Imprensa BCE não consegue travar diferenças no acesso ao crédito na zona euro
A actuação do Banco Central Europeu evitou o desmembramento da zona euro, mas agudizaram-se as diferenças nas condições de acesso ao crédito entre os vários países da região, revela um estudo do Goldman Sachs citado esta segunda-feira pelo Financial Times.
Segundo o Financial Times (FT), as crescentes diferenças nos custos do crédito bancário a pagar pelas empresas "revela como as medidas do BCE evitaram um catastrófico desmembramento da zona euro, mas falharam o objectivo de facilitar as difíceis condições de crédito nos países periféricos do sul, onde as perspectivas de crescimento económico continuam sombrias.
Desde meados de 2012, a diferença entre os juros das dívidas soberanas espanhola e italiana a 10 anos face à alemã diminuiu significativamente, tendo o indicador do Goldman Sachs que mede as variações entre as taxas de juro cobradas pelos vários bancos da zona euro também começado por diminuir.
Contudo, este indicador entrou em trajetória ascendente e atingiu o valor recorde de 3,7 pontos percentuais em Janeiro, indicando que as empresas do sul da Europa estavam a pagar juros significativamente mais altos do que as congéneres do Norte.
"A segmentação de mercado permanece, a divergência entre as taxas de juro cobradas pelos bancos persiste e, como resultado, as perspectivas de crescimento económico a curto prazo nos países da periferia são muito sombrias", sustenta o economista da Goldman Sachs para a Europa, Huw Pill. http://www.noticiasaominuto.com/econ...o#.UVyUchxwobw