagradáveis efeitos ambientais utilizando múltiplas tecnologias para limpar o carvão e conter suas emissões.
Os principais contratos futuros e de opções referentes à commodity carvão são negociados na Bolsa de Mercadorias de Nova Iorque (NYMEX) e na Bolsa Intercontinental (ICE).http://br.advfn.com/commodities/carvao.html